Câmara derruba lei que limita retirada bancária








Câmara derruba lei que limita retirada bancária
BUENOS AIRES – A Câmara dos Deputados da Argentina derrubou a lei que limita as retiradas bancárias de até US$ 1 mil ao mês por parte de correntistas. A lei foi criada por decreto pelo governo argentino para conter a fuga de depósitos.

A decisão da Câmara deve ser ainda apreciada pelo Senado, assim como a revogação dos poderes especiais do ministro da Economia, Domingo Cavallo, também aprovada pela Casa.
A decisão da Câmara, agora há pouco, de derrubar a lei que restringe retiradas de depósitos bancários por parte de correntistas é válida apenas para as contas em que são depositados salários, aposentadorias e pensões.

A matéria já foi enviada ao Senado, que pode apreciá-la ainda hoje.
Há 12 anos, a Argentina sofreu uma onda de saques como a atual, em todo o país. O presidente Raúl Alfonsín acabou deixando o cargo.

Alfonsín foi eleito em 1983 como o presidente da redemocratização, após sete anos de regime militar. Mas ele governou em meio a enormes crises, com hiperinflação e desvalorizações.
Em 85, foi lançado o Plano Austral, que trocou o peso pelo austral e controlou preços e câmbio. Mas, após alguns meses, a pressão inflacionária o levou ao fracasso. A crise chegou ao ápice no começo de 1989. O dólar teve uma forte alta, chegando a subir 55% em um só dia.

BOLSA – A Bolsa de Buenos Aires ignorou o agravamento da crise política, econômica e social na Argentina e fechou em forte alta. O índice Merval avançou 7,62%, para 272,76 pontos.


Argentina sob estado de sítio
Medida foi baixada depois que milhares de argentinos saquearam mais de 100 supermercados e lojas. Quatro pessoas morreram nos confrontos

SÃO PAULO – O Congresso da Argentina decretou no início da noite de ontem estado de sítio na Argentina, a pedido do próprio presidente Fernando de la Rúa. A medida, que restringe direitos civis da população, foi baixada depois que milhares de argentinos saquearam mais de 100 supermercados e lojas em 19 cidades da Grande Buenos Aires e em seis Províncias do país, em menos de 24 horas. A revolta começou durante a madrugada e continuava na noite de ontem.
Segundo o jornal argentino Ámbito Financiero, senadores e deputados estudavam marcar uma reunião para a noite de ontem a fim de discutir o licenciamento do presidente. Os deputados também cassaram os poderes legislativos especiais do governo, que haviam sido concedidos em março a fim de que o superministro da Economia, Domingo Cavallo, pudesse alterar impostos sem a aprovação do Congresso.

O carro de De la Rúa foi apedrejado quando entrava no prédio de uma organização da Igreja Católica para uma reunião com seus ministros. Seu chefe de gabinete, Chrystian Colombo, foi impedido durante horas de deixar o local, cercado por uma multidão.
Manifestantes incendiaram e destruíram a prefeitura da cidade de Córdoba, uma das maiores do país. Em La Plata, capital da Província de Buenos Aires, a mais importante do país, houve confrontos entre cerca de 2.000 funcionários públicos e a polícia.

A revolta era aparentemente espontânea e desorganizada. Quatro pessoas morreram quando tentavam saquear supermercados; mais de 40 ficaram feridas.

A Argentina está em recessão há três anos e sete meses. O desemprego afeta 18,3% da população e 14 milhões dos 36 milhões dos argentinos vivem hoje abaixo da linha de pobreza.
A fim de manter a política econômica, em que um dólar vale um peso, o governo recorreu a empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), que por sua vez exigiu cortes de gastos públicos. Benefícios sociais, salários de servidores e aposentadorias foram reduzidos, o que agravou a recessão e provocou crescente revolta na população.

No final da tarde, De la Rúa estava reunido com os comandantes das Forças Armadas. Durante o dia, negociava a cabeça de Cavallo, a fim de obter apoio político e de tentar controlar a crise social.

Ontem, o governo havia fechado um acordo para demitir outros 24 mil servidores e reduzir mais US$ 700 milhões da seguridade social. O objetivo do governo nos últimos três meses tem sido evitar o calote da dívida pública.

