Bernardi aposta que irá ao 2º turno







Bernardi aposta que irá ao 2º turno
Candidato visita até final do ano cem municípios para fortalecer campanha ao governo do Estado

O presidente estadual e candidato a governador pelo PPB, Celso Bernardi, acredita que terá vaga garantida no 2º turno da próxima eleição se mantiver os votos recebidos pelo partido na última campanha municipal, aliado ao crescimento eleitoral na região Metropolitana. Em 2000, os vereadores progressistas obtiveram 1,2 milhão de votos em todo o Estado ou 19% dos votos válidos. Para garantir a transferência de votação, ele iniciará maratona de viagens pelo Interior, devendo visitar cem municípios até o fim do ano. 'Política não se faz apenas em cima de cálculos, mas os números ajudam a perceber a força do PPB no Estado. Temos crescido a cada eleição porque somos o partido mais organizado, com diretórios em 494 municípios', analisou Bernardi.

Outro fator que pesa em favor do PPB é o número de prefeituras sob seu comando, que chegou a 174 na última eleição ou 35% do total. 'Vamos municipalizar a campanha, transformando cada prefeito e vereador em cabo eleitoral do partido', entusiasmou-se Bernardi. Segundo ele, dentro de três meses o seu programa de governo estará pronto e começará a ser discutido com as bases. 'A campanha e as alianças irão se basear em programa e não em nomes. Enfatizaremos principalmente a geração de empregos, pois essa é a maior preocupação das pessoas', argumentou. Segundo o candidato, diferentemente do governo anterior, que privilegiou investimentos em grandes empresas, seu objetivo será fortalecer pequenos negócios, grandes geradores de emprego.

Bernardi criticou a situação das finanças do Estado e adiantou que, se eleito, extinguirá 50% das secretarias e transformará as demais em gerências, empregando técnicos-científicos nos cargos de chefia. 'Basta modificar a estrutura hierárquica para se obter economia imediata', explicou. Conforme o presidente do PPB, ao não valorizar os técnicos-científicos, o governo está desperdiçando o que há de melhor no quadro de servidores. 'Preferem dar vagas a militantes sem qualificação, apenas por critérios políticos', acusou.


Mardini escolhido coordenador
A campanha do PPB na Grande Porto Alegre, onde estão concentrados 34% dos eleitores, será coordenada pelo presidente do diretório metropolitano e pré-candidato a senador, Hugo Mardini. Historicamente forte no Interior e menos expressivo nas grandes cidades, o partido elaborou um projeto específico para o eleitorado da região Metropolitana. 'Criaremos subdiretórios nos 87 bairros e nas 273 vilas de Porto Alegre', adiantou Mardini.

Ele lembrou que o partido chegou a ter 12 vereadores no passado e disse que a meta é recuperar terreno político. Para isso, contará com a colaboração da bancada de vereadores. 'João Dib atuará nos problemas da comunidade. Beto Moesch desenvolverá estratégias de meio ambiente. Pedro Américo se preocupará com a segurança pública e João Carlos Nedel será o elo com a Igreja e as comunidades de base', especificou Mardini.

Segundo ele, será criado um grupo de expansão metropolitana, formado pelos ex-governadores Amaral de Souza e Jair Soares e o ex-prefeito Guilherme Villela. 'Quem não conhece esses nomes? Todos eles passaram pelo governo e são exemplos de eficiência e probidade', argumentou o presidente.


Adesivo mostra intenção de Alckmin de concorrer
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, deverá ser candidato ao governo paulista nas próximas eleições. Em visita a quatro cidades do Vale do Paraíba ontem, o governador se mostrou satisfeito com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de liberar a sua candidatura para as eleições ao governo de SP. Adesivo com os dizeres 'Geraldo Alckmin 2002' colado no carro da comitiva mostrava a intenção.


Comissão aponta prejuízo de R$ 4 bi ao Estado
O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa, Berfran Rosado, do PPS, afirmou ontem que o governador Olívio Dutra vai encerrar a sua administração dando prejuízo de R$ 4 bilhões ao Estado. O deputado chegou a essa conclusão ao analisar estudos sobre o orçamento de 2002, apresentados pelo economista Darcy Ferreira durante reunião da comissão. Segundo o técnico da bancada do PPS, o montante resulta de crescimento no passivo financeiro do Estado, baseado em receitas superestimadas, despesas subestimadas, precatórios judiciais não-empenhados, transferências ao IPE para complementações orçamentárias e finalmente a necessidade de cobrir os saques no caixa único, que já superam R$ 1,2 bilhão. Ele advertiu que R$ 4 bilhões é um número conservador e revelou que esse passivo em 1999 era de R$ 700 milhões.

O deputado Cézar Busatto, do PPS, especificou que a equipe econômica do governador Olívio Dutra superestimou em R$ 617 milhões o orçamento para 2002. Ao mesmo tempo, subestimou as despesas em R$ 431 milhões. Busatto alertou que a proposta também é inconstitucional, pois contraria a Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada este ano pela Assembléia. Ele recomendou ao relator do orçamento, deputado Adroaldo Loureiro, do PDT, devolver o documento ao Palácio Piratini para que seja refeito. Berfran qualificou a proposta orçamentária de 2002 como uma piada de mau gosto. 'O PT não cumpre a execução orçamentária e trai a população que participa das assembléias do Fórum Democrático e do Orçamento Participativo', destacou. Disse ainda que o governo agrava a situação ao tentar mascarar o déficit. Além disso, Berfran denunciou que a administração estadual mantém a linha de redução de investimentos em segurança pública, saúde e infra-estrutura.


Ex-prefeito Pitta responde a processo por corrupção
O juiz Pedro Luiz Aguirre Menin, da 14ª Vara de São Paulo, instaurou ontem processo-crime contra o ex-prefeito Celso Pitta e o empresário Jorge Yunes. Ele atendeu a uma denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual. Pitta responderá por corrupção passiva e Yunes, por corrupção ativa. O processo se refere a supostos contratos de simulação, em que Yunes teria emprestado dinheiro a Pitta. A pena poderá variar de um a oito anos de prisão.


Governo contesta estudo do PPS
O secretário substituto da Fazenda, Odir Tonollier, contestou o estudo apresentado pela bancada do PPS na Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa, afirmando que os deputados fizeram uma verdadeira pirotecnia para inchar o déficit público. Disse ser absurdo imaginar que o Estado precise fazer um orçamento para resolver todo o passivo histórico, pois no cálculo que aponta R$ 4 bilhões de déficit os deputados incluem precatórios e dívidas com pensionistas, que se arrastam há mais de dez anos. Explica que a soma dos saques do caixa único como déficit é um erro técnico, pois os valores não podem ser considerados como orçamento, já que se tratam de operação financeira. Com relação à receita superestimada de R$ 600 milhões (receitas patrimonial e corrente), demonstrada no estudo, Tonollier declarou que não há sentido na análise do PPS, pois é como dizer que esse valor previsto para 2002 não vai se confirmar. Lembrou que em 2000 o governo previu nos mesmos itens receita de R$ 360 milhões e arrecadou R$ 595 milhões. Dos R$ 600 milhões a que se refere a bancada do PPS, Tonollier garante que o Estado tem a receber R$ 494 milhões só em compensações da União. Ele não vê sustentação para imaginar que o governo federal vá deixar de repassar o que deve ao Rio Grande do Sul. O secretário disse que a avaliação dos deputados não tem fundamento técnico.


Governador Jarbas está disposto a disputar prévia
O governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcellos, do PMDB, dispôs-se a disputar a pr


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