CABRAL CRITICA CORTES DE INCENTIVOS À ZONA FRANCA



O Bernardo Cabral (PFL-AM) afirmou hoje (dia 21) que as autoridades da área econômica deveriam ter tido pelos menos a "cautela" de chamar os governadores da Amazônia para discutir o ajuste fiscal do governo, uma vez que já começou a fuga de investimentos por conta das medidas que cortaram pela metade os incentivos à Zona Franca de Manaus.

Segundo Cabral, o corte dos incentivos fiscais vai provocar uma queda brutal nos investimentos em seu estado, além de enfraquecer e desestimular a produção industrial na região.

O senador disse que a Samsung optou por reduzir os investimentos que estavam previstos para a região, enquanto a CCE espera uma definição mais detalhada das medidas anunciadas pelo governo para decidir a transferência de um projeto implantado em Manaus paraoutra área.

Em aparte, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) solidarizou-se com Cabral e disse que por trás das medidas adotadas existe o dedo invisível do estado de São Paulo", assinalando os paulistas que estão no governo "lutam desesperadamente há anos para acabar com a Zona Franca e com o sistema portuário do Espírito Santo".

O senador José Ignácio Ferreira (PSDB-ES) também apoiou o discurso de Bernardo Cabral, salientando que o estado de São Paulo pensa que os demais estados são "vagões" de sua locomotiva. O senador Elcio Alvares (PFL-ES) apoiou Cabral e fez veemente defesa dos portos do Espírito Santo. O senador Levy Dias (PPB-MS)também apoiou o discurso de Cabral.



21/11/1997

Agência Senado


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