Bernardi quer acessar contas do RS



Bernardi quer acessar contas do RS Para elaborar propostas ao Estado, o candidato do PPB vai pedir audiência com o governador Olívio Candidato do PPB ao governo do Estado para 2002, o presidente licenciado do partido, Celso Bernardi, declarou ontem que irá solicitar audiência com o governador do Estado, Olívio Dutra, para pedir que sejam disponibilizadas informações das secretarias. Bernardi, que venceu a prévia domingo disputando com o deputado federal Adolfo Fetter Júnior, argumentou que, para elaborar propostas concretas de governo, precisa ter acesso às contas do Estado e isso só será possível se o Executivo tiver transparência em relação aos seus atos. Bernardi afirmou que precisa conhecer a verdadeira situação dos servidores, o que está se passando no Instituto de Previdência do Estado e como são desenvolvidos os projetos na segurança pública. Não acredita que o governador dará resposta negativa. Lembrou que na transição de governo os secretários do PPB abriram as portas para que o PT pudesse obter todas as informações necessárias. O PPB gaúcho também começa a costurar a formação de alianças para compor a chapa majoritária ao Palácio Piratini. Na mesa de negociações estão as vagas de vice-governador e uma ao Senado. A primeira conversa será com o PFL, cuja identificação ideológica se aproxima mais do PPB, conforme destacou Bernardi. Também estão no roteiro o PTB, o PSDB, o PDT e o PMDB. Avesso à formação de frentão, Bernardi disse que a decisão do PPB em concorrer em faixa própria é irreversível e a disposição para montar um projeto de desenvolvimento coloca o partido na dianteira de combate ao PT. Bernardi defende a unificação de estratégias dos partidos que fazem oposição ao PT desde o 1º turno da eleição. 'Nós temos objetivo comum que é retirar o PT do governo, pois esse partido está apequenando o Estado', enfatizou. O candidato do PPB ao governo antecipou que a proposta do partido para administrar o Estado passa pela redução da máquina pública. 'O número de secretarias é excessivo e o serviço público deve se agilizar pela valorização de seus servidores', acrescentou. O PPB fará no final de outubro um encontro estadual para homologar o resultado da prévia, quando será lançada a candidatura do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, à Presidência da República. PMDB age para evitar deserções Apesar de desfiliação ser considerada quase nula, lideranças buscam convencer dissidentes a ficar O PMDB deflagra hoje operação apaga incêndio buscando convencer os deputados dissidentes a ficar e evitar mais deserções nas bases. Embora o presidente estadual, deputado Cezar Schirmer, garanta que a saída de filiados será quase nula, lideranças peemedebistas foram convocadas a percorrer as 33 coordenadorias regionais do Rio Grande do Sul para conversar com prefeitos, vereadores e militantes. 'Dá para contar nos dedos de uma mão quem deixará o PMDB. A base partidária vem demonstrando repúdio à saída deles e não os acompanhará', declarou Schirmer após a reunião da executiva estadual realizada ontem. Segundo ele, ainda há esperança de que os deputados desistam de se desfiliar. 'Espero que eles não saiam, pois a troca de partido não é bem vista pelos eleitores do Rio Grande do Sul', afirmou Schirmer, que reputa a possível debandada a pressões individuais. 'A exacerbação de personalismo está jogando esse grupo de deputados em uma aventura política', criticou Shirmer. A posição do presidente estadual foi interpretada como ataque pelo deputado Mário Bernd, um dos que deixará o partido. 'Ele não deve nos retaliar, pois não estamos aliciando ninguém a sair, mas todas as bases com quem conversei concordaram com os nossos argumentos. Prefeitos e vereadores têm os seus próprios prazos para decidir qual rumo tomar', desabafou Bernd. Conforme ele, a posição de Schirmer acaba incentivando quem está em dúvida a se desfiliar. O deputado João Osório sustentou que as bases estão unidas com o partido. 