Camata propõe criação de comissão para discutir segurança pública



Em pronunciamento, nesta sexta-feira (9), o senador Gerson Camata (PMDB-ES) lembrou a morte de João Hélio Fernandes Vieites, de 6 anos, ocorrida na quarta-feira (7) - o menino foi arrastado por marginais pelas ruas do Rio de Janeiro, ao ficar preso no cinto de segurança, durante o roubo do carro de sua mãe. Na opinião do senador, os poderes do Estado devem, em conjunto, encontrar solução para a violência no país. Nesse sentido, o parlamentar também sugeriu a instalação, no Senado, de uma comissão com o nome de João Hélio, destinada a discutir essas questões e a apresentar propostas concretas.

- O episódio foi a gota d'água que faltava para começar a se refletir de uma maneira profunda sobre o que está acontecendo no Brasil. Esse mártir tem que ser tomado como uma bandeira - disse.

Na opinião de Gerson Camata, o Congresso Nacional deveria parar suas atividades e convidar especialistas para discutir segurança pública por, pelo menos, uma semana. Para o senador, neste momento, outros temas, como a discussão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não são tão importante quanto a vida dos brasileiros.

- Sinto-me frustrado porque nós não estamos fazendo nada; o Parlamento brasileiro não está fazendo nada. Os brasileiros estão sendo assassinados e estamos discutindo o PAC. Isso não é fundamental. Pior situação é a das vidas que estão se perdendo - disse.

Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) sugeriu que a criação de uma comissão especial para discutir a violência deve contar com a participação do Ministério Público, das polícias militar e civil e de órgãos de inteligência, como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele acredita que, se essa comissão trabalhar por determinado período de forma efetiva, os grupos criminosos do país serão desmantelados, a exemplo do que foi feito com a operação "mãos limpas", na Itália, que agiu contra a máfia naquele país.

No mesmo pronunciamento, Gerson Camata disse ainda que pretende propor plebiscito para que a sociedade decida sobre questões que não contam com o consenso dos parlamentares. Entre esses assuntos, citou a prisão perpétua, a pena de morte, a maioridade penal, além da reeleição de presidente da República e do casamento entre pessoas do mesmo sexo.



09/02/2007

Agência Senado


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