Candidatos ao Piratini intensificam campanha na Capital e Interi









Candidatos ao Piratini intensificam campanha na Capital e Interior
Rigotto quer retomada de novos investimentos

O candidato ao governo do Estado pela coligação União pelo Rio Grande, Germano Rigotto (PMDB), esteve ontem em Horizontina conversando com trabalhadores da fábrica da SLC John Deere. "Estar presente nesta fábrica de máquinas agrícolas é mais do que mostrar respeito pelos seus funcionários e diretoria, é apontar para o caminho da retomada de incentivos capazes de atrair e, principalmente, manter as empresas que puxam a nossa economia", disse o candidato.

Rigotto lembrou do seu trabalho como deputado na busca por uma tributação mais justa para este setor. "Na Assembléia, conduzi a discussão que determinou a redução na alíquota do ICMS sobre máquinas e implementos agrícolas, enquanto na Câmara Federal participei da negociação que possibilitou a quase isenção de IPI sobre a produção desses bens", ressaltou. Para o candidato, ações como essas demonstram a possibilidade de se trabalhar pelo desenvolvimento tendo como uma das bases a definição de políticas fiscais que resultem no aumento da produção e, conseqüentemente, na arrecadação de receitas para o Estado.

Durante sua visita aos municípios de Doutor Maurício Cardoso e Novo Machado, onde inaugurou o comitê municipal de campanha, Rigotto enfatizou o trabalho que precisa ser feito no setor primário. "Nossos produtores rurais precisam de apoio, e não de promessas e conflitos no campo, como vem sendo a tônica deste governo que aí está", criticou. O candidato falou sobre o uso indevido que a administração estadual faz propagandeando como recursos próprios o que vem via Pronaf e Pronafinho.

O setor primário também foi a tônica dos discursos do candidato em Tucunduva e Tuparendi, onde Rigotto visitou funcionários e dirigentes da fábrica de semeadeiras Frankhauser. Mais tarde, em Santa Rosa, caminhou pelo centro da cidade e jantou com lideranças da coligação União Pelo Rio Grande.

Bernardi vai criar sistema de proteção às vítimas da violência
O pré-candidato ao Palácio Piratiní, Celso Bernardi, disse ontem pela manhã, durante reunião com a equipe de coordenação de campanha, que como governador irá criar um sistema de proteção especial e assistência às vítimas de violência. O objetivo, segundo ele, é o de fomentar o respeito aos direitos humanos do cidadão honesto, trabalhador e do policial e não somente do bandido e do preso.

Para isso, Bernardi promete criar um sistema de registro de ocorrências em que a vítima e os criminosos ficarão em locais distintos. "O Rio Grande do Sul é hoje um dos poucos estados que não posssui uma delegacia de atendimento às vítimas. No Rio de Janeiro e em São Paulo, por exemplo, elas são conhecidas como Delegacia Legal e Delegacia VIP, respectivamente".

Segundo Benrrdi, a intenção é de que nestes locais as vítimas, além do registro das ocorrências, recebam assistência social e psicológica. "Atualmente, inúmeras pessoas deixam de registrar os atos de violência a que foram submetidas por terem medo de se encontrarem na delegacia com criminosos, ou mesmo com o autor da violência por ele sofrida", afirmou o candidato do PPB.

Fortunati quer resgatar turismo no centro-oeste
O candidato ao governo do Estado pela Frente Trabalhista, José Fortunati, esteve, ontem, no município de Cristal na região centro-sul do Estado. Durante a visita, Fortunati participou de um almoço com lideranças da Frente e membros da comunidade local. O candidato destacou a necessidade de investimentos no setor turístico da região para que se possa resgatar o seu desenvolvimento, pois a maioria dos municípios está localizada às margens de uma das maiores lagoas de água doce do mundo (Patos), tendo uma geografia privilegiada, além de uma fauna e flora riquíssimas.

Em relação ao desemprego que atinge a região, também conhecida como Costa Doce, que é muito forte no setor primário, Fortunati defendeu a instalação de uma planta industrial adaptada às potencialidades locais.

