Brasil pode contribuir para a paz entre palestinos e israelenses, diz Osvaldo Sobrinho
O Brasil reúne condições para liderar negociações capazes de por fim ao conflito entre Israel e o povo palestino no Oriente Médio, desde que o Estado Palestino seja plenamente reconhecido, economicamente viável e não haja restrições ao seu funcionamento. A afirmação foi feita pelo senador Osvaldo Sobrinho (PTB-MT) nesta quarta-feira (21).
O parlamentar lembrou sugestão do ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, que, em encontro com o presidente Luis Inácio Lula da Silva há três meses, teria afirmado que "o Brasil poderá ser mediador nas negociações de paz no Oriente Médio, por ser muito forte, ter laços com o mundo árabe e boas relações com Israel". Na avaliação do ministro, se assumisse a posição de negociador, o Brasil poderia contribuir para o entendimento entre os dois lados.
Na avaliação do senador, o recuo nos entendimentos deve-se a resolução do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre crimes de guerra, cujo relatório recomenda seu encaminhamento ao Tribunal Internacional de Haia. O senador informou que o relatório teve por base conflito ocorrido em dezembro de 2008, no qual foram mortos em apenas 22 dias, 1.400 civis palestinos, numa demonstração de "força desproporcional" israelense.
Osvaldo Sobrinho insistiu na necessidade da liberação da Faixa de Gaza e criticou a comunidade internacional por assistir "inerte" à ocupação israelense.
Para o senador, o Brasil tem dado demonstrações práticas de solidariedade ao povo palestino.
- Em 2007, acolhemos mais de cem refugiados vindos do campo Ruweished, na Jordânia. No ano passado, nasceram cinco crianças que agora, além de palestinas, são brasileiras - disse.
Osvaldo Sobrinho relatou ainda que na Conferência de Doadores de Paris, em 2007, o Brasil contribuiu com US$ 10 milhões para o "Estado Palestino".
21/10/2009
Agência Senado
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