Câmara vai votar proposta de emenda constitucional que limita edição de MPs



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, deu início oficialmente nesta segunda-feira (dia 29) ao período de Convocação Extraordinária do Congresso Nacional que vai de hoje até o dia 14 de fevereiro. Ele presidiu sessão de abertura, ao lado do presidente da Câmara, deputado Michel Temer. O presidentes das duas Casas decidiram incluir na pauta da convocação extraordinária, originalmente destinada à apreciação de medidas provisórias (MPs), a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita e disciplina a edição de MPs. A PEC, já aprovada pelos senadores, está em tramitação na Câmara e pode ser incluída na pauta na próxima quarta-feira (dia 31).

Temer informou que o substitutivo do deputado Roberto Brant (PFL-MG) servirá de base para a votação da PEC. O texto não admite a reedição das MPs, mas a prorrogação de sua vigência por um prazo máximo de 60 dias (veja matéria).

As MPs incluídas na pauta da convocação extraordinária pelo presidente da República, segundo o presidente do Senado, serão todas apreciadas em sessões do Congresso, independentemente de haver ou não acordo para votação. Antonio Carlos também informou que dará preferência à votação das MPs mais antigas, que foram reeditadas mais vezes.

Outra matéria que será analisada pela Câmara é o projeto de lei que institui o novo Código Civil. O Senado está elaborando uma pauta especial, em que constarão projetos de lei de senadores e do Executivo que tramitam na Casa.

Pagamento

Nesta terça-feira (dia 30), o Senado realiza sessão não-deliberativa, destinada apenas à leitura de expediente e discursos. As sessões terão registro de presença, que serve como base para o pagamento dos senadores.

- Só vai receber quem vier às sessões - afirmou Antonio Carlos. Ele explicou que serão feitos dois pagamentos aos senadores no período em que durar a convocação extraordinária, de acordo com a presença em plenário.

Para discursar durante as sessões, os senadores se inscrevem junto à Secretaria Geral da Mesa e podem discursar por 20 minutos. Os líderes de bancadas também podem pedir a palavra durante a sessão para comunicados inadiáveis, pelo prazo de cinco minutos.

29/01/2001

Agência Senado


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