'Não encontrei uma única deserção nos militantes com os quais conversei', disse Osório. Segundo ele, a ordem é demover os dissidentes de deixarem o partido. 'Vamos continuar negociando até o dia em que entregarem a carta de desfiliação', declarou Osório. Porém, a tentativa de evitar a saída dos dissidentes não os poupam de críticas. 'Essa mudança de partido é busca de espaço eleitoral, um projeto pessoal de poder', interpretou o vereador Sebastião Melo. Para ele, confirmando-se a dissidência, impõe-se a candidatura do senador Pedro Simon ao governo do Estado. 'Simon terá um gesto de grandeza nessa hora difícil', afirmou. FILIAÇÃO O vereador Haroldo de Souza oficializou ontem a sua filiação ao Partido Humanista da Solidariedade (PHS) depois de sair do PTB. Ele disse que concorrerá a deputado estadual em 2002 e tentará conquistar novos nomes para o partido. Grupos do governo dominam PT O diretório estadual do PT para os próximos dois anos será formado por maioria dos grupos do governador Olívio Dutra, a Unidade Popular Socialista, e do vice-governador Miguel Rossetto, a Democracia Socialista, superando a Articulação de Esquerda, liderada pelo presidente licenciado do PT no Estado, Júlio Quadros, até então a maior corrente do partido. A ala moderada, representada pelo PT Amplo e Democrático, ficará na terceira posição em força no Estado. O novo comando passará a ser o termômetro da organização das tendências internas no Rio Grande do Sul, tendo forte influência na prévia que decidirá o candidato ao Palácio Piratini e na convenção que escolherá os indicados ao Senado e a vice-governador. Como o estatuto do PT foi modificado, o diretório será integrado somente por representantes das correntes e não mais por membros das regionais e setoriais no Estado. Das 61 vagas do diretório, as correntes de Olívio e Rossetto terão 13; a Articulação, 12; o Amplo, 11; e a Ação Democrática, liderada pelo deputado Ivar Pavan, nove. A Esquerda Democrática, integrada pelo chefe da Casa Civil, Flávio Koutzii, obterá três vagas. A Rede, do prefeito Tarso Genro, o Movimento de Construção Socialista, da deputada Maria do Rosário, o Movimento Esquerda Socialista, da deputada Luciana Genro, e o Rumo Socialista, do prefeito de Gravataí, Daniel Bordignon, terão, cada, duas vagas. Outras tendências menores participarão do diretório com um integrante. Em reunião, ontem à tarde, a executiva do PT divulgou os números oficiais do processo de eleições diretas à presidência, reafirmando o 2º turno entre David Stival e Paulo Ferreira, no dia 7 de outubro. David obteve 45,56% dos votos e Ferreira, 23,19%. Participaram das eleições 29.267 filiados em todo o Estado Calheiros indica Jader para integrar comissão O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, indicou ontem o senador Jader Barbalho, do PMDB, para integrar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Jader substituiria Pedro Ubirajara, suplente do recém-eleito presidente do Senado, Ramez Tebet. Se for escolhido, Jader participará da votação de parecer sobre questão levantada por ele próprio no Conselho de Ética. Ele quer fazer nova defesa antes da leitura do relatório sobre as denúncias de seu envolvimento em irregularidades. Ciro acha que eleição de Tebet desmoraliza a Casa O candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou ontem, no Rio, que a escolha de Ramez Tebet para presidir o Senado 'foi uma desmoralização final do Congresso'. Para ele, a crise que ocorreu no Senado e a posterior eleição de Tebet são de responsabilidade do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ciro considera que há outros nomes no Senado com maior importância no cenário político que não foram cogitados Fetter diz que se sente vitorioso O deputado federal Adolfo Fetter Júnior não participou da coletiva programada pela direção estadual do PPB, ontem à tarde, para anunciar o resultado da prévia de domingo. Além de estar representado por apoiadores, encaminhou mensagem cumprimentando pelo resultado o presidente licenciado do PPB, Celso Bernardi. Segundo Fetter, os objetivos a que se propôs foram cumpridos: consolidação de candidatura própria e consulta às bases. 