Bancada evangélica tenta mudar perfil









- Bancada evangélica tenta mudar perfil

- Nova geração de evangélicos pode se mostrar mais identificada com as causas sociais. Eleita com o voto das camadas mais pobres da população, ela pode priorizar uma pauta voltada aos excluídos - que o coordenador da bancada, Bispo Rodrigues, chama de "socialismo de resultados".
A partir de agora, os evangélicos formam a segunda maior bancada informal da Câmara dos Deputados e têm quatro representantes no Senado Federal, dois deles da Igreja Universal do Reino de Deus. Sua representação está em todos os partidos, com exceção do PC do B - que é ateu por natureza. (pág. 1 e A8)

- Deputada federal mais votada, a juíza Denise Frossard ganhou notoriedade por sua coragem na luta contra a bandidagem e tem, agora, a meta prioritária de combater a corrupção e o clientelismo. Para ela, todos os governos do Brasil são clientelistas por natureza.

Já Carlos Minc, deputado estadual mais popular, é eleito pela quinta vez e intensifica sua conhecida luta pelo meio ambiente. Faz isso através de estratégias de marketing criativas que lhe trouxeram fama junto a faixas bem diversificadas do eleitorado - que este ano lhe garantiu quase 120 mil votos. (pág. 1 e A4)

- Nunca o mundo esteve tão perto de uma guerra nuclear total como durante a crise provocada pelo envio de plataformas de lançamento de mísseis soviéticos para Cuba. Para o presidente John Kennedy, essa era uma ameaça inaceitável.

Ele ordenou o bloqueio naval a todas as remessas de material bélico para Cuba e deixou o mundo em suspense. A crise, de outubro de 1962, entrou para a história como o maior confronto latente da Guerra Fria. (pág. 1 e A12)

- Os corredores da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo são o epicentro do terremoto financeiro que está sacudindo o Brasil. Lá se encontram e se cumprimentam, educadamente, Guido Mantega e Gesner Oliveira, os principais assessores econômicos dos candidatos à Presidência no segundo turno, respectivamente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e José Serra, do PSDB.

Na mesma semana em que o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, voltou a cobrar mais clareza das propostas econômicas dos dois candidatos, o "JB" foi à fonte delas para abrir essa caixa-preta.

"A vitória de Serra, por si só, dará um choque de credibilidade na economia", diz Gesner.
"O PT vai mostrar que aqueles compromissos que assumiu vão ser postos em prática", rebate Mantega. (pág. 1 e A13)

- O segundo semestre do ano legislativo ainda não começou e já está bem perto de acabar. O problema é que uma das prioridades dos parlamentares após o término do segundo turno terá pouco - ou nenhum - efeito para a vida da população.

Os políticos estão interessados em mudar a data da posse dos eleitos, incluindo o presidente da República, para o dia 6 de janeiro. (...) (pág. 2)

- A Polícia Federal está na mira do futuro presidente da República, seja Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, seja José Serra, do PSDB. Tanto o petista como o tucano têm planos para reorganizar a corporação e torná-la mais eficiente.

A mudança pregada por Serra já começou neste final de Governo Fernando Henrique Cardoso, com o anúncio da contratação de seis mil policiais fardados.
Serra quer ir além, triplicando o atual efetivo da PF, de sete mil agentes, escrivães e delegados federais. (...) (pág. 6)


Colunistas

COISAS DA POLÍTICA - Dora Kramer

Onde foram mesmo parar os efeitos da verticalização das alianças partidárias que, conforme previsões, alterariam profundamente o quadro eleitoral?

Segundo alguns autores, a obrigatoriedade de os acertos regionais seguirem os acordos nacionais tinham tudo não apenas para favorecer a candidatura governista, mas também para tumultuar completamente as eleições. (...)

Pois muito bem, encerrado o primeiro turno, vemos que a verticalização apenas protagonizou, no mês de março, um daqueles episódios em que se faz muito barulho para nada.

Coisa alguma do que se previu, aconteceu. Assim que a campanha começou para valer, o cenário do descompromisso com a regra já estava posto. (...) (pág. 2)

(Informe JB - Gustavo Krieger) - Reeleito para a Câmara dos Deputados, o ex-ministro Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM) já tem na ponta da língua as perguntas a serem feitas a Lula, do PT, nos debates de televisão.

E a bronca, para o caso de o petista realmente não participar dos confrontos na telinha: "O Lula é uma decepção. Não fugiu da polícia, não fugiu do Exército está fugindo do debate. Não teve medo de bala e agora tem medo de idéias". (pág. 6)

(Boechat) - Nos 10 primeiros dias de outubro, R$ 3,2 bilhões entraram em circulação na economia.
Para alguns analistas, isso significa que os brasileiros estão indo às compras de fim de ano mais cedo.

Para outros, hipótese mais plausível, que a especulação assola o mercado. (pág. C2)


Editorial

SEM MEDO DE NEGOCIAR

A partir do segundo turno no dia 27 de outubro, as relações entre Brasília e Washington podem ganhar rumo indesejável. Em editorial nesta semana, o jornal "The New York Times" adverte: "Se o objetivo é fazer que as reformas para o livre mercado prevaleçam na América Latina, mais esforços precisam ser feitos para estender seus benefícios além de uma pequena elite, mas para as dezenas de milhões que foram atraídos por Lula". (...)

Parte do problema depende de Bush, mas será decisiva a atuação do futuro presidente do Brasil. (...) (pág. 12)


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10/13/2002


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