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Na opinião do senador, as medidas já tomadas pelo governo federal foram "bem dirigidas e até corajosas", como a redução do recolhimento compulsório dos bancos; os leilões de dólares promovidos pelo Banco Central (BC); e a participação ativa das instituições financeiras oficiais.

- Inclusive, foi editada a Medida Provisória nº 443/08, que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a adquirirem participação em instituições financeiras sediadas no Brasil, até mesmo com a possibilidade de participação em construtoras. É algo totalmente inovador - avaliou.

Entretanto, disse César Borges, essas ações no Brasil e no mundo ainda não foram suficientes para resolver os problemas de escassez de crédito e de liquidez. O que ajuda, na opinião do senador, é que o Brasil possui sólidos fundamentos macroeconômicos, "trunfos para enfrentar a crise": reservas internacionais elevadas e sistema financeiro com uma carteira de crédito da ordem de R$ 1,1 trilhão.

- Além disso, contamos com a credibilidade de um histórico de quase uma década de cumprimento de metas de superávit primário e da adoção do regime de metas de inflação, muitas vezes criticado, mas importante para dar credibilidade ao país - completou.

Mesmo assim, acrescentou César Borges, é necessário que o governo federal seja prudente com os gastos públicos e não aumente a taxa de juros. Para ele, é o momento de o governo implantar um "programa seletivo de contenção de gastos", preservando, porém, os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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