Brasil defende aprovação do segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto
O Ministério das Relações Exteriores declarou, nesta quarta-feira (23), que o segundo período de compromisso para cumprimento do Protocolo de Quioto precisa ser definido na 17ª Conferência das Partes na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-17). O encontro será realizado em novembro, em Durban, na África do Sul.
O diretor do departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador André Corrêa do Lago, disse que o primeiro período de compromisso, estabelecido pelos países, foi de 2008 a 2012. “A questão do tempo é chave e, por isso, o segundo período de compromisso tem um valor específico”, explicou.
O embaixador explicou ainda a existência de uma espécie de negociação paralela em relação ao cumprimento do Protocolo de Quioto – sobretudo entre países ricos, que têm as metas como obrigatórias. “A grande dificuldade dos países desenvolvidos é que eles consideram que o mundo mudou de 1997 para cá e que a relevância dos países em desenvolvimento aumentou. Eles querem diminuir ao máximo essa diferença de obrigação.”
Segundo Corrêa do Lago, uma das estratégias sondadas por governos como Estados Unidos, Japão e Rússia é derrubar o Protocolo de Quioto e conseguir um novo acordo, que inclua também a participação de países como o Brasil. Caso o documento seja anulado, ele alertou para a possibilidade de que nunca mais se consiga um novo acordo – apenas avanços em compromissos voluntários.
“Todos dizem que querem um resultado equilibrado em Durban. O que o Brasil considera equilibrado seria a aprovação do segundo período de compromisso que deve se estender até 2020, mesmo com um número menor de países”, disse.
Fonte:
Agência Brasil
23/11/2011 17:24
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