De la Rúa reconheceu que a política de déficit zero foi por água abaixo e que perdeu a batalha do controle das contas públicas neste ano. Em novembro, o buraco teria chegado a US$ 880 milhões. A meta negociada com o FMI era de déficit de US$ 6,5 bilhões. Se se confirmar a estimativa do saldo negativo, o acumulado do déficit em 11 meses será de US$ 7,735 bilhões.


Jarbas elogia Ciro, mas nega conversas com PPS
governador destaca a “boa parceria” que vem mantendo com o prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, e volta a defender a manutenção da aliança governista, mesmo que ele não seja candidato à reeleição

IPOJUCA - Os acenos do prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho (PPS), ao Palácio das Princesas, com vistas a uma aliança política em 2002, foram bem recebidos pelo governador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Ontem, durante a assinatura de três ordens de serviço neste município, o peemedebista retribuiu a “simpatia” do líder pós-comunistas cogitando, novamente, o apoio à candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PPS) à Presidência da República. Apesar da disposição de se engajar ao projeto nacional do PPS e do empenho em cativar a relação com Bezerra Coelho, Jarbas frisou que sua simpatia à legenda oposicionista, por enquanto, se restringe à esfera nacional, e que ele não mantém canal de diálogo com o PPS estadual.

“Não descarto a possibilidade de votar em Ciro, mas isso não significa que eu tenho mantido contato como o PPS pernambucano. Apesar de muitas pessoas não terem acreditado, eu consegui manter uma boa parceria com Bezerra Coelho, em Petrolina, e estou satisfeito por ele ter colocado meu nome como opção de aliança. Isso tudo demonstra que eu faço política acima dessas coisas menores”, assinalou Jarbas.

Diplomático, o governador adotou uma postura “respeitosa”, também, em relação aos partidos que compõem a base governista (PMDB/PSDB/PFL). Um dia depois de o presidente municipal do Recife do PFL, vereador Roberto Andrade, admitir o racha da aliança governista, caso Jarbas decida não disputar a reeleição, o peemedebista afirmou que buscará a manutenção da aliança. Apesar de considerar “normal” o ensaio de candidaturas isoladas no campo aliado e manter em suspense em relação à sua entrada no pleito do próximo ano, Jarbas afirmou que os partidos têm que permanecer unidos.

“É normal o PFL e o PSDB terem iniciado suas conversas, seus planejamentos, não vejo inconveniente nisso. Eu também sempre trabalhei com cenários e possibilidades, mas apesar de achar comum essa movimentação, continuo trabalhando pela manutenção da aliança porque o ideal é termos um só candidato, sendo eu ou não”, desconversou.


Governador acusa Sinpol e PT de distorcer índices da violência
Ciente de que a questão da segurança no Estado será uma das principais armas usadas pela oposição nas eleições do próximo ano, o governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) procura proteger o desempenho de sua gestão no setor. Ontem, durante visita a Porto de Galinhas, onde inaugurou um núcleo de segurança comuitária, o peemedebista voltou a citar os índices de violência em todo o País para se defender das críticas. Além disso, Jarbas insinuou que os dados negativos sobre do setor em Pernambuco estariam sendo distorcidos pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), sob a orientação “do PT”.

“Eu não trato de segurança pelos jornais, mas quero deixar claro que é mesquinho tentar vincular esse problema só a Pernambuco. Essa é uma questão generalizada. Vou con tinuar trabalhando e fazendo a minha parte para diminuir os índices de violência. O que eu não admito é que os dados apresentados pelo Sinpol sejam levados em consideração, uma vez que esse sindicato é controlado pelo PT”, atacou Jarbas.

Irritado com a acusação do governador, o presidente do Sinpol, vereador Henrique Leite (PT), rebateu com ironia. Inconformado com a interpretação política do governador aos números apresentados pela categoria, Henrique Leite acusou o Governo de maquiar o problema com “subterfúgios sem consistência”.

