Assembléia lembra a Legalidade









Assembléia lembra a Legalidade
Para comemorar os 41 anos da Legalidade, o deputado federal Vivaldo Barbosa, do PDT pelo Rio de Janeiro, participou ontem na Assembléia Legislativa de sessão de autógrafos do seu livro 'A Rebelião da Legalidade'. A obra relata o período da renúncia do então presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, até a posse do seu vice, João Goulart, em 7 de setembro de 1961. No plenário da Assembléia, o deputado Vieira da Cunha, do PDT, prestou sua homenagem no grande expediente, lembrando a resistência democrática que Leonel Brizola comandou do Rio Grande do Sul para garantir o cumprimento da Constituição e a posse de João Goulart na Presidência.


Acelera a corrida por 1.600 vagas
Total de concorrentes em todo o país passa de 18 mil. No Estado, o maior aumento é para o Senado


Mais de 18 mil candidatos em todo o país disputam este ano as 1.600 vagas somadas entre Presidência da República, governos estaduais, Senado, Câmara dos Deputados e assembléias legislativas. O estado campeão de candidaturas é São Paulo. São 16 pretendentes a governador, 29 às duas vagas de senador, 793 a deputado federal e 1.571 a estadual. No Rio Grande do Sul, não houve explosão de candidatos. A não ser ao Senado. Estão na disputa 17, 36,36% a mais do que os 11 de 1994, quando o mesmo número de cadeiras estava em jogo. À Câmara, concorrem 211 e à Assembléia Legislativa, 484. Ao governo do Estado, 12 candidatos estão fazendo campanha.

Em comparação com as eleições de 1998, houve queda este ano no número de candidatos à Presidência: na última disputa eram 12. Em compensação, há mais concorrentes aos governos, à Câmara e às assembléias legislativas. Em 1998, 151 tentaram chegar aos executivos estaduais, 3.417 perseguiram vaga na Câmara dos Deputados e 10.048 nas assembléias de todo o país. Nas eleições de 1998, a disputa por 27 vagas (uma por estado) ao Senado envolveu 167 candidatos.

Dos 4.895 inscritos às 513 vagas na Câmara dos Deputados, 16,2% são de São Paulo; 12,3% do Rio de Janeiro; e 11,3% de Minas Gerais. O Rio Grande do Sul aparece na sexta colocação em número de candidatos, 4,3% do total no país, abaixo de Pernambuco (4,6%) e do Paraná (4,5%). Os números podem variar em função dos recursos de candidatos considerados inelegíveis nos estados e que serão julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral até o dia 20 de setembro.

A distribuição das 513 cadeiras foi definida pela Constituição federal de 1988, proporcionalmente ao número de habitantes. Como São Paulo concentra a maior população do país, elege 70 deputados federais. Minas Gerais tem direito a 53, o Rio, 46 e a Bahia, 39. Ao Rio Grande do Sul são reservadas 31 vagas na Câmara. A bancada do Nordeste, tradicionalmente conhecida por definir votações no Congresso Nacional, concentra 151 deputados. Isolados, os estados não têm tanta força, mas na soma acabam favorecidos. A região Sul reúne menos da metade: 77 parlamentares. Cada estado conta com três senadores, eleitos para mandato de oito anos. As assembléias têm composição diferente. São 94 cadeiras em São Paulo, 77 em Minas, 70 no Rio, 63 na Bahia e 55 no Rio Grande do Sul.


Agenda dos candidatos

HOJE
11 Celso Bernardi (PPB)
15h: Expointer. 18h: reunião com coordenação da campanha. 20h: jantar Ação da Mulher Progressista.
13 Tarso Genro (PT-PCB-PC do B-PMN)
14h: Expointer.
15 Germano Rigotto (PMDB-PSDB-PHS)
8h30min: reunião com coordenação do plano de governo. 11h: Sapucaia do Sul. 14h30min: Expointer. 18h: Gravataí.
16 Júlio Flores (PSTU)
7h30min: visita a postos de saúde. 13h: Escola Liberato Salzano. 17h: passeata dos bancários.
22 Aroldo Medina (PL-PSD)
19h: comício, no bairro Azenha.
23 Antônio Britto (PPS-PFL-PT do B-PSL)
Manhã: gravação de programas de rádio e TV. Tarde: Sapucaia e Esteio.
40 Caleb de Oliveira (PSB)
14h: Cachoeirinha. 20h: churrascaria Galpão Crioulo.


