Brizola foi uma figura singular e carismática, diz Agripino



O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), afirmou que o governador Leonel Brizola foi uma figura singular, um filho ilustre do Brasil e, como tal, será homenageado por todos, mesmo por aqueles que defendiam idéias diferentes das suas.

Brizola era também uma figura controvertida, contrapôs o senador, pois tratava seus adversários de forma cáustica, denominando-os, por exemplo, de -filhote da ditadura-. Ou -sapo barbudo-, como chamou Luiz Inácio Lula da Silva em um momento em que tinha o líder petista como adversário. Mas foi sobretudo um líder carismático, resumiu Agripino, sabendo ser simpático e acessível a todos.

Segundo o senador, Brizola tinha arrojo e determinação, conforme provou ao criar a Cadeia da Legalidade, no porão do Palácio Piratini, para defender a posse de João Goulart como presidente da República. Como governador do Rio de Janeiro, ficou conhecido por suas grandes obras, como a construção da Linha Vermelha, dos Cieps (Centros Integrados de Educação) e do Sambódromo.

Agripino lembrou sua convivência próxima com Brizola, em 1988, quando PFL e PDT se aliaram em torno das campanhas das prefeitas de Natal e Mossoró, Wilma de Faria e Rosalba Ciarlini.

- Nem eu nem ele abrimos mão de nossas convicções diferentes ou de nossos programas políticos diversos, mas a convivência foi proveitosa, pois as prefeitas foram eleitas, e até agradável - afirmou.

Para Agripino, um dos traços mais marcantes de Brizola foi sua coerência ideológica, tendo passado sua longa vida política defendendo com obstinação as mesmas idéias e convicções.

- Como líder que foi, despertou amor e desamor, mas não haverá ninguém no Brasil que atire uma pedra contra sua honradez - concluiu o líder do PFL.



22/06/2004

Agência Senado


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