Bruno e mais sete são indiciados. Cortadores de cabeça são condenados



Os familiares de vítimas de crimes hediondos obtiveram duas vitórias significativas nesta semana: Na quinta-feira (29), a Polícia Civil de Minas Gerais anunciou a conclusão do inquérito para investigar o desaparecimento e a morte presumível da modelo Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, do Flamengo.

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Na madrugada do dia seguinte, o júri popular reunido no Fórum de Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, condenou um grupo de policiais do 37º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo que fariam parte do grupo de extermínio conhecido como 'Highlanders', pois decapitava suas vítimas.

O goleiro; sua mulher, Dayane Souza; a amante Fernanda Gomes; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza; Elenilson Vitor da Silva; e Sérgio Rosa Sales, o primo do atleta, foram indiciados por homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. O menor J., de 17 anos, também teria participado do crime.

Segundo matéria publicada pela Agência Estado, O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver. "De acordo com o inquérito policial, Elisa foi morta na noite do dia 10 de junho por Bola, contratado por Macarrão a pedido do goleiro. Ela morreu asfixiada na casa de Bola, em Vespasiano, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O corpo foi destruído.", informou a agência.

Conforme o inquérito, depois de esquartejado, parte do cadáver foi consumido por cães e os restos, ocultados. Elisa havia sido seqüestrada no dia 4 de junho no Rio e permaneceu em cárcere privado na casa de Bruno. Todas essas informações foram divulgadas pela Agência Estado.

'Highlanders' 

Os ex-policiais militares Anderson dos Santos Salles, Joaquim Aleixo Neto, Moisés Alves dos Santos e Rodolfo da Silva Vieira foram condenados a 18 anos e oito meses de prisão pela morte de Antônio Carlos Silva Alves, portador de deficiência mental, em outubro de 2008, conforme a Agência Estado e o Jornal da Tarde. Ele foi encontrado com a cabeça decepada, sem as mãos e com um corte na barriga em forma de cruz.

Alves foi visto pela última vez em 9 de outubro de 2008, numa viatura do 37º Batalhão, pela irmã Vânia Lúcia da Silva de Santana Alves. "Enterrado como indigente, a família só conseguiu reconhecê-lo durante as investigações graças a uma tatuagem de teia de aranha no braço esquerdo", informa a matéria. A polícia explica que a cabeça e as mãos das vítimas eram cortadas para dificultar a identificação.

Depois de ouvir a sentença a mãe da vítima, Maria da Conceição da Silva Alves, desabafou: "Ainda dá para confiar na Justiça". Mas ela criticou a Corregedoria da Polícia Militar. "Se dependesse deles, a condenação não teria acontecido. Tive sorte de encontrar pelo meu caminho uma boa equipe da Polícia Civil", disse.

O apelido do grupo de extermínio, "Highlanders", é uma referência ao filme estrelado por Christopher Lambert e Sean Connery na década de 80. Naquele enredo, os guerreiros cortavam a cabeça de seus inimigos.

Nelson Oliveira / Agência Senado

30/07/2010

Agência Senado


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