Cherini eleito líder da bancada do PDT
O deputado Giovani Cherini foi escolhido ontem por unanimidade para exercer a liderança da bancada do PDT na Assembléia até o final do ano. Ele era vice-líder, mas assumiu interinamente com a renúncia de Vieira da Cunha. 'A bancada sai unida e será um elo com o partido e sua base', disse Cherini. Técnico cooperativista, ele está no 2º mandato e obteve 38.691 votos na eleição de 1998. O deputado Paulo Azeredo foi eleito vice-líder da bancada.


Pesquisa é trunfo do PSDB na TV
O presidenciável Ciro Gomes, da Frente Trabalhista, reagiu ontem pela primeira vez em seu tempo no horário eleitoral gratuito contra os ataques do adversário José Serra, do PSDB. Serra, que abriu a exibição da noite, desfilou um gráfico com os números da última pesquisa Vox Populi, que mostram seu avanço e queda de Ciro. O candidato da Frente Trabalhista preveniu que falaria pela última vez da tática do tucano, considerada agressiva. Acusou o candidato governista de manipular declarações. O TSE rejeitou o pedido de Ciro de direito de resposta no programa tucano.


Bernardi diz que vai seguir os modelos de sucesso
Celso Bernardi, candidato do PPB ao governo do Estado, afirmou ontem, na Associação Brasileira de Recursos Humanos, que, se vencer, adotará o modelo de administração da iniciativa privada. Argumentou que o empresário de sucesso se preocupa com a qualificação de seus funcionários, pratica bom gerenciamento e cuida dos clientes. 'O governo deve investir no funcionalismo e garantir bons serviços em educação, saúde, segurança e geração de empregos', ressaltou.


Ibope: empate entre Ciro e Serra
As primeiras pesquisas de intenção de voto feitas para a Presidência após o início do horário eleitoral gratuito mostram a reação de José Serra, da aliança PSDB-PMDB, e a queda de Ciro Gomes, da Frente Trabalhista. Segundo o levantamento do Ibope divulgado ontem, Ciro perdeu cinco pontos percentuais, passando de 26% para 21%. Serra subiu seis pontos, de 11% para 17%. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, há empate técnico entre os dois candidatos pelo segundo lugar.

Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, manteve a liderança com 35% e Anthony Garotinho, do PSB, passou de 10% para 11%. José Maria, do PSTU, aparece com 1%. Rui Pimenta, do PCO, não foi citado. Votos em branco e nulos somaram 5%. Não souberam ou não quiseram opinar 10% dos eleitores entrevistados.
Ciro também caiu nas simulações para o 2O turno. Na sondagem anterior, ele empatava com Lula em 44%. A nova consulta apontou a vitória do candidato do PT por 47% a 41%. Lula também ganharia de Serra por 48% a 35%. O tucano perderia para Ciro por 46% a 32%. Garotinho tem o mais alto índice de rejeição, 27%; seguido por Lula, 25%; Serra, 19%; e Ciro, 14%. O Ibope ouviu 2 mil pessoas de sábado a segunda-feira em 145 municípios. O levantamento anterior foi realizado entre os dias 17 e 19 deste mês.


'EUA não teme vitória de ninguém'
Declaração do embaixador Richard Haass, que visitou o Brasil para saber detalhes dos presidenciáveis

O diretor do Escritório de Planejamento Político do Departamento de Estado norte-americano, embaixador Richard Haass, declarou ontem que para o governo do seu país não importa quem for eleito para a Presidência do Brasil em outubro. 'Estados Unidos não teme a vitória de ninguém. A realidade dos interesses comuns entre as duas nações, dos pontos de vista econômico, político e estratégico, irá regulamentar as relações', afirmou. Haass desembarcou no país segunda-feira e retorna a Washington hoje.

Após cumprir compromissos no Ministério das Relações Exteriores, Haass assegurou que os Estados Unidos tampouco temem Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. 'Não ouvi nada nesta viagem que indicasse o contrário. Todo mundo entende que é do interesse dos dois países encontrar caminhos de cooperação', ressaltou. O embaixador se reuniu segunda-feira com o candidato da aliança PSDB-PMDB ao Palácio do Planalto, José Serra, e ontem com coordenadores da campanha de Ciro, entre os quais o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire. À noite, ele se encontrou ainda com assessores de Lula. Somente o representante do PSB, Anthony Garotinho, foi excluído.

