CAE examina na terça-feira programa para facilitar construção da casa própria



A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) examinará na terça-feira (dia 18), a partir das 10h, projeto que cria um programa alternativo destinado a financiar famílias para a construção de casa própria. Pela proposta, pessoas com renda de até 20 salários mínimos (R$ 3.600) poderão formar condomínios para construção de casas ou apartamentos parcialmente financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Trata-se de um projeto do senador Antonio Carlos Valladares (PSB-SE) que cria o Programa de Construção Associativa da Casa Própria, pelo qual grupos de quatro a 80 pessoas poderão ser constituídos para obter financiamentos para construção de casa própria, em regime associativo. A proposta estabelece que o novo programa fará parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que emprestará até 60% do dinheiro à associação. Os outros 40% devem sair do bolso dos associados.

O relator da matéria, senador Ney Suassuna (PMDB-PB), apresentou parecer favorável ao projeto, que será votado de forma terminativa, ou seja, não precisará passar pelo Plenário, exceto se houver requerimento com essa finalidade. A proposta estabelece algumas regras para obtenção do financiamento, sendo a primeira delas a propriedade do terreno, cujo valor poderá ser abatido do total de 40% que cada beneficiário deverá dispor.

Conforme o projeto, as moradias deverão ser edificadas na forma de condomínios, horizontais ou verticais, e sob a assessoria de uma entidade especialmente contratada para executar os projetos e fiscalizar as construções. Um associado poderá, a qualquer momento, transferir seus créditos e obrigações a terceiros, desde que estes satisfaçam as condições impostas para a concessão do financiamento.

A CAE também examinará nesta terça-feira projeto do senador Osmar Dias (sem partido-PR) que permite a mudança do índice inflacionário usado na correção das dívidas estaduais refinanciadas pela União. A idéia é autorizar contratos aditivos de renegociação, para que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas, seja substituído pelo Índice Geral de Preços Ampliado (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O autor da proposta argumenta que o IPCA é usado atualmente como índice oficial de inflação pelo governo, o qual passou a empregá-lo inclusive em contratos com o exterior.

Na mesma reunião, a Comissão de Assuntos Econômicos examinará solicitação do governo da Bahia para tomar um empréstimo de R$ 54 milhões junto ao Banco Mundial para financiar o Projeto de Combate à Pobreza no Interior da Bahia (Produzir II).

14/09/2001

Agência Senado


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