SARNEY ENALTECE A FIGURA DO BARÃO DO RIO BRANCO



Ao discursar na sessão de homenagem ao centenário do laudo arbitral da Confederação Suíça, que deu ao Brasil posse sobre 200 mil quilômetros quadrados que inclui o atual estado do Amapá, o senador José Sarney (PMDB-AP) louvou a figura do barão do Rio Branco que, como chanceler, defendeu os interesses brasileiros na disputa com a França pela posse da região.

Segundo Sarney, a gestão do barão do Rio Branco à frente do Ministério das Relações Exteriores se caracterizou por seu trabalho de consolidação das fronteiras brasileiras, através de soluções negociadas com todos os seus vizinhos. "No caso da França, que reivindicava a região da margem esquerda do Amazonas para fazer parte da Guiana Francesa, foi necessário a mediação da Suíça e o barão se superou, ao apresentar as razões históricas que embasaram o pleito brasileiro", disse.

Como senador pelo Amapá, Sarney fez um minucioso relato histórico das aventuras de colonizadores, corsários e piratas - de nacionalidade francesa, holandesa, inglesa, espanhola e portuguesa - que se desenrolaram na região do atual estado do Amapá, desde que o navegador espanhol Vicente Pinzón, percorreu o atual rio Oiapoque que ele denominou pelo seu próprio nome. "Isso aconteceu mesmo antes que Pedro Alvarez Cabral tivesse descoberto oficialmente o Brasil, em 22 de abril de 1500", disse.

Sarney enfatizou a importância da região fazer parte do Brasil de hoje, consolidando a posse da maior parte do rio Amazonas e seus afluentes, o que dá, ao país, 12% das reservas de água doce do planeta. Ele louvou a grande figura de estadista do barão do Rio Branco que teve visão e traçou a estratégia diplomática do país, mantendo boas relações com todos os vizinhos.

Sarney lembrou que o barão do Rio Branco sempre dizia que os problemas de fronteira, cedo ou tarde terminavam em guerras. Para corroborar essa sua visão de estadista, é só lembrar que o Brasil não teve qualquer disputa territorial com seus vizinhos durante todo o século 20, depois dos tempos do barão, concluiu.

12/12/2000

Agência Senado


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