CABRAL DEFENDE APOIO A BARQUEIROS DA AMAZÔNIA



O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) defendeu nesta quarta-feira (dia 19) maior apoio do governo aos barqueiros da Amazônia, para diminuir os naufrágios e tragédias comuns no transporte fluvial da região. O senador sugere a criação de linhas de financiamento ajustadas à realidade do setor. "Tendo acesso a crédito a custos razoáveis, os barqueiros da Amazônia poderão comprar barcos metálicos, o que vai prevenir acidentes e reduzir a gravidade de outros", explicou o senador.
Cabral recebeu correspondência do jornalista amazonense Orlando Farias, que descreve a difícil situação dos barqueiros da região e o aumento no volume de anúncios de venda de barcos, devido ao número exagerado de acidentes no ano passado. Segundo o senador, a causa dos acidentes pode estar na estrutura frágil dos próprios barcos, construídos em madeira e cheios de falhas de engenharia náutica, pois são feitos em estaleiros artesanais e não dispõem de tecnologia atualizada.
Além disso, o senador revelou que as companhias seguradoras não aceitam contratos de seguros para as embarcações fluviais da Amazônia. "Assim, quando acontece um naufrágio, o impacto humano e social não se limita aos passageiros e tripulantes que morrem no desastre; a situação é também dramática para o proprietário da embarcação, que perde seu único patrimônio", disse . Cabral acrescentou que, além da perda do patrimônio, o barqueiro ainda cai em desgraça definitiva perante a comunidade, porque é apontado como responsável pelo acidente.
O senador José Fogaça (PMDB-RS) disse que estava surpreso com a recusa do seguro pelas companhias do setor, e concordou com a necessidade de apoio financeiro para quem trabalha no transporte fluvial da Região Norte. O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) defendeu o estímulo a todas as formas de navegação fluvial no Brasil. Para ele, o país não pode abdicar desta forma barata e prática de transporte. "Estamos muito atrasados na área de hidrovias", sentenciou.
Bernardo Cabral defendeu ainda a modernização dos estaleiros artesanais, já que são fonte de empregos que precisam ser mantidos na região amazônica. O senador requereu também que a Mesa Diretora encaminhe cópia do seu pronunciamento ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e pediu uma manifestação oficial da instituição.

19/04/2000

Agência Senado


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