Haass deixou claro que parte dos objetivos da sua passagem pelo Brasil era justamente conhecer os cenários políticos em caso de vitória de cada um dos candidatos e, principalmente, a maneira como eles pretendem governar o país. Disse esperar que as relações entre as nações continuem prósperas mesmo com a vitória da oposição. Acrescentou que agora entende mais o processo político eleitoral brasileiro e 'a prolixidade de um dos candidatos', referindo-se a Ciro.

Assessor direto do secretário de Estado americano, Colin Powell, o embaixador esteve em Brasília e São Paulo nos dois dias de sua estada no Brasil. Sua agenda incluiu também encontros com diplomatas e empresários.


Candidato festeja e enfatiza o horário
O candidato à Presidência José Serra, do PSDB, declarou ontem que 'agora o jogo realmente começou', após a divulgação da pesquisa Vox Populi. 'Marcamos um gol, começamos bem, mas a partida só vai terminar no dia 6 de outubro', disse. Ele fez uma pausa à tarde, deixando as gravações do programa do horário eleitoral gratuito, em estúdio localizado na Vila Leopoldina, São Paulo, para caminhar pelo bairro. Cancelou o comício que faria à noite em Tupã para dar prioridade às gravações de rádio e televisão. 'O mais importante neste momento é o horário eleitoral gratuito. Isso prende a população', aposta o tucano.


Frente parte agora ao ataque
Preocupados com a queda de Ciro Gomes nas pesquisas de intenção de voto, os estrategistas da Frente Trabalhista decidiram mudar o tom da campanha. Agora, partirão para ataques contundentes aos presidenciáveis José Serra, do PSDB, e Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. A intenção é tentar vincular a imagem de Serra ao governo Fernando Henrique Cardoso e apontar suas incoerências. Também querem mostrar que o discurso de Lula é inconsistente. Esses ataques, porém, não serão feitos no programa eleitoral gratuito de rádio e televisão, nos quais Ciro continuará apresentando suas propostas de governo. O objetivo é eliminar a imagem de Ciro brigão e descortês. Os palcos para apontar as falhas dos adversários serão a imprensa e os palanques, segundo o líder do PTB na Câmara dos Deputados, Roberto Jefferson. A forma de atacar Serra divide a Frente Trabalhista. O coordenador da campanha de Ciro, Walfrido Mares Guia, e o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire, defendem que não haja 'baixarias'. Jefferson e o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, do PFL, querem críticas contundentes, inclusive no campo pessoal, contra Serra. 'Contaremos a vida dele e aí vocês vão ver que santinho ele é', ironizou Jefferson.


Lula surpreende embaixadores
O candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou ontem as suas propostas de política externa para embaixadores, conselheiros e encarregados de negócios de 87 países. Acabou surpreendendo os interlocutores. 'Ele foi muito bem. Parece preparado'', resumiu o embaixador Rolf Timans, chefe da delegação da Comissão Européia. A embaixadora Anita Hugau, da Dinamarca, observou que Lula pareceu um político profissional, 'no bom sentido''.

Lula liderou quatro encontros: com representantes dos países do Mercosul, das Américas, da União Européia e do resto do mundo. O primeiro foi na residência do embaixador Juan José Uranga, da Argentina, com os representantes no Brasil dos países que integram o Mercosul, além do Chile e da Bolívia.

As outras reuniões ocorreram num hotel à beira do Lago Paranoá. A organização foi semelhante à dos encontros multilaterais de chefes de Estado, com as mesas dispostas em retângulo. Na reunião com membros da Comunidade Européia, Lula destacou seu plano de governo. 'Ele foi o único que deixou claro o compromisso de integração econômica do Mercosul com a União Européia'', disse Timans. A embaixadora Cecilia Soto, do México, avaliou que o PT tem visão equivocada do Acordo de Livre Comércio da América do Norte.


Artigos

Desenvolvimento sustentado
Edison Danilo Massulo Lisboa

A Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, que acontece em Johannesburgo, na África do Sul, é o momento oportuno para avaliar os resultados da implementação das ações previstas na Declaração da Rio 92 e na Agenda 21, em defesa e na promoção da sustentabilidade. O Serviço Social da Indústria do Rio Grande do Sul foi buscar na Agenda 21 a orientação para auxiliar os municípios gaúchos e elaborar o programa de Desenvolvimento Municipal Sustentado. O objetivo é obter o desenvolvimento harmônico e produtivo de 70 municípios gaúchos até o ano de 2020.