'Também me sinto vitorioso', enfatizou. Fetter reafirmou seu compromisso pela unidade e pelo fortalecimento partidário e avaliou de forma positiva o processo de debate interno e mobilização da base. O deputado fez questão de registrar o clima de respeito e de cordialidade entre ele e Bernardi que marcou os 20 encontros regionais antecendendo a prévia. Disse que a esperança despertada nos filiados revela a potencialidade do partido de chegar ao poder Fogaça admite que pode deixar partido O senador José Fogaça, do PMDB, admitiu ontem que, pela primeira vez, considera a hipótese de sair do partido. Apontou como motivo os ataques do senador Pedro Simon aos dissidentes, cuja atitude de se desfiliar chegou a ser qualificada de traição. 'Foram críticas muito negativas, com as quais não concordo. Fiquei magoado com o episódio, pois retirou a possibilidade de diálogo', disse Fogaça. Segundo ele, as suas divergências com a cúpula peemedebista são invencíveis. 'Essas declarações de Simon serviram para aguçar ainda mais as dificuldades e deteriorar o quadro partidário, o que acaba contribuindo para piorar minha situação', comentou. Partido conclui hoje a apuração A direção estadual do PPB conclui hoje a apuração da prévia realizada domingo em 495 municípios. O presidente licenciado do partido no Estado, Celso Bernardi, foi escolhido candidato ao governo para a eleição de 2002. A parcial divulgada ontem confirmou a vitória de Bernardi com cerca de 80% dos votos sobre o deputado federal Adolfo Fetter Júnior, que obteve 20% da preferência. Dos 433 municípios apurados, Bernardi somou 31.672 votos e Fetter, 8.136. Foram computados ainda 259 votos em branco e 98 nulos, totalizando 40.165 filiados participantes. Pela projeção da direção estadual, ainda restam ser apurados 62 municípios que devem totalizar mais 7 mil votos, alcançando a expectativa inicial de comparecimento. Dos 165.580 filiados ao PPB no Estado, houve o comparecimento de 28%. A apuração identificou também que Bernardi venceu em 90,9% dos diretórios, Fetter ganhou em 8,5% dos municípios e houve empate em 0,4% das localidades. Pedida a investigação de contas de Luiz Estevão O Ministério Público Federal pediu ontem abertura de processo na Justiça contra o ex-senador Luiz Estevão e sua mulher, Cleucy Meireles, por crime de evasão de divisas, que prevê pena de dois a seis anos de prisão. Eles teriam contas bancárias no exterior não declaradas à Receita Federal. Estevão e Cleucy são apontados como titulares de quatro contas com nomes fictícios de Leo Green e James Towers no Delta Bank, em Miami, e nas Ilhas Cayman. PFL define estrutura para divulgar Roseana Sarney O secretário-executivo do PFL, Saulo Queiroz, define hoje com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, as primeiras iniciativas do que poderá se transformar na estrutura da sua campanha presidencial. Segundo ele, não se trata ainda de operacionalizar uma eventual candidatura, mas de 'construir uma estrutura de apoio à política de maior evidência no partido'. O PFL criará na página da Internet um espaço exclusivo para divulgar a imagem e a administração da governadora. Senador do PDT põe em dúvida o aspecto ético O senador Osmar Dias, do PDT, criticou a nomeação do senador Jader Barbalho, do PMDB, para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. 'Trata-se de um direito do líder do PMDB, Renan Calheiros, mas cabe discutir se é ético dar a Jader o direito de falar no debate de um assunto em que é o suspeito de estar envolvido', opinou. O próprio Jader foi designado para dar o parecer na CCJ sobre se pode ou não se defender antes da abertura do processo contra ele. Artigos TERRORISMO: A QUEM CABE REAGIR Henrique Choer Moraes Os eventos da ação terrorista de 11 de setembro trazem de volta à cena uma velha questão: a função desempenhada pela ONU no sistema internacional. Juridicamente, a ONU restringe o uso lícito da sanção internacional a apenas duas hipóteses: quando seu emprego for autorizado pelo Conselho de