CAE aprova indicação de Eli Loria para a diretoria da CVM



A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (17) a indicação do administrador público Eli Loria para integrar a diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia responsável por regular e fiscalizar o mercado de ações no país. Profissional de carreira da instituição, com 28 anos de serviço, Loria teve seu nome acolhido por unanimidade, com 20 votos dos senadores presentes.

A mensagem presidencial com a designação de Loria, que ainda será examinada em Plenário, foi relatada pelo senador Renato Casagrande (PSB-ES). O indicado já foi diretor da CVM por seis meses, em 2004, depois de permanecer nove anos à frente da superintendência regional da autarquia em São Paulo. Recentemente, exercia funções de supervisão e coordenação das atividades na sede da instituição, no Rio de Janeiro, além da administração do serviço de atendimento ao público.

Aos senadores, Loria destacou a positiva evolução do mercado de títulos no país, em crescimento há quatros anos e, como salientou, batendo contínuos recordes de volume. Observou que a indústria de fundos movimenta hoje cerca de R$ 1 trilhão, com aproximadamente 11 milhões de cotistas. Disse, também, que muitos investidores novatos estão sendo atraídos para o mercado, mas ainda sem plena consciência dos riscos envolvidos, o que amplia as responsabilidades da CVM.

Ipiranga

Na sabatina, Loria foi questionado pelo senador Jayme Campos (DEM-MT) a respeito das providências da CVM no caso da venda recente do Grupo Ipiranga, operação investigada por causa de suspeita de vazamento de informação privilegiada. Sem entrar no mérito do caso, Loria disse que o papel da autarquia é impedir fraudes e manipulações no mercado e obtenção de vantagens ilícitas por gestores de empresas com acesso a informações sigilosas.

De acordo com Loria, os processos no âmbito da instituição vão a julgamento em cerca de dois anos e, quando há recursos, demoram mais um ano e meio, em média, para serem concluídos. Para monitorar o mercado, explicou, a CVM dispõe de programas informatizados que indicam, para cada papel transacionado nas bolsas, oscilações fora dos padrões desses títulos.

- Quando se constata volatilidade fora do padrão histórico, 'acende a luz amarela' e é iniciada uma investigação - explicou Loria.

O indicado argumentou, ainda, que a fiscalização e a punição aumentam a confiança do investidor e o crescimento da poupança via mercado de ações.

O senador Raimundo Colombo (DEM-SC) elogiou as qualificações do indicado, para depois defender a necessidade do aproveitamento dos bons técnicos em funções de destaque, segundo ele condição para que o Estado brasileiro seja mais eficiente, o que não estaria ocorrendo no setor aéreo. Participou ainda da sabatina o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

A CVM é administrada por um presidente e quatro diretores nomeados pelo presidente da República, depois de terem seus nomes aprovados pelo Senado. Loria, agora indicado, é administrador formado pela Fundação Getúlio Vargas, tem mestrado nessa área e também formação superior em Direito. Agora, desenvolve mestrado em Direito Comercial.



17/04/2007

Agência Senado


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