CABRAL DESTACA HISTÓRIA DA OEA



A trajetória da Organização dos Estados Americanos (OEA), que completa 50 anos, foi saudada pelo senador Bernardo Cabral (PFL-AM) como exemplo de defesa dos ideais democráticos no século 20. O senador traçou um histórico da OEA, desde sua criação, "permeada pelos anseios de paz e justiça próprios do pós-guerra", até os dias atuais, em que a instituição vem fomentando a interdependência econômica entre os países americanos.

Para Bernardo Cabral, a OEA nasceu como símbolo do entendimento e da paz entre as nações americanas. "A existência da OEA evoca os valores fundamentais da convivência e provoca ações e esforços constantes, a fim de efetivar esses princípios", afirmou o senador. Nesse sentido, Cabral entende que a cooperação econômica cumpre importante papel para o bem-estar em todos os países-membros.

A interdependência cresceu de forma significativa e inexorável diante da globalização das questões econômicas. O próprio conceito de soberania nacional vem mudando, em virtude da nova realidade em que sociedades vivem, e certamente mudará ainda mais, na medida em que a solidariedade democrática se transformar em obrigação legal internacional - observou.

Bernardo Cabral destacou ainda a participação da OEA na defesa dos direitos humanos, levando em consideração as diferenças culturais dos países-membros e tendo como norte "os princípios da justiça, da liberdade e da paz". Segundo Cabral, nem mesmo as enormes dificuldades vividas durante o período da Guerra-Fria, "com a intensificação do conflito leste-oeste, o impacto da Revolução Cubana, e a preponderância dos regimes ditatoriais nas décadas de 60 e 70", fizeram a OEA abandonar esses ideais.

Ao final do seu pronunciamento, Bernardo Cabral elogiou a atuação do embaixador brasileiro, João Clemente Baena Soares, que por vários anos foi secretário-geral da OEA. De acordo com Cabral, a conjuntura internacional reserva desafios aos países americanos.

- É no âmbito da OEA que se dará o fomento e a proteção da democracia, sustentada não pela força, mas por uma sociedade civil amadurecida, capaz de fazer uso dos instrumentos proporcionados pela democracia - disse.

07/04/1998

Agência Senado


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