"Torna-se necessário estabelecer uma política diferenciada de incentivos fiscais que atraiam novos investidores com o objetivo de alavancar o desenvolvimento econômico e social", afirmou Fortunati.

Terça-feira à noite, o candidato da Frente Trabalhista ao governo do Estado participou de um grande ato político na cidade de Santa Vitória do Palmar. Na ocasião, mais de três mil pessoas lotaram a sede do CTG
Rodeio dos Palmares para recepcionar e ouvir as propostas do candidato.

Tarso fala sobre repasse de recursos nas Missões
A preocupação com a distribuição de recursos públicos centralizou a conversa que o candidato da Frente Popular, Tarso Genro, teve ontem com 23 dos 25 prefeitos que integram a Associação dos Municípios das Missões. O encontro foi na Famurs, em Porto Alegre, onde Tarso Genro disse compreender os problemas de quem administra um município, já que foi prefeito de Porto Alegre. Lembrou que, de 1988 para cá, o bolo tributário para os municípios caiu de 18% para 14% e que, por isso, o Brasil está sofrendo a síndrome da "prefeiturização". "Há transferência federal de responsabilidades para os municípios, mas não a contrapartida dos recursos necessários à execução dos serviços", afirmou o petista.

Tarso salientou que há um processo crescente da centralização de recursos nas mãos da União Federal. Para solucionar tais problemas, ele acredita em "um pacto federativo que passe por uma política de desenvolvimento regional, priorizando a produtividade local, articulada por redes associativas regionais". O candidato se propôs a negociar com toda a sociedade uma reforma tributária que resulte na ampliação do desenvolvimento microrregional.

Tarso Genro conversou ontem com os professores gaúchos. Na sede do Cpers, em Porto Alegre, o candidato ao governo gaúcho pela Frente Popular disse à presidente da entidade, Juçara Dutra, que a proposta do seu programa de governo é manter um diálogo franco e aberto com todas as categorias do funcionalismo público.

"O diálogo é a condição fundamental para resolver os problemas do Estado e do funcionalismo", disse o petista. E salientou que a participação dos movimentos sociais também inclui a elaboração de soluções para o refinanciamento do Estado. "Precisamos renegociar nossa dívida pública, aprovarmos uma nova matriz tributária e debater a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal", acentuou.


Ascensão de Ciro é confirmada pelo Vox Populi
A ascensão do candidato do PPS ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, foi confirmada ontem por pesquisa nacional do instituto Vox Populi, encomendada pelo jornal "Correio Braziliense". O resultado mostra Ciro isolado no segundo lugar, com 24% das intenções de voto, uma diferença de oito pontos em relação ao líder, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

A pesquisa apresenta números muito parecidos com os divulgados na terça-feira pelo Ibope e também aponta o declínio do tucano José Serra, que agora tem 16%. Anthony Garotinho, do PSB, aparece em quarto lugar
com 11%.

A analista Fátima Pacheco Jordão, especialista em pesquisas eleitorais, aponta uma novidade no levantamento do Vox - realizado entre sábado (13) e segunda-feira (15), com 2.807 entrevistas em 173 municípios de todo o País. "O trabalho confirma que Ciro sobe com ímpeto, tirando votos de todos os adversários", diz. "Mas é preciso notar que, pela primeira vez há sinais de que a maior parte desses votos vem de Lula."

O petista, de fato, perdeu cinco pontos em relação à pesquisa anterior do mesmo instituto, fechada no dia 3. Já Serra e Garotinho caíram apenas um ponto. É legítimo supor, portanto, que Ciro está ganhando um bom terreno entre os eleitores que desej am uma mudança em relação as políticas adotadas pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

Nas simulações de segundo turno, Ciro também apresenta um melhor melhor desempenho, empatando tecnicamente com Lula ficando com 41% contra os 43% do candidato petista. Uma pesquisa do Ibope divulgada na véspera registra um resultado ainda melhor para Ciro, que supera por pouco o adversário: 44% a 43%. Lula supera com certa facilidade os outros oponentes nessas simulações, vencendo Serra por 46% a 34% e Garotinho por 50% a 27%.

