Base do governo sai unida da votação da MP dos Portos, diz Jucá



Ao ser questionado nesta sexta-feira (17) se a base do governo sai "rachada" da votação da MP dos Portos, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) respondeu que seu partido foi decisivo na aprovação da matéria e que, ao menos no Senado, a base "saiu unida".

Jucá reconheceu que "houve discussões" no âmbito do PMDB da Câmara, onde o líder, deputado Eduardo Cunha (RJ), chegou a obstruir a votação. Mas o senador lembrou que o partido acabou apoiando a MP e ajudando a aprová-la naquela Casa, "haja vista, por exemplo, o desempenho do presidente da Câmara, Henrique Alves", também integrante do PMDB.

Após uma jornalista perguntar se "o Palácio do Planalto vê como traição as dificuldades enfrentadas na Câmara", o senador afirmou que não conversou com ninguém do Planalto sobre isso, mas ressaltou que o governo precisa "trabalhar sua base" naquela Casa.

– Sempre há disputas. E isso é democrático – declarou ele, repetindo que, "no Senado, a base saiu fortalecida".

Vetos

Quanto à possibilidade de a presidente Dilma Rousseff vetar itens da MP dos Portos, Jucá avalia que "não há grandes questões divergentes". Para ele, a maioria dos dispositivos devem ser mantidos, já que são os mesmos que foram aprovados, por acordo, na comissão mista que analisou a matéria. O senador acrescentou que a discussão sobre os eventuais vetos "cabe ao relator da matéria, aos líderes partidários, à Casa Civil e a Secretaria de Relações Institucionais".

– Quanto menos vetos, melhor – salientou.

Liminar

Jucá considerou "descabido" o pedido de liminar feito pela oposição contra a votação da MP dos Portos no Senado. O pedido, que acabou sendo recusado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, foi apresentado pelos senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP), José Agripino (DEM-RN) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Durante a votação, eles protestaram contra a falta de tempo para que os senadores pudessem discutir e examinar a matéria, que foi aprovada pelo Senado poucas horas depois de sair da Câmara.

– Não houve nenhuma quebra do regimento nem de preceitos constitucionais. Não houve nenhuma irregularidade. Tanto é verdade que o Supremo rejeitou a liminar – reiterou Jucá.

Para o senador do PMDB, "o Senado cumpriu todas as etapas exigidas, celeremente, mas dando direito a todos de usar o regimento".



17/05/2013

Agência Senado


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