Foram selecionados seis municípios da Metade Sul do Estado, representativos da região onde os problemas de insustentabilidade manifestam-se com intensidade crescente: Guaíba, Barra do Ribeiro, Pinheiro Machado, Quaraí, Santiago e Restinga Seca. Porém, há condicionantes para o processo de desenvolvimento sustentado. Uma delas é que a sustentabilidade dificilmente será alcançada se os municípios não tiverem condições financeiras para realizarem pré-investimentos. Igualmente é condicionante a participação dos organismos financiadores. Estes deverão facilitar o acesso dos municípios às linhas de crédito preexistentes, simplificando as exigências de documentação.

Aumentar o volume das ações de cooperação técnica entre os financiadores e os financiados é fundamental. E mais: os municípios necessitarão de apoio técnico especializado para fazer frente ao desafio de implantar ações previstas no Programa de Desenvolvimento. Esperamos a reversão do atual quadro de insustentabilidade crescente pela introdução progressiva de um processo de gerenciamento planejado, com postura decisional integrada, contemplando as variáveis sociais, econômicas e territoriais do município, dirigido para o desenvolvimento sustentado. Os pré-investimentos realizados pelo Sesi-RS neste projeto induziram a formação de um novo patamar metodológico e administrativo para a implantação de Agendas 21 no Rio Grande do Sul. Agora o Estado conta com um potente instrumento técnico que, obtendo apoio das autoridades nacionais e dos organismos financeiros, reverterá a atual tendência progressiva à insustentabilidade social, econômica e ambiental, de uma grande maioria dos municípios gaúchos e, em especial, daqueles que estão localizados na Metade Sul do Estado.


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO -A. Burd

MISTURAM ALHOS E BUGALHOS
Mais uma opinião sem rodeios, a do articulista Rubem Azevedo Lima, do Correio Braziliense, sob o título 'Política feita por pigmeus'. Trecho inicial: 'A campanha eleitoral está se desfigurando, nos meios de comunicação eletrônica, ao misturar os alhos, que interessam ao país - a busca de soluções para problemas do dia-a-dia na vida dos brasileiros -, com o ranço de miudezas e picuinhas, os bugalhos, que são as acusações sobre temperamento dos candidatos. Infelizmente, é quase sempre em baixarias que dão as campanhas presidenciais comandadas por marqueteiros!'. Finaliza: 'Corrijam-se os temas da campanha. Os brasileiros votarão em urnas eletrônicas, não funerárias, pois não querem o enterro do país e de suas esperanças'.

SEM MAIORIA
Projeções conduzem à conclusão: qualquer que seja o eleito, o futuro presidente da República não terá deputados em número suficiente para aprovar simples projeto de lei. Precisará negociar muito.

DADOS NA MÃO
Além dos dados à disposição pela Internet, assessores de candidatos ao governo do Estado não têm dificuldades. A Secretaria da Fazenda reúne representantes de todos os partidos políticos. Sendo assim...

DEVAGAR
1) O arsenal de acusações dos candidatos ao Piratini avoluma-se dia a dia. Como ainda faltam 37 dias para o final da propaganda em rádio e TV, serão reveladas em conta-gotas; 2) os presidenciáveis divagaram e continuam na periferia dos problemas. A avaliação é de líderes ruralistas depois de encontro promovido pela Confederação Nacional da Agricultura. Quando há temas específicos na pauta, não têm passado disso.

PERDOADO
Para o PT, desde agosto de 1986, José Sarney esteve entre o inferno e o purgatório. Ontem, ao declarar apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, pisou no paraíso. Ao longo de 16 anos, Lula, em constantes ataques, chamou-o de grileiro, megalomaníaco, sem votos, inoperante. Porém, nada como uma campanha eleitoral para começar a curar as velhas feridas.

TORPEDO
Na ordem do dia, em comemoração ao Dia do Soldado, o comandante do Exército, general Gleuber Vieira, indagou: 'Hoje, nesse novo milênio, o que veria Caxias?'. Resposta imediata: 'Veria a pequenez de uma visão estratégica incapaz de valorizar, em justa medida, a expressão militar do poder em harmonia com os demais campos, condição inerente ao peso geopolítico do país'. O presidente Fernando Henrique Cardoso, até agora, engoliu em seco.