Na pesquisa expontânea, onde o eleitor não tem acesso a lista de candidatos, a pesquisa do Vox Populi também indicou o distânciamento de Ciro em relação a Serra. Lula obteve 26%; Ciro, 16%; Serra, 9%; e Garotinho, 6%. A margem de erro do levantamento é de 1,9 ponto percentual, e podem variar dentro desse limite para mais ou para menos. Os candidatos José Maria, do PSTU, e Rui Costa Pimenta, do PCO, não foram citados por nenhum dos entrevistados.

Já para o cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fábio Wanderley Reis não é hora de menosprezar a candidatura de Serra. "O governo vai fazer o que for possível para alavancar a candidatura do seu candidato. Além disso, ele terá o maior tempo na TV", apesar de acreditar que o tucano é um candidato pesado, de pouco charme e atração pessoal.


Depois da reabertura do viaduto, há dificuldades em seguir as orientações
A permanência do sentido único na avenida André da Rocha, após a abertura do Viaduto Imperatriz Leopoldina, no dia 6, está provocando confusão no trânsito na área central de Porto Alegre. Por desinformação ou descuido, é comum alguns motoristas entrarem na contramão, mesmo havendo farta sinalização e placas que advertem aos que trafegam pela Lima e Silva que é proibido dobrar à direita.

A continuidade da mão única no fluxo da André da Rocha está desagradando motoristas e moradores das ruas vizinhas, que querem o retorno da mão dupla. Uma das maiores queixas é fim do acesso pela rua ao Centro, à Avenida Independência e ao Complexo Hospitalar da Santa Casa. Para chegar a estes locais, o motorista que vem da Cidade Baixa tem de fazer um longo percurso pela Lima e Silva, Fernando Machado, Borges de Medeiros e Riachuelo. "A prefeitura ignorou ponderações e protestos dos contribuintes e manteve o mesmo sentido de tráfego, dificultando o acesso de quem mora nas ruas Lima e Silva, 24 de Maio e Tuiuti a entrar na João Pessoa em direção à avenida Salgado Filho", reclama o contador Luiz Eurico da Silva, morador da 24 de Maio.

Alguns motoristas pensam que, com o término das obras do viaduto da João Pessoa, a André da Rocha teria voltado à mão dupla, e muitos se arriscam a entrar na contramão, ignorando as placas de sinalização existentes, "É comum o pessoal trafegar no sentido contrário", afirma o taxista Carlos Alberto Teixeira.

Segundo a gerência de Planejamento da EPTC, estudos apontam para a necessidade da permanência do sentido de fluxo atual na Praça Argentina e André da Rocha, devido a um projeto de alterações de transporte para a avenida Salgado Filho, ainda sem data para ser efetivado pela prefeitura. De acordo com a EPTC, os sentidos dos fluxos anteriores às obras do Viaduto Leopoldina só serão revertidos após avaliação técnica, depois da implantação do projeto citado.


Gerdau duplica exportações e lucra 29% a mais no semestre
Ao contrário da maior parte das empresas gaúchas, que reclamam do baixo volume de exportações realizadas no primeiro semestre, o Grupo Gerdau conseguiu aumentar em 108% as vendas para o mercado externo neste período. A empresa enviou 816 mil toneladas de aço para fora do País, o que resultou em um ganho de US$ 136 milhões.

Este desempenho foi viabilizado, em grande parte, pelas barreiras contra importação instituídas pelos Estados Unidos. "Este bloqueio gerou escassez de produto com a qualidade e a velocidade de produção que os consumidores procuram", explica o vice-presidente executivo do Grupo Gerdau, Osvaldo Schirmer.

Assim, houve uma corrida aos fornecedores internacionais de produtos prontos, fazendo com que os fabricantes europeus aumentassem a busca por aço. "O aumento na demanda resultou em uma elevação significativa de preços e de receitas para as empresas exportadoras", relata.

