Brasil e EUA dialogam sobre infraestrutura



O Ministério da Fazenda e o Tesouro americano realizaram, na terça-feira (12), o seminário Oportunidades e Desafios de Investimentos de Infraestrutura no Brasil.

O objetivo do encontro, que aconteceu em São Paulo, foi promover o diálogo entre os governos e empresas nacionais e internacionais para divulgar o programa de concessões de infraestrutura no Brasil e os novos instrumentos financeiros de longo prazo para esse tipo de investimento.

"O Brasil ultrapassou aquela agenda de curto prazo de estabilização macroeconômica. Com a estabilização da economia por um período prolongado, já há condições hoje para que o governo tenha uma agenda de desenvolvimento no mercado financeiro de médio e longo prazo", afirmou o secretário de Assuntos Internacionais da Fazenda, Carlos Cozendey.

Durante sua apresentação, o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério, Pablo Fonseca, falou sobre o mercado de debêntures de infraestrutura e assinalou que levantamento da demanda do país nos próximos quatro anos feito pelo BNDES estima a necessidade de investimentos da ordem de R$ 133 bilhões por ano, de 2014 a 2017.

“Isso mostra que temos necessidade de participação privada de investimentos. Hoje, nenhum país faz mais do que o Brasil em desenvolvimento, temos crescente participação de Estados e municípios, que prova nova evolução. Temos grande potencial”, garantiu Fonseca.

O subsecretário da dívida pública, Paulo Valle, apresentou a evolução do mercado de títulos do Tesouro Nacional nos últimos dez anos e mostrou como o mercado brasileiro se estabeleceu com graus de liquidez, rentabilidade, participação diversificada de investidores.

"Apesar da crise e da volatilidade, o Brasil tem se saído bem. Sempre buscamos trabalhar em conjunto com o mercado e temos, hoje, um dos mercados mais importantes entre os países em desenvolvimento", comentou Valle.

Aproveitando a fala do subsecretário da dívida, Carlos Cozendey ressaltou que, depois do sucesso alcançado com o mercado de títulos públicos, o governo tem na agenda o desenvolvimento do mercado privado. "Procuramos criar um mercado com maior profundidade, maior liquidez, e com regularidade de emissões". 

Leonardo Martinez-Diaz, subsecretário adjunto do Tesouro americano, agradeceu a iniciativa do ministério e ressaltou que, realmente, o setor público não consegue financiar todos os investimentos ligados à infraestrutura no Brasil, é necessário haver capital privado também.

"O evento mostrou como investidores podem participar do mercado de infraestrutura aqui e queremos apoiar, ajudar a melhorar e fazer parte disso. O Brasil está bem, está crescendo", afirmou Martinez-Diaz.

Segundo o secretário Cozendey, outros diálogos como este deverão acontecer em breve e serão de extrema relevância para o desenvolvimento dos programas privados de financiamento para áreas como portos, rodovias e ferrovias.

"Essas áreas estão menos consolidadas, têm desafios novos, e a conversa com o mercado financeiro é muito importante para testarmos o que funciona e o que não funciona na implementação", disse Cozendey.

Fonte:
Ministério da Fazenda 



13/11/2013 18:38


Artigos Relacionados


Brasil e Irã dialogam sobre libertação de presos, em Nova York

Campanha fala sobre obras de infraestrutura de turismo no Brasil

Infraestrutura vai discutir mineração no Brasil

Brasil vai dar salto de infraestrutura, afirma Dilma

Infraestrutura de transportes no Brasil será debatida na CI

Pimentel quer investimentos japoneses em infraestrutura no Brasil