BERNARDO CABRAL VOLTA A DEFENDER PARLAMENTARISMO



O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) voltou a defender o parlamentarismo, em pronunciamento nesta quinta-feira (dia 22), logo depois de o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ter criticado o presidente Fernando Henrique pelo acordo com o PMDB para que os ministros da Fazenda, Pedro Malan, e do Orçamento, Pedro Parente não sejam convocados para depor na CPI do sistema financeiro."Diante desses fatos, mais uma vez me dou conta de que a constituinte de 1988 cometeu um equívoco ao não aprovar o parlamentarismo", disse Cabral. Segundo Cabral, se o Brasil tivesse adotado o regime parlamentarista, diante de uma situação de crise, "como essa que estamos atravessando", o chefe da nação estaria naturalmente obrigado a prestar informações ao Parlamento. "E eu não teria receio de dizer que Fernando Henrique seria um chefe de estado imbatível" - acrescentou o senador .Uma prova da eficiência do parlamentarismo - conforme o senador - foi a recuperação dos países que estavam "praticamente arrasados ao final da Segunda Guerra, e após terem adotado esse regime político, hoje se destacam como grandes nações desenvolvidas". No entanto, Bernardo Cabral assegurou que não apoiaria a iniciativa para a introdução do parlamentarismo no Brasil nos termos que setores ligados ao governo andaram divulgando. Para o senador, o mais apropriado para os que defendem o parlamentarismo, será conjugar esforços com vistas à aprovação do projeto do deputado Almino Afonso, o qual prevê plebiscito e referendo popular antes da adoção da medida.Em aparte, o senador Suplicy afirmou que em 88 teria votado contra a emenda do parlamentarismo, mas hoje - disse ele -- acrescentou o senador - "admito que vejo qualidades nesse regime".

22/04/1999

Agência Senado


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