“O problema do governador é que todo mundo está errado e só ele é dono da verdade. Eu gostaria de saber se ele realmente acha que toda a realidade que está aí é inventada e que o modelo de combate à segurança que é usado é eficaz. Ao invés de procurar desculpas, Jarbas deveria procurar soluções para tirar o Estado da vergonha em que se encontra”, rebateu.


PDT faz restrições a Humberto
Deputado José Queiroz questiona disposição do PT em lançar o secretário municipal de Saúde e reafirma seu nome como opção para o Governo

O apoio à candidatura do secretário municipal de Saúde ao Governo do Estado, Humberto Costa (PT), é mais uma vez questionado no bloco de oposição à aliança PMDB/PFL/PSDB. Ontem, foi a vez do presidente estadual do PDT, deputado José Queiroz, criticar o posicionamento do PT, que trabalha a candidatura do secretário para a majoritária estadual. “Quem disse que Humberto é o candidato da unidade? A esquerda também precisa discutir os nomes que estão sendo cogitados, como o meu e o do deputado federal, Eduardo Campos (PSB)”, reclamou Queiroz.

O pedetista disse que não está brigando pelo Governo do Estado, mas que seu nome “está à disposição do partido e precisa ser levado em conta”. No último final de semana, uma manifestação do PDT na Mata Norte aclamou Queiroz para governador. Até mesmo adesivos com o slogan “12 É Queiroz, o governador da gente” foram distribuídos. “Foi uma manifestação isolada, mas que mostra que o meu nome está sendo lembrado”, avaliou.

O presidente estadual do PDT criticou a postura do vice-presidente do PPS e prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, que vem admitindo publicamente aliar-se ao governador Jarbas Vasconcelos.
“A voz ativa do PPS é a do senador Roberto Freire, que combate o neoliberalismo. Bezerra Coelho reflete uma opinião isolada e suas declarações foram descabidas. Não é hora de trocarmos farpas, mas sim buscar a unidade”, avaliou.

Se mostrando contrário às declarações do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assegurou não abrir mão de candidatura própria para o PT, em Pernambuco, o presidente estadual do partido e prefeito de Camaragibe, Paulo Santana, disse que “o PT pode flexibilizar se houver um nome melhor que o de Humberto para disputar o Governo do Estado”.
Paulo Santana disse também que o acordo com Queiroz é de que o nome dele estaria disponível para disputar qualquer espaço na chapa majoritária. O cargo, no entanto, não foi definido.


PFL não trabalha com a hipótese de racha na aliança, diz André
O secretário estadual de Produção Rural e presidente regional do PFL, André de Paula, negou ontem que o partido esteja decidido a lançar candidato próprio ao Governo do Estado, em 2002, caso o governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) desista da reeleição. Contrariando declarações do presidente municipal do partido, vereador Roberto Andrade, André riscou esta possibilidade da carta de intenções do partido.

Surpreso com o posicionamento de Roberto Andrade, o secretário descredenciou o anúncio e classificou as declarações do vereador pefelista – admitindo uma candidatura própria do PFL isolada do PSDB e do PMDB, caso Jarbas saia da disputa – como “um absurdo”.
“Essa hipótese (candidatura própria) nunca existiu dentro do partido. A aliança tem um líder natural que é Jarbas Vasconcelos. É um absurdo, meramente pessoal, dizer que estamos pensando em construir uma candidatura isolada porque não existe possibilidade de cisão na aliança”, disse André de Paula.


Artigos

Candidato é “Dula”
Gustavo Krause

Político é um bicho curioso. Faz política com a cabeça e com o coração. É razão, emoção e, também, paixão no sentido Weberiano, quando se entrega de corpo e alma às causas que defende. Não confessa, mas é todo superstição. Acredita em horóscopo, videntes, cartomantes, bruxas, oráculos e marqueteiros.

A crença não é difícil de explicar: o político desenvolve a intuição a quem dá o nome pomposo de feeling; não se conforma em não desvendar os mistéiros do futuro; na ânsia da onipotência, não dispensa os serviços dos cientistas da adivinhação, do ocultismo e da magia.