Segurança e em caso de legítima defesa (artigo 51 da Carta da ONU). A legítima defesa é um conceito com uma importante dimensão temporal: 'Até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais'. As organizações de segurança coletiva, como a Otan, estão juridicamente fundadas nessa possibilidade de legítima defesa. Têm competência para agir sem autorização apenas dentro desse marco. As discussões acerca da punição dos responsáveis pelos atentados têm ocorrido no foro restrito da Otan, de que fazem parte os EUA. É ela que até agora tem manifestado com mais vigor a intenção de punir os infratores. O Conselho de Segurança emitiu uma resolução na qual condenava os atentados. A atenção dada a essa manifestação foi extremamente tímida. Na medida em que ainda não há culpados - apenas os usual suspects -, a resolução do Conselho não pode determinar sanções. As atenções devem voltar-se para o papel que o Conselho de Segurança vai desempenhar nos próximos dias. Ele é efetivamente internacional, ao contrário da Otan, composta por 19 Estados. Ainda que quatro membros permanentes do Conselho façam parte da Otan, é aquele órgão que deve chamar a si a função de centralizador da decisão sobre a segurança internacional e impedir a extensão prolongada da legítima defesa que autoriza a poucos Estados, unilateralmente, a decisão sobre quem deve ser culpado. A ação, amparada no artigo 51 da Carta da ONU, portanto, não impediria que, juridicamente, as duas partes que venham a compor essa controvérsia internacional (supondo que um ou mais Estados venham a ser responsabilizados) julguem-se autorizadas a agir em legítima defesa, uma contra a outra: eis a constatação que mostra a importância da centralização decisória no quadro do Conselho de Segurança. Colunistas Panorama Político/A. Burd NINGUÉM SE ILUDE A operação que o PMDB desencadeia hoje no interior do Estado, para impedir mais fugas, será perda de tempo. Os deputados que sairão do partido são os primeiros a saber que poderão arrastar poucos filiados consigo. Mesmo que tenham sido insistentemente cobrados por esses mesmos filiados sobre a difícil convivência com o megacontestado senador Jader Barbalho na presidência do partido. Entre continuar no PMDB levando pedradas e tendo de explicar, de palanque em palanque, o porquê da convivência com Jader & Cia, preferem desembarcar no meio do lago e começar a nadar para chegar à praia, isto é, garantir a reeleição em 2002. Foi uma decisão difícil, mas inevitável para quem rejeita o jogo duplo que empobrece a política. TUDO PRONTO Agenda está definida: amanhã, às 10h30min, na Assembléia Legislativa, o grupo dissidente anunciará saída do PMDB. Dia 3, Ciro Gomes estará em Porto Alegre para abonar fichas de ingresso no PPS. NÃO DESISTE A coordenação da corrente PT Amplo e Democrático decidiu, ontem à noite, que seu candidato Paulo Ferreira concorre ao 2O turno para presidência estadual do partido. Demais hipóteses foram rejeitadas. QUEM INDICA O PMDB e o governo não se entenderam sobre definição do ministro da Integração Nacional, que substituirá Ramez Tebet, novo presidente do Senado. José Fogaça pedirá briga se alguém do partido cogitar a hipótese de lançar seu nome. Foram tantas as indicações anteriores e as expectativas não concretizadas que cansou. Está claro que, para escolha, o senador Jader Barbalho será ouvido. O seu dedo não falha. PRÓ-LANÇAMENTO A coordenadoria do PMDB no Vale do Caí aprovou, ontem à noite, moção em favor da candidatura do senador Pedro Simon ao governo do Estado. Deverão surgir outras. BANCADAS Com PPS e PHS, a Câmara Municipal de Porto Alegre passará a ter cinco bancadas com um vereador cada. Ao todo, serão 12 bancadas para 33 vereadores. A tendência é de mudança no regimento interno: as assessorias de bancadas se organizariam por blocos para diminuir despesas crescentes com pessoal. ARREMETIDA No esforço final para trazer o reitor da Universidade de Caxias do Sul, Ruy Pauletti, ao ninho tucano, o vereador Francisco Spiandorello e o ex-prefeito Mansueto Serafini reuniram-se ontem