FHC QUER MANTER UNIDA BASE DE SUSTENTAÇÃO POLÍTICA, DIZ ACM
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, revelou nesta sexta-feira (dia 27), após encontro com o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, no Palácio da Alvorada, que "o presidente confia no Congresso Nacional, acha que estamos vivendo agora a tranqüilidade de que o país precisa e faz questão de manter sua base de sustentação parlamentar".Com relação às divergências verificadas entre os partidos que dão sustentação ao presidente da República no Congresso (PFL, PSDB, PMDB e PPB), Antonio Carlos destacou que "elas acabaram, mas não posso dizer que a divergência nunca mais existirá, pois se isto ocorre entre os casais, que dirá entre partidos políticos". O senador destacou ter ouvido de Fernando Henrique o desejo de que "todos se unam, para realizar o trabalho de que o país precisa".A proposta de uma quarentena para as autoridades, quando os administradores deixarem o serviço público, tem o apoio do presidente do Senado. Mas Antonio Carlos recomenda muito cuidado na elaboração do projeto de lei que vai disciplinar o assunto. De um lado, o senador lembra que "não pode haver exagero e prejudicar a administração do país". Ele considera que a nação não tem quadros competentes sobrando. Um exagero no conceito da quarentena arriscaria deixar ministérios e instituições expostos ao corporativismo, avalia.O projeto da quarentena dos administradores públicos, dentro desse contexto, poderia ser de um ano, entende o presidente do Senado, com a obrigação do poder público remunerar o administrador enquanto ele estiver impedido de aceitar novos convites profissionais. Mas Antonio Carlos alerta que não basta apenas pagar. "Será preciso pagar e fiscalizar, para evitar que haja apenas o pagamento pelo governo e não o cumprimento da quarentena pelo profissional".
27/11/1998
Agência Senado
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