A crença não é recente. Os gregos e os romanos, que legaram à posteridade a matriz cultural da civilização ocidental, eram craques na arte de tentar decifrar a vontade dos deuses. O mundo mitológico deles estava povoado de pitonisas, sibilas, arúspices, áugures e oráculos, nem sempre, segundo relatos históricos, desinteressados. Dizem até que uma sacerdotisa de Delfos foi felipizada, isto é, foi comprada pelo ouro de Felipe da Macedônia.

Dizem os mais renomados historiadores que o imperador Júlio César foi assassinado porque não deu ouvidos aos conselhos do arúspice Espurina, nem ligou para os agouros das aves e esnobou o terrível sonho e a súplica de Calpúrnia, sua mulher, para que não fosse ao Senado. Ele foi. Foi e entrou pelo cano quando o punhal dos conspiradores, inclusive o do seu favorito Bruttus, entrou no seu espinhaço.

O bruxo Rasputin deitava e rolava na Rússia do Tzar Nicholas Romanov.
E não precisa ir tão longe. No Brasil dos nossos dias, são muitos os exemplos dos que acreditam nos conselhos do além ou do quase-além e recorrem freqüentemente aos poderes dos dados, búzios, cartas e babalorixás. Ninguém se atreva a presentear certas personalidades da nossa vida política com uma gravata marron ou impedir que saiam dos lugares pela mesma porta que entraram ou, ainda, sugerir que nas sextas-feiras dispensem o traje branco ou azul.

A esta altura, se alguém está imaginando que vou fazer uma comparação simplista e injuriosa dos adivinhos e cultores das superstições com os marqueteiros, enganou-se redondamente. De um modo geral, os marqueteiros são profissionais sérios e competentes. Lidam com um dos fatos mais relevantes da política contemporânea: o advento do marketing político, instrumento, apenas um instrumento, que compõe a racionalidade da moderna ação política.

Como instrumento, somente ultrapassa limites quando os políticos buscam no marketing soluções mágicas para suas próprias inconsistências ou quando os marqueteiros imaginam que detém, através da estética e da mensagem publicitária, a poção mágica da vitória eleitoral. E aí são donos dos candidatos, viram “candidatos” e pais do êxito.

Sobre este equívoco recíproco, mais freqüente do que se imagina, vale a pena transcrever lições de Jacques Seguéla, publicitário da campanha de Mitterrand: “A comunicação política é como um droga. Em doses adequadas é medicamento, em doses elevadas, um veneno fatal (...) Não é com a direita ou com a esquerda que sonham nossos eleitores, mas com a moderação (...) A política adoeceu, por falar demais, e muito de falso. Ébria pela embalagem, perdeu seu conteúdo (...) Mea culpa, considero minha profissão em parte responsável por esse declínio do político na affectio societatis. A fazer demais, a gente se desfaz”.

Tudo isto me veio à cabeça, quando na revista Isto É, edição de 12 do corrente, li a entrevista do competente e reconhecidamente talentoso Duda Mendonça, marqueteiro do presi denciável Lula e confesso que fiquei de queixo caído com com algumas de suas afirmações: “(...) Se tivesse fazendo a campanha (Lula Versus Collor), acho que ganharia a eleição (...) Eu não estou preocupado com a Roseana ou o Serra (...) Tenho medo da mídia. Com dois minutos na TV, não posso lutar contra ela (...) No segundo turno eu tenho bala: o adversário diz uma coisa e eu outra”. (Grifos meus)

Haja verbo conjugado na primeira pessoa e a soberba no meio do mundo. É por essas e outras que não falta quem compare marqueteiro a bruxo e já tem gente dizendo que o candidato do PT não é Lula. É “Dula”.


Colunistas

PINGA-FOGO - Inaldo Sampaio

Por que renunciou?
Aparentemente alheio ao “fenômeno” Roseana, que derrotaria Lula num hipotético segundo turno, se a eleição fosse hoje, de acordo com pesquisas dos institutos “Sensus” e “Datafolha”, a executiva nacional do PSDB marcou suas eleições primárias para 24 de fevereiro. Três candidatos estavam no páreo, mas deve ficar apenas um: o ministro José Serra - que é o preferido do presidente da República, do governador de São Paulo Geraldo Alckmin e da maioria do tucanato.
O seu concorrente mais incômodo era o governador Tasso Jereissati, que se afastou da disputa, atabalhoadamente. Estava em campanha no Rio Grande do Sul, quando, de repente, sem que ninguém esperasse dele essa posição, renunciou à pré-candidatura. As interpretações do seu inesperado gesto não são consensuais no PSDB mas, seja qual for a versão verdadeira, ela tem a cara do seu dono.