As sobretaxas norte-americanas também beneficiaram a produção interna da Gerdau nos Estados Unidos, onde o Grupo possui cinco usinas. As operações na América do Norte foram responsáveis por 35% do faturamento semestral, o que corresponde a uma geração de R$ 1,6 bilhão em receitas. O ambiente externo favorável para o setor mais do que compensou a queda de 4% na demanda nacional, e a Gerdau encerrou o primeiro semestre com um lucro líquido de R$ 296 milhões, um crescimento de 29% em relação aos seis primeiros meses de 2001.

O próximo investimento da empresa previsto para este ano é a consolidação, em outubro, da compra já acertada de mais 22% das ações da Açominas, usina que passará a ter 80% do controle nas mãos da Gerdau.

Também está planejada a criação de duas novas unidades de corte e dobra de aço no País, mas Schirmer não revela a localização destes centros. "A instalação será feita em locais onde existir demanda, e faz parte da estratégia de avançar na venda de produtos com maior valor agregado", destaca o executivo.

A fusão da CSN com uma multinacional holandesa, anunciada ontem, não é ameaça para a Gerdau. "Eles
trabalham em outro segmento, não são nossos concorrentes", afirma Schirmer.


Mão única na André da Rocha causa confusão
A permanência do sentido único na avenida André da Rocha, após a abertura do Viaduto Imperatriz Leopoldina, no dia 6, está provocando confusão no trânsito na área central de Porto Alegre. Por desinformação ou descuido, é comum alguns motoristas entrarem na contramão, mesmo havendo farta sinalização e placas que advertem aos que trafegam pela Lima e Silva que é proibido dobrar à direita.

A continuidade da mão única no fluxo da André da Rocha está desagradando motoristas e moradores das ruas vizinhas, que querem o retorno da mão dupla. Uma das maiores queixas é fim do acesso pela rua ao Centro, à Avenida Independência e ao Complexo Hospitalar da Santa Casa. Para chegar a estes locais, o motorista que vem da Cidade Baixa tem de fazer um longo percurso pela Lima e Silva, Fernando Machado, Borges de Medeiros e Riachuelo. "A prefeitura ignorou ponderações e protestos dos contribuintes e manteve o mesmo sentido de tráfego, dificultando o acesso de quem mora nas ruas Lima e Silva, 24 de Maio e Tuiuti a entrar na João Pessoa em direção à avenida Salgado Filho", reclama o contador Luiz Eurico da Silva, morador da 24 de Maio.

Alguns motoristas pensam que, com o término das obras do viaduto da João Pessoa, a André da Rocha teria voltado à mão dupla, e muitos se arriscam a entrar na contramão, ignorando as placas de sinalização existentes, "É comum o pessoal trafegar no sentido contrário", afirma o taxista Carlos Alberto Teixeira.

Segundo a gerência de Planejamento da EPTC, estudos apontam para a necessidade da permanência do sentido de fluxo atual na Praça Argentina e André da Rocha, devido a um projeto de alterações de transporte para a avenida Salgado Filho, ainda sem data para ser efetivado pela prefeitura. De acordo com a EPTC, os sentidos dos fluxos anteriores às obras do Viaduto Leopoldina só serão revertidos após avaliação técnica, depois da implantação do projeto citado.


Brasil consegue vitória contra protecionismo norte-americano
O Brasil e outros 28 países conseguiram ontem uma importante vítória contra o protecionismo norte-americano. A Organização Mundial do Comércio (OMC) condenou a lei de antidumping e subsídios dos Estados Unidos, conhecida como Emenda Byrd, e ordenou sua revogação.

A lei que gerou o questionamento do Brasil e de governos europeus e asiáticos é de autoria do senador Robert Byrd e prevê que as taxas coletadas pela aduana dos Estados Unidos com impostos de medidas antidumping sejam repassadas para as próprias empresas que haviam feito o pedido inicial de dumping. A OMC, porém, julgou que a prática é ilegal.

O dumping é caracterizado quando uma empresa exporta seus produtos por preços inferiores aos cobrados no mercado interno. Diante de um suposto prejuízo, empresas podem pedir que o governo investigue se os preços das empresas exportadoras estão de acordo com o mercado.

