Cabral cobra ação governamental contra a seca do Nordeste



O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) reclamou, em discurso nesta sexta-feira (dia 14), ações governamentais contra a seca do Nordeste. Cabral cobrou políticas públicas para a região, associadas a um sólido programa de desenvolvimento regional integrado. A seca do Nordeste, advertiu, pode prolongar-se até 2005 ou 2007, de acordo com previsões de especialistas, e apenas medidas emergenciais estão sendo tomadas. "Parece coisa do realismo fantástico", disse.

Cabral acredita que a transposição das águas do rio São Francisco traria uma nova perspectiva de vida à população, mas observou que a medida não é mais cogitada. Depois de 150 anos de estudos sobre o assunto, o projeto está engavetado por falta de decisão política, afirmou. Para o senador, a seca na região não é um flagelo incompreensível: pode ser explicado racionalmente por diversos fatores, como o latifúndio improdutivo, o monopólio da água, o tipo do solo e a falta de educação formal do sertanejo, entre outros.

O senador leu trechos de uma carta enviada a ele por Raimundo Diniz de Mesquita. São sete páginas manuscritas por um cidadão indignado com a situação da seca frente às sucessivas e fracassadas tentativas governamentais de solucionar o problema. Mesquita citou soluções para problemas semelhantes encontradas por outros povos, desde a construção de aquedutos feita pelos romanos até a dessalinização do mar do Caribe, em Aruba.

14/09/2001

Agência Senado


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