Avanço no desenvolvimento econômico do Brasil não deve ser usado como bandeira política, diz Casildo
O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) afirmou nesta segunda-feira (5) que o avanço no Índice Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil não deve ser usado como bandeira política e nem atribuído a um só governo. Casildo se referia ao Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, lançado na última semana. A pesquisa, divulgada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mostra o aumento de 47,8% no IDH municipal entre 1991 e 2010.
- Eu repito: para notícias positivas, sabemos, há muitos pais. A verdade, no entanto, é que essa conquista é coletiva e não deve ser atribuída a uma pessoa ou a um governo, até porque aconteceu ao longo dos últimos 20 anos – alertou o senador.
Além da redução da desigualdade entre os municípios, o senador citou o salto na qualidade de vida. Em 1991, segundo Casildo, 85,8% das cidades tinham nível muito baixo, parcela que caiu para 0,6% em 2010. O senador também comemorou os números do seu estado, Santa Catarina, que tem onze cidades entre as 50 mais bem colocadas do Brasil no índice.
Segundo o parlamentar, conquistas como essa tiveram início com a consolidação dos direitos sociais na Constituição de 1988 e foram ampliadas por governos e pela sociedade, que soube exigir o cumprimento e a ampliação de seus direitos. Para Casildo Maldaner, embora dignos de nota, os números não podem gerar acomodação porque o país ainda tem muito a conquistar, especialmente na educação.
- Todos sabemos que os resultados nesse campo não são perceptíveis imediatamente: demandam longos anos de dedicação e seus frutos serão colhidos em gerações futuras – disse o senador, antes de cobrar a qualidade do ensino.
Pesquisa
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 traz informações sobre 5.565 municípios brasileiros, com a análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos do país, como entre eles demografia, educação, renda, habitação, trabalho e vulnerabilidade. A pesquisa foi feita em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP).
05/08/2013
Agência Senado
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