Brasil deve assumir liderança na discussão ambiental, diz Acir Gurgacz
Em pronunciamento nesta segunda-feira (18), o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) disse que falta ao Brasil assumir a responsabilidade em relação à discussão sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável no planeta. Para ele, o fato de o Brasil sediar mais uma vez uma conferência internacional sobre o tema já coloca o país na condição de protagonista, mas é preciso assumir o papel de liderança na governança global, que é a forma como os países estão se organizando para colocar em prática um novo modelo de desenvolvimento.
- Estamos no caminho certo e devemos aproveitar a oportunidade para conduzir a política ambiental, com base na nossa capacidade extraordinária científica e tecnológica, com luz própria e, sobretudo, soberania nacional – afirmou.
O senador disse que o zoneamento ecológico e a regularização fundiária vão contribuir, entre outros fatores, para a redução futura do desmatamento. Ele disse que o Brasil será o maior produtor de alimentos do planeta, e que o país atingirá essa marca produzindo de forma sustentável, integrando lavoura, pecuária e floreta.
- Devemos ser referência mundial na gestão ambiental, mas não adianta preservar o Brasil e suas florestas se o resto do mundo não assumir o mesmo compromisso – disse.
Acir Gurgacz afirmou que o Brasil não pode abrir mão da soberania sobre seu território, dizendo-se contrário à proposta de internacionalização da Amazônia, defendida por alguns especialistas. Segundo ele, as pressões estrangeiras têm sido constantes desde o final da década de 1980. Especialmente após a Eco 92, também realizada no Rio de Janeiro. Acir Gurgacz disse que é preciso “cuidar do planeta”, mas sobretudo “em condições soberanas”, adaptando os projetos de desenvolvimento ao princípio da sustentabilidade e, principalmente, de inclusão social.
No próximo dia 20, às 10h, o tema será debatido na Rio+20 em audiência pública conjunta da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), presidida pelo senador, a ser realizada no espaço da CNA.
18/06/2012
Agência Senado
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