Caso fique provado o dumping, o país pode aplicar medidas compensatórias, o que representa uma sobretaxa nos produtos importados. O problema é que, no caso da Emenda Byrd, a coalizão de países argumentava que Washington estaria incentivando as empresas a pedir que o governo estabeleça uma sobretaxa por um suposto dumping.

A Emenda Byrd foi adotada pelo Congresso dos EUA nos últimos dias do governo Bill Clinton e conseguiu irritar, na época, até mesmo os funcionários do USTR (o departamento de comércio), que reconheciam que a norma poderia violar as regras da OMC.

A insatisfação da comunidade internacional chegou a gerar protestos até mesmo de mexicanos e canadenses, parceiros dos Estados Unidos no Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).

Somente no Brasil, as estimativas são de que a Emenda Byrd poderia ter causado um prejuízo de até US$ 10 milhões às empresas nacionais.

A taxa paga por essas empresas para que seus produtos conseguissem entrar no mercado norte-americano ainda seriam repassadas para as empresas dos Estados Unidos, as mesmas que competiriam com os produtos brasileiros pelo mercado.

"Ficou provado que, se os países se unirem, poderão ter mais vitórias contra o protecionismo", afirmou um diplomata brasileiro.

Resta saber agora se as empresas brasileiras que tenham sofrido perdas diante da lei norte-americana poderão pedir, na Justiça dos Estados Unidos, compensações financeiras. Antes, porém, a Casa Branca certamente irá apelar da decisão da OMC.


Carne gaúcha receberá incentivo federal
Os produtores gaúchos de carne receberão incentivo extra do governo federal para recuperar as perdas geradas pela aftosa. "Vamos reforçar a prospecção de clientes em países como Chile, Hungria e Noruega", afirma a gerente da Agência de Promoção às Exportações (Apex), Dorothéa Werneck. Para impulsionar a retomada do setor, o pagamento das cinco parcelas a que o consórcio gaúcho ainda tem direito dos R$ 445 mil disponibilizados pela Apex será antecipado. "Além disso, serão injetados novos recursos neste projeto", destaca Dorothéa.

O valor ainda não foi definido, e será acertado entre a Apex e o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs). Além de aumentar o orçamento, o governo também vai aumentar o prazo de incentivo dado ao projeto, que acabaria em maio de 2003.

Para recolocar a carne gaúcha no mercado externo, será financiada a participação das empresas em feiras nacionais e internacionais. Também está previsto, segundo Dorothéa, a organização de missões empresariais para outros países. "Queremos, ainda, trazer importadores de carne para conhecer o produto gaúcho", planeja a gerente.

Dorothéa declarou-se satisfeita com os resultados dos projetos que a Apex financia no Estado. Ontem, ela esteve na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) reunida com representantes dos consórcios de vinhos, plástico, mármore e granito e utilidades domésticas. Hoje ela terá encontros com os produtores de calçados e equipamentos para o setor calçadista, em Novo Hamburgo. Os empresários do setor de artefatos de borracha também terão reunião com a gerente. "O Rio Grande do Sul é o estado com maior número de projetos apoiados pela Apex, e estamos muito felizes com os resultados, principalmente porque beneficiam um grande número de empresas de pequenos porte", afirma.


Artigos

A política e a regressão oral
João Gomes Mariante

A primeira experiência do ser humano, ao nascer, está no contato com o seio materno. É sempre útil esclarecer, à guisa de abstração, que o "seio bom" ou "mau" não está, necessariamente, vinculado a fatores fisiológicos e nem ao órgão anatômico (seio-teta). Depende mais da ansiedade ou não, de como a mãe amamenta o filho. É preferível a mamadeira dada com amor do que o seio com ódio. Segundo os estudos de Melanie Klein e outros, essa primeira experiência é a principal responsável pela formação da personalidade adulta de todo ser humano, é a fase ou etapa oral. Entre os múltiplos exemplos, a autora ressalta um que vale a pena citar, em relação à fase descrita: trata-se daquele que recai sobre o alcoólatra, quando diz "está mamado", "chupado", e outros que a "vox populi" consagrou. Quando o ser humano está sob a égide de um distúrbio psíquico (angústia, depressão, síndrome de pânico e outros) e não encontra solução, vai buscar no álcool ou em outros tóxicos o "seio perdido". No denominado período, aqui sucintamente descrito, incrusta-se a fase "oral sádica". Com a erupção dos dentes, a criança conta com o primeiro elemento de agressão. É o estágio em que o bebê experimenta fantasias de destruir, de triturar o seio materno, segundo a teoria Kleiniana. Creio que esse período concentra a ontogênese da culpa.

