Biolchi vai lutar pelo mandato de Marchezan Jr




Biolchi vai lutar pelo mandato de Marchezan Jr.
O deputado federal Osvaldo Biolchi (PMDB) afirmou ontem que a vaga de Nelson Marchezan Júnior (PSDB) lhe pertence e que vai lutar por ela. Segundo o parlamentar, o candidato do PSDB, embora eleito com 61.068 votos, teve sua candidatura impugnada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) gaúcho antes da eleição.

Biolchi disse que está amparado pela Lei Eleitoral 9.504, artigo 175, parágrafo 3 que “considera nulos os votos dados a um candidato que tenha seu registro impugnado”. No seu entender, a situação está praticamente definida e cabe ao TRE recalcular os quocientes eleitorais e conclamá-lo eleito. “Caso as ações judiciais do Marchezan não forem julgadas até a data da diplomação, 19 de dezembro, meus advogados vão entrar com uma ação para garantir os meus direitos a essa vaga”, prometeu.

Marchezan Júnior viajou ontem a Brasília para acertar com os seus advogados o encaminhamento de um Agravo de Instrumento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que sua ação vão ao STF (Supremo Tribunal Federal). “O mandato é meu e foi comprovado nas urnas”, avisou.


Campanha esquenta no RS: Lula e Serra vêm na sexta-feira
Sexta-feira a campanha para a Presidência da República esquenta no Estado. Os dois candidatos ao cargo, o petista Luiz Inácio Lula da Silva e José Serra, do PSDB, desembarcam no Rio Grande do Sul para fazer campanha na capital e no interior.

Os candidatos pela Frente Popular, à Presidência da República e ao governo do Estado, Tarso Genro, realizam, na sexta-feira, dois comícios – em Santa Maria e Porto Alegre-, com as presenças do candidato à vice-presidência, senador José Alencar, do candidato a vice-governador, Miguel Rosseto, do governador Olívio Dutra e do senador eleito Paulo Paim.

Tarso recepciona Lula e Alencar, em Santa Maria, às 15h, no aeroporto da cidade. Eles seguem em carreata até a antiga Viação Férrea, onde será realizada a manifestação. Parte do público esperado virá, em caravanas, de municípios das regiões adjacentes.


Pesquisa Ibope para presidente: Lula com 60% contra 31% de Serra
A primeira pesquisa Ibope sobre a sucessão presidencial feita depois de 6 de outubro aponta 60% das intenções de voto para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 31% para José Serra (PSDB). Os indecisos somam 5%, enquanto 4% pretendem votar branco ou nulo no segundo turno.

O Ibope ouviu 3 mil eleitores entre os dias 12 e 14. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. Outras pesquisas já divulgadas trazem números próximos: o Datafolha aponta 58% a 32% para Lula, divulgada na véspera da votação, a simulação de confronto final entre os dois candidatos indicava, pelo critério de total de votos, 55% para Lula e 35% para Serra.


Observadores políticos ainda perplexos com a inexpressiva votação de Brizola no Rio
Quem conhece a história do engenheiro político Leonel de Moura Brizola provavelmente já deve ter ouvido dele a frase que se tornou mítica no auge de sua carreira: "Basta-me um microfone para derrotar os adversários".

Aos 80 anos, o ex-govemador do Rio de janeiro e do Rio Grande do Sul ainda é dono de um discurso afiado, mas insuficiente para seduzir o eleitorado. Brizola foi um dos maiores derrotados nas umas, na tentativa de chegar ao Senado e na de eleger os candidatos da Frente Trabalhista à Presidência, Ciro Gomes (PPS), e ao governo do Rio, Jorge Roberto Silveira (PDT). Será o fim do brizolismo? "O brizolismo só acaba quando Brizola morrer. Enquanto ele estiver vivo será peça do jogo. Mas talvez nunca volte a ter o mesmo brilho", diz o cientista político Antônio Carlos Alckimim, autor de uma tese sobre o assunto.

A maioria dos consultores diz estar perplexa com o fraco desempenho do político: o pedetista terminou na sexta colocação entre os candidatos ao Senado do Rio, atrás de nomes com pouca expressão na política nacional, como Marcelo Crivella (PL) e Edson Santos (PT). Para alguns, a única explicação é a falta de vigor físico do líder pedetista, que não respondeu aos pedidos de entrevista. "Ele não foi para a rua, não é mais jovem. Mas ainda é o maior líder trabalhista vivo", diz o deputado federal Roberto Jefferson, líder do PTB.

Sérgio Arouca, presidente regional do PPS, diz que está surpreso com a derrota de Brizola, mas considera normal o enfraquecimento de sua liderança: “O brizolismo tende a se enfraquecer assim como todos os movimentos personalistas.


O novo presidente, tanto faz se for Lula ou Serra, precisará negociar muito no Congresso para poder governar
S eja quem for o presidente eleito no segundo turno, uma coisa é certa: para conseguir governar, ele precisará negociar o apoio do Congresso, que é formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, os responsáveis por criar e aprovar as leis.

Nestas eleições, houve uma mudança grande na composição das forças das duas Casas, sendo que os partidos de oposição do governo Fernando Henrique Cardoso (PT, PL, PC do B, PSB, PPS, PDT e PMN) tiveram um crescimento expressivo.

Dentre eles, o PT de Luiz Inácio Lula da Silva foi quem saiu mais fortalecido. O partido, que hoje tem apenas a quarta maior bancada da Câmara Federal terá, a partir de 2003, o maior número de deputados federais, pois conseguiu eleger 91 representantes em todo o país.

Em contraponto, o PSDB de José Serra, que hoje é a segunda maior força na Câmara, passará para o quarto lugar. Os tucanos serão 71 na Câmara dos Deputados, ficando atrás do PT, do PFL e do PMDB.


Gasolina subirá de 15 em 15 dias após a eleição
O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, disse que a Petrobras deverá retomar, de forma gradual, a sistemática de reajuste dos preços dos combustíveis a cada 15 dias, após as eleições, com a expectativa de estabilidade do câmbio.

Ele, no entanto, descartou que exista uma relação direta entre os preços dos combustíveis e as eleições. "Quando dois eventos têm uma certa correlação não quer dizer que tenham uma relação de causa e efeito. Os dois estão dependendo da eleição, o que não quer dizer que seja uma medida eleitoreira", disse. O ministro explicou que a Petrobras adotou uma política conservadora e prudente ao fixar os preços dos combustíveis.

Consumidores - Antes de junho, a Petrobras avaliava os preços quinzenalmente, de acordo com a alta do dólar e do barril de petróleo. Em caso de desníveis maiores que 5%, entre o valor do combustível no exterior, a gasolina aqui era reajustada. Com o início da campanha à presidência e a subida do dólar, a empresa deixou de reajustar. A alegação do governo, nos últimos três meses, é que a Petrobras não pode repassar para os consumidores a alta da moeda americana, já que apenas 30% da produção é importada.

A empresa reconheceu que existe dificuldade em converter os preços internacionais do petróleo em dólar para preços em reais, no momento em que o país sofre um ataque especulativo.

A Petrobras, de acordo com Gomide, vai fazer um plano de retorno a políticas mais transparentes de preços, de forma gradual e prudente. “A política mais transparente que a Petrobras tinha anunciado era pegar os preços internacionais e converter, não com intervalos menores do que cinco dias, que ela abandonou em nome do conservadorismo.

Certamente, a retomada dessa política, que é autorizada por lei, será lógica, dentro de um mecanismo transitório, até porque nós esperamos uma queda nos preços do petróleo”, afirmou.


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10/16/2002


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