ROTA DE COLISÃO
A executiva regional do PDT encaminhou o prefeito de Taquara, Délcio Hugentobler, à comissão de ética. O desacerto com o diretório municipal tornou-se incontornável.

DOS LEITORES
- Luiz Alberto Loureiro Aquino: 'Como o doutor Brizola encara juras de amor de Ciro Gomes ao doutor Getúlio, tendo como vice o Paulinho da Força Sindical, que luta para acabar com a CLT, uma das meninas dos olhos do ex-presidente?'.

- Erberto Mignoli: 'O compromisso dos 16 maiores bancos internacionais com Brasil destrói repetidos argumentos de derrotistas. Nosso país é viável e contará com indispensável capital externo para crescer.'

- Lúcio Carvalho: 'Ao anunciarem que não faltará crédito ao Brasil, bancos estrangeiros confirmam a velha sabedoria de que não matarão a galinha dos ovos de ouro'.

APARTES
Confirmado: Ciro Gomes, Patrícia Pillar e Leonel Brizola estarão domingo no encerramento da Expointer.

Chega a 325 número de reclamações contra propaganda eleitoral.

Vereadores decidem hoje se abrem sindicância sobre o sumiço dos documentos da CPI dos Incineradores.

Expointer chegou à tribuna da Câmara: deputado Beto Albuquerque convidou colegas a visitá-la.

Câmara Municipal de Uruguaiana rejeitou ontem por dez votos a nove projeto que impediria a contratação de parente de vereador pelo Executivo.

Presidente da Assembléia, Sérgio Zambiasi, encontra-se hoje com os técnicos-científicos do Estado.

Deu no jornal: 'Marqueteiro de Serra prevê guerra interna na campanha de Ciro'. Previsão ou desejo?

Outra: 'ACM aconselha Ciro a atacar Serra'. É mestre no assunto.

Mais uma: 'Silvio Santos mediará debate entre presidenciáveis'. Ficarão todos diante da porta da esperança.


Editorial

O APOIO DOS GRANDES BANCOS

Reconhecida que é a importância do aumento da confiança dos grandes bancos internacionais para a manutenção e ampliação do nível geral de negócios no Brasil, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, estiveram em Nova Iorque reunidos com representantes de alto escalão de 16 bancos comerciais. As notícias resultantes do encontro são animadoras, esperando-se, inclusive, reflexos positivos para acalmar o mercado financeiro e reduzir a pressão sobre o real, exercida pela alta do dólar.

Em nota divulgada após o encontro, que durou duas horas, na sede do Federal Reserve Bank de Nova Iorque, os banqueiros reiteraram o seu compromisso de longo prazo com o Brasil e seu apoio ao programa econômico do país. Expressaram também sua intenção de manter o seu nível geral de negócios no Brasil, incluindo as linhas de comércio exterior. Firmaram a nota ABN Amro Holdings, Banco Bilbao Viscaya Argentária, Banco Santander Central Hispano, Bank of America, Bank of New York, Bank of Tokyo Mitsubishi, BNP Paribas, Citigroup, Commerzbank, Deutsche Bank, Dresdner Bank and Allianz Group, FleetBoston, HSBC, J. P. Morgan Chase, Standard Chartered e Sumitomo Mitsui Banking.

Ponderado, o ministro Malan, após a reunião, disse que se pode esperar um processo gradual de restabelecimento de confiança e contribuir para acalmar os mercados. Os banqueiros acompanharam com atenção a exposição sobre o desempenho da economia brasileira, feita por Malan e Fraga, fizeram inúmeras perguntas sobre o acordo firmado pelo Brasil com o Fundo Monetário Internacional e se mostraram satisfeitos com o resultado do encontro do presidente Fernando Henrique Cardoso com os candidatos a sua sucessão, o que, evidentemente, retira do horizonte o receio de que o processo eleitoral brasileiro pudesse resultar numa ruptura do país com o sistema financeiro internacional. Aos poucos, mas de forma segura, pela desenvoltura com que atua em âmbito internacional, a equipe econômica do governo, sob a liderança do ministro Malan e contando com a credibilidade de que desfruta o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, vai retirando da crise os obstáculos que a ela davam dimensão exagerada de risco ante o processo sucessório brasileiro.


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08/28/2002


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