Azeredo divulga nota sobre decisão da Mesa de arquivar representação
Em nota divulgada à imprensa, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) comentou a decisão da Mesa do Senado de arquivar a representação do PSOL contra ele. De acordo com o parlamentar, já havia precedente para tal decisão, já que, no começo do ano passado, o Conselho de Ética arquivou representação que também pedia a investigação da responsabilidade de Azeredo nas supostas irregularidades ocorridas em sua campanha para o governo de Minas Gerais em 1998, quando não era ainda senador.
"Na época, houve o entendimento de que as questões são anteriores ao meu mandato de senador. Além disso, compreendeu-se que não tive responsabilidade nos eventuais problemas daquela campanha.", disse o senador na nota.
Azeredo também criticou o PSOL por ter apresentado a representação. O senador afirma que o Partido Socialismo e Liberdade "se baseou em relatório inconcluso, que chegou ao conhecimento público de forma ilegal, em flagrante desrespeito ao segredo de Justiça".
Veja abaixo a íntegra da nota:
"Nota à imprensa
"A Mesa Diretora do Senado Federal seguiu jurisprudência da Casa. Em março de 2006, o Conselho de Ética, então presidido pelo Senador João Alberto, arquivou representação contra mim, relatada pelo Senador Demóstenes Torres, referente aos fatos ocorridos na campanha de 1998, quando disputei a reeleição ao Governo de Minas. Na época, houve o entendimento de que as questões são anteriores ao meu mandato de Senador. Além disso, compreendeu-se que não tive responsabilidade nos eventuais problemas daquela campanha.
"Apesar de respeitar decisões de quaisquer partidos, creio que o PSOL agiu equivocadamente ao insistir em representação com o mesmo escopo, a campanha de 1998. O partido contrariou a legislação processual brasileira, ao 'se arriscar em uma representação para pleitear [...] o que já foi julgado, o que já foi decidido [...]'. Também se baseou em relatório inconcluso, que chegou ao conhecimento público de forma ilegal, em flagrante desrespeito ao segredo de Justiça.
"Reitero ainda que nunca faltei com a verdade. Como é do conhecimento de todos em Minas Gerais, as questões financeiras da campanha de 1998 não foram de minha responsabilidade e delas só tomei conhecimento posteriormente."
23/10/2007
Agência Senado
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