Ele tanto pode ter renunciado em favor de Serra para se colocar como candidato, mais adiante, caso o ministro da saúde não cresça nas pesquisas, como também para justificar uma dissidência no Ceará em favor de Ciro Gomes. Fora daí, só mesmo uma terceira possibilidade que ainda não está muito visível em suas mais recentes declarações: uma tentativa de aproximação da governadora Roseana Sarney.

Apesar do recesso
Presidente da Comissão de Cidadania da Assembléia Legislativa, Braga (PV) convocou-a extraordinariamente para uma audiência pública, hoje, às 10h. Pauta: “Grupos de extermínio na PM”. Fazem parte desta Comissão, além do presidente, os deputados Fernando Lupa (PSDB), Hélio Urquisa (PMDB), João de Deus (PL), Sérgio Leite (PT), Antonio Moraes (PSDB), Augusto Coutinho (PFL), Geraldo Coelho (PFL), Henrique Queiroz (PPB) e Pedro Eurico (PSDB).

Segurança 1
Entrevistado ontem por Geraldo Freire (Rádio Jornal), Jarbas afastou totalmente a possibilidade de exonerar Gustavo Rodrigues da Secretaria de Defesa Social. Mas, independente disto, conserva o deputado Pedro Eurico (PSDB) como um de seus interlocutores de confiança para discutir assuntos relacionados com o aparelho de segurança.

Segurança 2
Ainda não há indícios de que o governador pretenda exonerar Iran Pereira do comando-geral da PM-PE. Mas há informações absolutamente seguras de que há um tenente-coronel sendo observado por ele: Éverton Miranda. Esse militar é bacharel em Direito e tirou o 1º lugar em todos os cursos a que se submeteu na corporação, desde a Academia.

Coronéis da PM estão à procura de um emprego
Dois dos 5 coronéis da PM recém transferidos para a reserva já estão à procura de emprego. Ganham em torno de R$ 8 mil mas não é o contracheque lhes satisfaz. Eles têm menos de 50 anos e querem fugir do “ócio remunerado”.

TJ troca o nome “Assessoria” por “Assistência”
Por Lei aprovada na Assembléia Legislativa, a Assessoria Policial Militar e Civil do Tribunal de Justiça terá o seu nome trocado. Passará a se chamar “Assistência”, em vez de “Assessoria”, e terá no seu quadro 194 PMs e 7 policiais civis.

Só quando vir
A oposição não levou a sério a ameaça do PFL de devolver os cargos a FHC caso Serra (PSDB) seja o candidato do governo à sucessão presidencial. Ranílson Ramos (PPS), adversário do PFL em Petrolina, disse: “Só concebo o PFL na oposição quando o presidente da Codevasf não for mais de Osvaldo Coelho (PFL)”.

Assédio eleitoral
O prefeito de Palmares, Francisco de Assis Rodrigues (PMDB), o “Chiquinho”, já foi procurado por Raul Jungman (PMDB), Sérgio Guerra (PSDB) e Joel de Holanda (PFL), todos candidatos à Câmara Federal. Ao Palácio, ele comunicou que sua aliança será com os partidos de esquerda, jamais com o PFL.

Se já era forte como presidente da Fiepe, o deputado federal Armando Monteiro Neto (PMDB-PE) ficará mais forte ainda como presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Ela está há 48 anos sob o comando de nordestinos e, para quem desconhece a sua força, controla o Sesi e o Senai e tem uma receita anual de R$ 350 milhões.

Para frustração de inúmeros prefeitos, o projeto de emenda constitucional instituindo no âmbito dos municípios a “taxa de iluminação pública” foi derrotado anteontem à noite no Senado por apenas três votos. Precisava de três quintos para ser aprovado (49 votos) mas obteve apenas 46.