com o presidente do PSDB, deputado Jorge Gobbi. CHANCE DERRADEIRA O governador Olívio Dutra vai se encontrar amanhã, em Brasília, com a bancada gaúcha para o uso do tradicional e legítimo direito de espernear, pedindo mais verbas para o Rio Grande do Sul no orçamento da União de 2002. A reunião será coordenada pelo deputado Airton Dipp, do PDT, que critica a gestão do PT, mas estará firme na trincheira em defesa dos interesses do Estado. EM 1961 Há 40 anos, neste mesmo dia, o prefeito de Porto Alegre, Loureiro da Silva, recebeu telegrama do primeiro-ministro Tancredo Neves, pedindo comparecimento de representante do município para assinar contrato de empréstimo de 1 bilhão de cruzeiros prometido por Jânio Quadros, antes da renúncia, para a construção da Hidráulica do Menino Deus. Viajou o vice-prefeito e secretário da Fazenda, Manoel Braga Gastal. APARTES Deputado José Sartori mapeado para novo líder da bancada do PMDB. Disposição dos deputados no plenário da Assembléia mudará. PMDB e PPS ficarão lado a lado? PMDB fará ato dia 7 de outubro em Porto Alegre, com participação do Interior, para demonstração de força. Deputado Elmar Schneider estava, ontem à noite, em meio ao brutal dilema do sai-não-sai do PMDB. Vereador José Fortunati conversou ontem com a direção do PHS e anunciará sua decisão até sexta-feira. Dois ministros agora competem para ver quem ganha mais elogios públicos do presidente FHC. Bah!!! Posse da nova executiva do PT, eleita há duas semanas, só se dará no encontro estadual, a 10 de novembro. Deu no jornal: 'Novo presidente diz que espantará crise do Senado'. Vamos conferir os superpoderes. Estou pensando em criar um vergonhódromo para os políticos sem vergonha' (Leonel Brizola em 1984). Editorial EM COMPASSO DE ESPERA A atividade econômica, ainda sob os efeitos do impacto causado pelos ataques terroristas aos Estados Unidos, continua, não apenas no Brasil, como no resto do mundo, em compasso de espera. Nenhuma decisão importante, exceto o corte de pessoal dos setores imediatamente contaminados pela crise, como o da aviação comercial, para citarmos apenas o exemplo maior, está sendo tomada no momento, preferindo os dirigentes, sejam dos setores governamentais, sejam os responsáveis pela iniciativa privada, aguardar o rumo que os acontecimentos tomarão nos próximos dias. Há, evidentemente, um estado de pré-beligerância, caracterizado pela forte ação diplomática internacional na busca, pelos países ocidentais, da concretização de uma coalizão de forças, como também pela concentração de meios militares, de parte dos Estados Unidos, em bases operacionais em países próximos do Afeganistão, dominado pela milícia Talibã, que dá abrigo a Osama bin Laden, apontado como mentor intelectual e financiador dos ataques suicidas às torres do World Trade Center, em Nova Iorque, e ao prédio do Pentágono, em Washington, com passivo de mais de 6 mil mortos. O nervosismo do mercado financeiro internacional perdura, desde então, como se observa pela oscilação das Bolsas de Valores na América, na Ásia e na Europa. Aqui no Brasil, a alta do dólar, motivada por forte demanda, tem exigido freqüentes intervenções do Banco Central, insuficientes para fazer recuar o valor da moeda norte-americana. Os reflexos negativos da crise já estão se fazendo sentir entre nós, embora ainda de forma branda. Há, contudo, grande preocupação com as exportações brasileiras de calçados e frangos para os Estados Unidos e para os países do Oriente Médio, que seriam fortemente afetadas em caso de conflito militar. Em resumo, é muito difícil, para os analistas econômicos, diante das incertezas que a nova situação mundial acarreta, avaliar os efeitos negativos da crise no Brasil. O que todos devem ter presente é a necessidade da importância de uma mobilização nacional para que a Nação possa se preparar para enfrentar, da melhor maneira possível, os efeitos de uma provável recessão mundial e suas trágicas conseqüências no campo social. Topo da página

09/25/2001


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