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Citando estudo feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo, Azeredo concluiu que o agronegócio apresentou, em 2005, seu pior resultado nos últimos seis anos. As perdas dos agricultores teriam chegado a R$ 26 bilhões, comparando-se com o ano anterior.

- Na safra de 2004 até que houve crescimento de alguns índices positivos de produção e comercialização no setor agropecuário. Mas agora que se aproxima a safra deste ano e já se conhece a do ano passado, o governo não tem nada para alardear sobre grandes feitos na área. Ao contrário, os números já calculados são altamente preocupantes, sobretudo se levar-se em conta que a agropecuária, como um todo, é um pilar fundamental da nossa economia - afirmou.

Segundo Eduardo Azeredo, a situação dos agropecuaristas no seu estado é tão delicada, em virtude do custo do dinheiro e da contenção do consumo interno e das exportações, que os produtores de leite foram obrigados a criar medidas de racionalização de logística e custos para suportar as adversidades. Ele contou que cerca de 6 mil produtores de 11 entidades e cooperativas organizaram-se num pool para reduzir os custos de transporte e compras de insumo.

Em aparte, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) lamentou que, em vez de trabalhar para resolver os problemas dos produtores rurais, o governo federal tenha se limitado, nos últimos meses, a tentar explicar-se diante das diversas acusações que vem recebendo. Ele pediu aos demais senadores que sejam contundentes na cobrança de soluções para o agronegócio e sugeriu a criação de uma frente para defender a economia nacional.

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