O secretário municipal Waldemar Borges (desenvolvimento econômico) deu ontem também a sua versão sobre as operações do “Banco do Povo” nas gestões de João Paulo (PT) e de Roberto Magalhães (PSDB). Na anterior, segundo ele, foram realizadas 223 operações (ao longo de sete meses) e, na atual, 442 (11 meses e meio).

O prefeito de Camaragibe e presidente estadual do PT, Paulo Santana, reúne-se hoje com a sua equipe (Aldeia) para fazer uma avaliação do 1º ano de governo. Municípios governados pelo PT estão sob observação da cúpula do partido porque podem influir positiva ou negativamente na campanha de Lula.


Editorial

Prestação de contas

A última reunião do Conselho do Pacto 21 foi uma oportunidade para o Governo do Estado fazer uma avaliação geral da situação de suas principais obras estruturadoras e um balanço sobre a utilização dos recursos provenientes da privatização da Celpe. O governador Jarbas Vasconcelos informou, na ocasião, que 80% dos projetos prioritários para o Estado estão sendo encaminhados conforme o planejado. O Governo fez uma prestação de contas sobre os projetos que apresentou na primeira reunião do conselho, no final de 1999. Os conselheiros, que representam o empresariado, o Governo, toda a sociedade, foram informados, em relatório preparado para a reunião, sobre o estágio alcançado por cada uma das obras em andamento. Na opinião do nosso presidente, o empresário João Carlos Paes Mendonça, “o Governo mostrou muita transparência em relação às obras e aos recursos da privatização da Celpe”.

É muito positivo para Pernambuco que esteja havendo essa postura aberta do Governo para com a sociedade, e que as obras referentes aos projetos apresentados em 1999 não tenham ficado na promessa e no papel. Para se ter uma idéia de sua importância para o desenvolvimento de nosso Estado, basta lembrar que, entre elas, estão uma usina termelétrica em Suape, com capacidade para a geração de 520 megawatts, cuja entrada em operação está marcada para o final de 2003; terminais de Regaseificação e de Contêineres de Suape; duplicação e restauração da BR-232; ampliação e modernização do Aeroporto Internacional dos Guararapes; programa Águas de Pernambuco; expansão da agricultura irrigada; rede pernambucana de informática; Porto Digital.

Entre os projetos que não avançaram muito estão a duplicação da BR-101, o Terminal de Grãos de Suape, a Ferrovia Transnordestina (essencial para o funcionamento desse terminal) e a infra-estrutura turística. Esse último, porém, mesmo que ainda não tenha ficado pronto o Prodetur-2, já está recebendo alguns investimentos do Governo do Estado, como pista de acesso entre a BR-101 e a PE-60, e início dos trabalhos para melhorar o serviço de abastecimento d’água da praia de Porto de Galinhas. Está em elaboração o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável, exigido pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), financiador do Prodetur. Essa exigência do BID, se o plano for realmente respeitado, pode ser base para um significativo avanço qualitativo dos negócios turísticos em Pernambuco.

Como temos observado com freqüência, sem provocar providências adequadas, a ocupação e uso muitas vezes predatórios dos pontos turísticos de Pernambuco estão sendo, no longo prazo, contraproducentes para o desenvolvimento dessa atividade econômica, tão bem administrada em outros países. A falta de saneamento e limpeza, o excessivo avanço de construções sobre as praias, a ocupação de áreas públicas, a agressão a belezas naturais que encantam os turistas; tudo isso prejudica um turismo com horizontes mais amplos e rentáveis, confinando os nossos poucos visitantes de maior poder aquisitivo em praias privatizadas de hotéis de luxo.

Além da reunião do Pacto 21, o governador teve também ocasião de fazer uma prestação de contas mais ampla de sua administração na última reunião deste ano com seu secretariado e assessoria, no Centro de Convenções, em Olinda, quando também foram discutidas as metas para o ano eleitoral de 2002. Definindo os propósitos governamentais de não permitir que a campanha política contamine a administração, o secretário de Governo, Dorany Sampaio, sentenciou: “A máquina não deve nem pode parar”. Amém! E vamos torcer para que a União não nos discrimine.


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12/20/2001


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