Avaliação da saúde pública estabelece projetos para o próximo triênio



A ideia é discutir os avanços no aprendizado e pensar no aprimoramento do programa implantado na rede do SUS

Está sendo realizado pelo Ministério da Saúde, o balanço do 1º triênio (2009 – 2011) das atividades desenvolvidas no Sistema Único de Saúde (SUS)feitas por entidades de referência. O projetos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) visam adaptação e aprimoramento de tecnologias desenvolvidas pela rede pública, assim como a realização de pesquisas de interesse do SUS.

Na primeira etapa, o projeto envolveu 119 projetos alinhados com os objetivos do Ministério da Saúde. Estes projetos passaram por diversas áreas do SUS, desde a atenção primária até a alta complexidade, não deixando de considerar a qualificação e aprimoramento da gestão, inovação cientifica e tecnológica, além da capacitação dos profissionais e trabalhadores do SUS.

O levantamento preliminar revelou que os hospitais de excelência estão contribuindo para o avanço do SUS, com suas expertises.  “O programa tem um componente muito grande de formação de profissionais, tanto em cursos especialização como de aperfeiçoamento. No primeiro triênio, o número de profissionais do SUS capacitados chegou a 20 mil”, destacou Adail Rollo, diretor Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento.

A ideia é discutir os avanços no aprendizado e pensar no aprimoramento do programa para o 2º triênio (2012-2014), quando contemplará 116 projetos. Esta semana, a oficina de avaliação do 1º ciclo do programa foi realizada em Brasília pelo Departamento. 

Para obter informações sobre o triênio 2009/2011 do Proadi-SUS, o Ministério da Saúde disponibiliza, no mês de outubro, uma página na internet onde é possível saber a criação e gestão do programa, legislação e normas correlatas, além dos projetos que serão desenvolvidos no triênio 2012/2014.

Oficina de avaliação

Durante a oficina foi divulgada mostra de estandes dos principais projetos contemplados no Proadi, como exemplificou Adail Rollo. “Do ponto de vista de pesquisa e produção vários trabalhos tiveram prêmios internacionais de pesquisa, principalmente os produzidos pelo Hospital do Coração. São pesquisas que podem entrar na vida do SUS, como a dieta cardioprotetora, desenvolvida para pessoas que já sofreram infarto ou derrame ou que correm maior risco desses problemas”, disse.

Segundo Adail Rollo, outra pesquisa importante é na área de tratamento do infarto agudo de forma ampla, como protocolo que tem validação internacional e que é de baixo custo.

O projeto deve ser incorporado ao SOS Emergência. “Também foi evidenciada nesta avaliação a importância do atendimento a determinadas patologias, porque temos uma espera nacional muito grande no SUS, como transplante renal em crianças, transplantes de fígado em crianças e cirurgias de má formação congênita do coração em recém-nascidos. Os hospitais, tanto o Hospital Sírio Libanês como o Einstein, como o Hospital do Coração e o Samaritano começaram a partir de uma lista nacional de espera a realizar esses transplantes reduzindo a espera”, afirmou.