Cândido: governo está sabotando a Petrobras
Como complemento da estratégia destinada à venda da empresa, a diretoria da Petrobras estaria investindo recursos na contratação de serviços de terceiros para a manutenção de plataformas, refinarias e tubulações, como se os funcionários não fossem preparados o bastante para realizar essas tarefas. Conforme o senador, o corpo de trabalhadores da Petrobras tem sido responsável por evitar danos humanos e materiais mais graves em recentes episódios. Um deles foi o vazamento de gás GLP em um duto da Petrobras, no dia 15 de junho, em trecho da rodovia Castelo Branco próximo a São Paulo. Outra ocorrência, registrada em maio deste ano, foi o rompimento de um oleoduto dentro de um condomínio de luxo em Barueri (SP).
- Não se pode alegar surpresa com tais acidentes, pois vêm ocorrendo ao longo dos seis anos e meio do mandato de um homem que pretendia ser o novo Juscelino Kubitscheck, que preconizou o fim da Era Vargas e está levando o país ao tempo das lamparinas e lampiões - disse Cândido. Ele lembrou que os sindicatos de petroleiros e a Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet) têm feito constantes alertas sobre as possibilidades de acidentes.
O senador propôs em seu discurso a demissão da atual diretoria da Petrobras, encabeçada por Henri Philippe Reichstul, que estaria sem "autoridade moral" para administrar a empresa. Para o senador, a substituição da diretoria da Petrobras e a punição dos verdadeiros culpados pelos acidentes em suas instalações, assim como pelas repercussões ambientais, seria uma forma de diminuir a impunidade no Brasil.
21/06/2001
Agência Senado
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