Certamente alguns episódios ocorridos no atual panorama político configuram uma regressão à fase oral.

Jamais a mulher foi tão valorizada e requisitada como agora, para ocupar cargos públicos de relevo. Arriscaria a hipótese de que a penúria, a fome, a desilusão a respeito da grande maioria dos homens públicos, corruptos em número apreciável, determinou profunda transformação na escolha da representação política. Tal decepção com a conduta dos líderes do sexo masculino criou condições para que as preferências recaiam sobre o sexo oposto, aquele que antigamente era tido como "frágil". A totalidade dos partidos está buscando candidatas; uma já teve êxito. Ainda percorrendo a senda das hipóteses, diria que a primeira tentativa configurou uma volta à "fase oral sádica". A dama do clã nordestino foi triturada pelos dentes da "criança-política". Não satisfez a voracidade e passou a representar um "seio mau". Suponho que tal episódio arrefeceu um pouco os ânimos. A tônica no momento é a mulher, mas só para vice. Em matéria de liderança feminina, poder-se-ia comparar o Brasil a uma grande loja sem vitrine, ou carente de outro espaço para que a mulher pudesse sobressair. Ela manteve-se escondida nas prateleiras durante alguns séculos. A última escolha recaiu sobre a bela representante capixaba, mais como um recurso para a valorização da imagem narcísica, possivelmente para neutralizar a do candidato oficial.

É bem possível que tenha predominado no inconsciente dos políticos a fantasia de que ela pudesse incorporar o milagre do Espírito Santo e de significar um "seio bom" para saciar a fome e aplacar as angústias do povo sofredor. Não constitui novidade dizer que, em nosso País, predomina o pensamento mágico num largo espectro. Para ilustrar a assertiva, bastaria citar a quantidade impressionante de religiões primitivas, crendices, sortilégios e outras formas como a magia negra e inúmeros núcleos da prática mágico-animista. A primeira escolha não transmitiu a imagem da mãe confiável. Por isso, decepcionou os "filhos", já tão sofridos com a inépcia dos vários "pais" políticos. Como esses "pais" foram incompetentes para reger adequadamente os bens da "família", preferiram outorgar a responsabilidade à mãe. Inquestionavelmente, estamos assistindo aos últimos e stertores do patriarcado e vislumbrando a ascensão galopante da hegemonia matriarcal.


Colunistas

FERNANDO ALBRECHT

Prisão de vereador Melo...
Nota sobre a troca de acusações entre os vereadores Sebastião Melo (PMDB) e Adeli Sell (PT) sobre a prisão de Melo -, diga-se de passagem - por ter obstaculizado a ação de fiscais, levou Sebastião a enviar carta discordando da posição do colunista quanto à fama adquirida no episódio. Não a nega, mas afirma que Adeli "é representante de um governo especializado em defender banqueiro que não paga imposto". O peemedebista finaliza dizendo que a política "do PFL do PT é porrete no povo e salamaleques com mafiosos e banqueiros".

...gera polêmica na Câmara
Já o vereador Estilac Xavier (PT) também diz ter esclarecido pessoalmente os fatos. Em suma, Sebastião Melo é quem teria agredido um PM, daí sua detenção. E é taxativo: não está entre as atribuições dos vereadores interferir nas ações de competência de agentes do Executivo, no caso os fiscais da Smic. Em suma, Melo extrapolou, garante Estilac. O fato é que ninguém vai aos lojistas e se solidariza com os comerciantes pagantes de tributos, asfixiados pelos badulaques e falsificações que destruíram o comércio legal do Centro.

Ponto.

