Brasileiro nunca deu tanto calote



Brasileiro nunca deu tanto calote
O calote já lançou 16 milhões de brasileiros na lista do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). É um recorde. Representa nada menos que 20% da População Economicamente Ativa. Ou seja, dois em cada dez integrantes da força de trabalho nacional suspenderam o pagamento de dívidas.

O índice de inadimplência assustou os lojistas. Provocou a criação de um outro tipo de mecanismo de defesa - chamado de cadastro positivo de crédito. Trata-se de um novo e detalhado banco de dados sobre bons e maus pagadores.

Os registros abrangem hábitos de compra, dívidas recentes e até débitos a vencer, mesmo que estejam rigorosamente em dia. Sobre essa radiografia da vida do consumidor, os lojistas decidem o financiamento.

No Rio, a operadora de telefonia celular ATL foi além. Criou uma linha direta para acesso à relação nacional de donos de cheques sem fundo. Basta teclar o sugestivo número 171, o mesmo do artigo do Código Penal que caracteriza crimes de estelionato.

Os órgãos de defesa do consumidor protestam contra o que consideram desrespeito a invasão de privacidade. (pág. 1, 16 e 17)


  • Os quatro jovens acusados de matar o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, em 1997, foram condenados na madrugada de ontem a 14 anos de reclusão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado.

    Os réus Max Rogério Alves, Tomas Oliveira de Almeida, Eron Chaves de Oliveira e Antônio Novely Cardoso ouviram a sentença em pé, de mãos dadas, em frente à juíza Sandra de Santis, depois de quatro dias de julgamento.

    Cinco dos sete jurados convenceram-se de que os acusados assumiram o risco de matar quando jogaram álcool e fogo no índio. A defesa tentou alegar de que tudo não passara de uma brincadeira.

    Para definir a sentença, a juíza levou em conta que os jovens tiveram tempo de desistir, não prestaram socorro à vítima e deixaram órfã a filha de Galdino.

    Em 2004, os réus terão direito a liberdade condicional. Os advogados de defesa vão recorrer da decisão. (pág. 1 e 2)


  • O PT é visto pelo eleitor brasileiro como um partido essencialmente honesto, moderado e sincero, revela pesquisa do Instituto Vox Populi realizada entre os dias 2 e 4 de novembro. Aparentemente, as acusações de envolvimento do governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, com o jogo do bicho não afetaram a imagem do partido.

    "No quesito honestidade, o PT tem um índice quase 40% superior ao dos demais partidos", afirma o diretor do Vox Populi, Marcos Coimbra.

    Outra constatação importante é que o PT está perdendo a fama de partido radical de outros tempos. "A imagem juvenil do PT está diminuindo", conclui Coimbra. Do total de entrevistados, 41% consideram o partido politicamente moderado e 51% acham que deve fazer alianças partidárias para levar Lula à Presidência da República em 2002. (pág. 1 e 4)


  • O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, acha que o vestibular de 2001 vai sair apesar da greve de quase três meses nas universidades federais. "O ingresso em 2002 está garantido", afirmou ao "JB". Ele se recusa a considerar perdida metade do ano letivo.

    "O segundo semestre de 2001 existirá, mesmo que comece em 2002". Com igual convicção, sonha tornar-se candidato à Presidência da República pelo PSDB, ainda que seu nome mal apareça nas pesquisas. (pág. 1 e 10)


  • A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), encarregada de administrar os portos fluminenses, está atolada em dívidas trabalhistas. A comissão de sindicância, criada pelo Governo federal para investigar as dificuldades da estatal, encontrou irregularidades também na concessão de portos e armazéns cariocas.

    Há desencontros sobre o tamanho do rombo na folha de pagamentos, com os valores variando de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões. A CDRJ mantém salário integral aos aposentados.

    A complementação entre o benefício da Previdência e o salário total deveria sair dos cofres da companhia, mas não há dinheiro. A empresa perde praticamente todas as ações trabalhistas na Justiça. (pág. 1 e 3)



    EDITORIAL

    "Voz Que Não Cala" - Agora que o Congresso já decidiu encaminhar a questão do capital estrangeiro e da equalização das empresas jornalísticas às demais empresas do País, está na hora de abordar também outro dinossauro da comunicação que desafia os tempos modernos: a obrigatoriedade da retransmissão da Voz do Brasil.

    Em matéria de rádio, o Brasil pára para não ouvir aquele programa menocórdio que ecoa uniforme de Norte a Sul há 66 anos, estabelecendo portanto o recorde brasileiro de permanência no ar.

    Sobreviveu a cinco Constituições, oito moedas e ao advento e à popularização da televisão e, mais recentemente, do computador.

    Mas persiste apenas pela obrigatoriedade, não pelo desejo dos ouvintes que, sobretudo nas grandes cidades, limitam-se a desligar o aparelho quando começa a enxurrada de notícias oficiais. (...) (pág. 12)



    COLUNAS

    (Coisas da Política - Dora Kramer) - José Serra resiste - é bem verdade, com menos veemência nos últimos dias -, mas agora, até aliados dele que concordavam com a tese de que quanto mais tempo no Ministério da Saúde melhor, mudaram de posição e já estão aflitos com a demora.

    Isso vem em virtude da precipitação dos acontecimentos: crescimento de Roseana nas pesquisas, ofensiva eleitoral de Tasso Jereissati e a consolidação da sucessão como pauta única da política. (...) (pág. 2)


    (Informe JB - Ricardo Boechat) - Prometem ser agitadas as eleições do ano que vem no Maranhão.

    O PSB lançará como seu candidato ao governo do estado o ex-deputado Ricardo Murad.

    Ele é cunhado da governadora Roseana Sarney.

    A quem promete atacar sem piedade durante toda a campanha. (pág. 3)


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    11/11/2001


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