Canal adutor do sertão alagoano pode virar realidade, afirma Collor



Em discurso nesta quarta-feira (6), o senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou que as obras do canal adutor do sertão alagoano pode finalmente começar a virar realidade ainda este mês. Ele informou que está prevista a inauguração da primeira parte do canal pela presidente da República, Dilma Rousseff, nas próximas semanas.

O senador explicou que a origem do empreendimento se deu quando ele era presidente, em 1991. A obra foi iniciada em 1992 mas, entre 1993 e 2000 os trabalhos ficaram parados. Apenas em 2001 a obra foi retomada e ganhou fôlego depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, disse Collor.

- Com a vitória do presidente Lula, a esperança renasceu e, com ela, a retomada do desenvolvimento do país, em especial do nosso sofrido Nordeste – afirmou.

O senador informou que o canal adutor terá 250 quilômetros e atenderá 42 municípios alagoanos, beneficiando mais de um milhão de pessoas com o aumento da disponibilidade de água principalmente no sertão e no agreste de Alagoas.

- O empreendimento tem por objetivo maior desenvolver a economia regional pela melhoria das condições de abastecimento urbano e dos perímetros de irrigação, pelo desenvolvimento da piscicultura e do agronegócio, bem como pelo remanejamento das adutoras coletivas existentes, o que vai permitir reduzir os custos de operação e manutenção para a companhia de abastecimento do estado – pontuou.

Em 2009, Collor e os demais parlamentares da bancada alagoana conseguiram a inclusão do canal no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que acelerou a obra. Agora, o canal já tem 65 quilômetros concluídos ao custo de R$ 500 milhões. A obra como um todo custará R$ 1,8 bilhão.

Má gestão

Entretanto, o senador afirmou que o Tribunal de Contas da União constatou má gestão da Secretaria de Infraestrutura do Estado, o que vem atrasando o empreendimento.

- O relatório do TCU apontou sobrepreço, superfaturamento e perdas em virtude da não execução de serviços essenciais. Ou seja, do ponto de vista administrativo e executivo, trata-se de um lastimável, desalentador e pífio desempenho do governo de Alagoas – reclamou.

Além disso, afirmou Collor, o governo de Alagoas ainda não usou R$ 10 milhões disponibilizados pelo Ministério da Integração Nacional para o socorro às vítimas da prolongada estiagem do ano passado.

- Enquanto o governador move sua caneta a passo de guiné, as estimativas apontam para a perda de 30% do rebanho do estado ou algo entre 250 e 300 mil cabeças de gado. Nem mesmo o levantamento das perdas chegou a ser feito pelo atual governo. Ou seja, diante do abandono dos desvalidos do sertão e do agreste, o governo e a administração estadual cometem mais um crime contra o estado de Alagoas e seu povo – declarou Collor.



06/02/2013

Agência Senado


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