As estrelas do Sul
Luiz Jacintho Pilla e Cláudio Campos, da revista South Star, são muito bem sucedidos em manter acesa a chama de um veículo reunindo uma fenomenal equipe de mulheres do primeiríssimo time, como terça à noite, no Sheraton. A página pede licença dos colunistas sociais, mas é que o time feminino que comparece é um negócio. A começar pela capa com Fernanda Alvarez Magalhães, valha-nos o bom Deus.

Serra das Hortênsias
As entidades empresariais e comunitárias de Gramado, além do Executivo, informam que não estão parados com relação aos roubos de carros importados, pelo contrário. Providências estão sendo tomadas e a prefeitura deverá ter uma pasta ou órgão para ajudar a segurança pública. O problema está sendo encarado de frente.

Por falar em segurança...
...a informação da página de que os carros roubados no Estado alimentam o crime organizado, inclusive o tráfico de armas e o terrorismo, levou um leitor a recomendar um livro, encontrável nos Estados Unidos, chamado Red Cocaine , de Joseph D. Douglass. Relata as ligações entre o crime organizado e "movimentos sociais estrambóticos" que pululam por aqui. O autor clareia o obscuro elo que une esta turma.

Novidades da noite...
Está definido o cronograma definitivo do fechamento e abertura de famosas casas noturnas da Capital. A Dado Bier da Nilo Peçanha fecha definitivamente suas portas dia 4 próximo; dia 3 de setembro a cervejaria abre seu espaço no Bourbon Country ; dia 5 de setembro ele abre, em parceria com Pedro Mello, a danceteria Caldeira, na antiga sala das caldeiras da Renner, no DC Navegantes. A idéia é mudar o eixo da noite.

...com novo cronograma
A Caldeira era para abrir em agosto, mas Dado Bier acredita piamente no ditado que diz "agosto é o mês do desgosto". Com relação à casa da Nilo Peçanha, houve a intenção de se abrir lá uma super academia, uma associação de paulistas com franquia americana, mais um grande empresário gaúcho da área de comunicações. Mas não houve acerto e o prédio, cujo terreno é da Condor, aguarda outra nobre destinação.

Sai de baixo
Como antecipado pela página, é duríssima a resposta do jornalista Lauro Schirmer, da direção da RBS, à entrevista do jornalista Augusto Nunes publicada na Press. Duríssima é apelido, é pesadíssima. Haja espanador, perdão, ventilador. O próximo número publica a carta na íntegra.

Vício socialista
Essa é boa. Em discurso aos jovens cubanos, Fidel Castro conclamou a rapaziada a abolir os vícios capitalistas como a prostituição. Como Fidel está no poder há 42 anos e não existe capitalismo por lá, conclui-se que a prostituição que em Cuba dá mais que xuxu em cerca é, também, um vício socialista. Só não contaram para o Fidel.

Aeroporto da Serra
O diretor do Departamento Aeroportuário do Estado, Marco Aurélio Franceschi, faz um adendo sobre a nota do novo aeroporto na Serra: não existe um projeto e sim um estudo de áreas para instalações de outro aeroporto, caso a demanda exija no futuro. Sobre o valor, estimado em R$ 120 milhões, Franceschi esclarece que trata-se apenas de uma estimava pessoal, com base no que foi gasto no Salgado Filho.

O diretor ressaltou, ainda, que o Governo gaúcho investiu cerca de R$ 3,5 milhões no Aeroporto de Caxias do Sul, que está em plenas condições de ser internacionalizado. "A única razão para isto não ter ocorrido, se deve ao fato de que nenhuma empresa aérea se interessou em instalar linhas internacionais regulares por falta de demanda".

Apresentadora Andrea Mognon completa três meses de sucesso no Viva Bem, no SBT.

Aurora conquistou várias medalhas da International Wine and Spirit Competition.

Embaixador alemão, Uwe Kaestner, pode estar na posse de Artur Zanella no Rotary, dia 25.

DMW Assessoria Tributária recebe o Top of Bussiness amanhã em São Paulo.

É da M+A Multiagência a campanha dos 178 anos da emigração alemã no Vale dos Sinos.

Projeto Soriano Pintando a Serra estará dia 20 no Hotel Serra Azul de Gramado.

