Botelho ressalta as dificuldades do exercício da medicina no Brasil
Ao discursar na homenagem que o Senado prestou ao Dia do Médico, o senador Augusto Botelho (PDT-RR) ressaltou, nesta sexta-feira (17), a necessidade de valorização dos profissionais de medicina com uma remuneração adequada, para impedir que, pressionados pela necessidade de manter uma vida minimamente confortável, eles sejam obrigados a ter três ou mais empregos paralelos.
Para o senador, é imprescindível buscar o equilíbrio entre competência técnica e humanismo, a fim de que os médicos sejam não apenas profissionais capacitados mas, particularmente, cidadãos conscientes da realidade social do país e das necessidades da população brasileira.
Botelho falou, ainda, sobre a necessidade de se estimular uma distribuição mais homogênea dos médicos entre as regiões, estados e municípios para que, em alguns lugares, não haja oferta excessiva de profissionais enquanto em outros ocorra insuficiência de atendimento. O senador ressaltou que o número de médicos no Brasil seria suficiente para atender às necessidades do país se os profissionais fossem mais homogeneamente distribuídos no território nacional. Ao todo, são 250 mil médicos em atividade e, a cada ano, formam-se 12 mil profissionais, afirmou o representante de Roraima.
Ao fazer um retrospecto da criação dos cursos de Medicina no Brasil desde 1808, quando foi fundada a Escola de Cirurgia da Bahia, Botelho destacou a necessidade de se zelar pela qualidade dos cursos e pelo gabarito dos médicos neles formados. Até 1960, registrou, havia apenas, 23 escolas no país. Hoje, há 120 faculdades de Medicina, informou.Em aparte, o senador Sibá Machado (PT-AC) apresentou um agradecimento "aos profissionais que nos ajudam a viver".
17/10/2003
Agência Senado
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