Prefeito de Canoas, Marcos Ronchetti, lançou editais para a construção de quatro obras.

Procergs lançou pontos em mais 22 municípios. Economia para usuários do Via RS.


Editorial

GOVERNAR É APOIAR A CONSTRUÇÃO CIVIL E MORADIAS BARATAS

Pelo menos os candidatos a presidente têm algo em comum e que é bom para o Brasil, dar importância a um plano persistente, de médio e longo prazo e que diminua o déficit de seis milhões de moradias. Com efeito, desde a extinção do Banco Nacional da Habitação, o saudoso BNH, através do qual milhões de brasileiros adquiriram a famosa "casa própria", não foi feito algo abrangente no setor. Restou, isolada e com um bom trabalho, a Caixa Econômica Federal, que tem financiamento para diversas faixas salariais, abrangendo quem ganha de três salários mínimos em diante, imóveis novos e usados. Porém, mesmo que a CEF venha conseguindo, ano após ano, bater seus próprios recordes e financiando mais e mais famílias, não atende a demanda, a explosão populacional sempre ganha esta partida inglória há duas décadas. A população aumenta em torno a 1,6 milhão de pessoas anualmente e é um quinto desse número, na teoria, igual às residências que deveriam estar sendo construídas. Como isso não ocorre, é cada vez maior o déficit, desde as grandes cidades, passando pelas de porte médio, as pequenas e chegando ao meio rural. É um problema crônico e que afeta por demais a estabilidade social e influencia na formação das famílias e ajuda, inclusive, na dissolução de matrimônios, por causa do autêntico "amontoamento" a que são obrigadas milhões de pessoas em todo o País.

A realidade mostra que os jovens estão casando, saem da casa dos pais mas, logo adiante, retornam, por falta de condições de se sustentar, a principal delas pagar um aluguel ou manter a prestação de financiamento habitacional. Aliás, um dos grandes empecilhos que a Caixa Federal enfrenta é a elevadíssima inadimplência, a maior causa dos prejuízos que teve nos últimos tempos. Mas, existe uma reserva do FCVS de R$ 15 bilhões em poder de bancos particulares, os quais deverão aplicar R$ 150 milhões mensais na habitação, nos próximos 100 meses, ajudando a esforçada Caixa Federal, além de investirem parte dos recursos da caderneta de poupança e do FGTS, o que não fazem. Até os anos 70 os noivos casavam e deixavam os lares do pai e da mãe, pois ter a casa própria era o s onho a ser concretizado. Casar era mandar na própria vida, pagar suas contas, gastar como melhor lhes aprouvesse e assim por diante, era a liberdade juvenil. Hoje, casar é assumir compromissos difíceis para a maioria, despesas, o lado "ruim" do casamento, com doenças, rotina, realidade de ver o cônjuge mal arrumado, cansado, indisposto. Nesta soma, mais a falta de moradia, vem o retorno ao lar, às vezes casamento desfeito. É que acaba o charme dos encontros semanais, sempre o moço e a moça bem arrumados, perfumados, arrulhos amorosos em bares e danceterias da moda, tudo culminando por uma romântica noitada em motéis, ou seja, fantasia pura.

Portanto, estamos saudando a consciência demonstrada por aqueles que desejam governar o Brasil, apontando no rumo de metas para a construção civil, como construir 300 mil moradias anuais e investir em conjuntos habitacionais para a classe média baixa, que está longe dos financiamentos. Isso só será possível com uma ação conjunta da União, dos governos estaduais e das prefeituras, a quem caberá doar os terrenos urbanizados, servidos, o maior custo para que sejam erguidos núcleos populares. Caso um esforço sério for feito, a construção civil dará não apenas um lar para milhões que o desejam, mas ativará a economia, gerando empregos, numa cadeia produtiva das mais importantes, totalmente nacional. Se o presidente Washington Luiz disse, há 75 anos, que "governar é abrir estradas", podemos parafraseá-lo e repetir que, agora, "governar é construir casas e apartamentos em todo o Brasil, o mais rápido possível".


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07/18/2002


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