Carlos Bezerra pede pressa em estudos de impacto ambiental sobre terminal no Rio Paraguai



O senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) defendeu a aceleração de estudos pelo Ministério dos Transportes para elaboração de Relatório de Impacto Ambiental (Rima) referente à implantação do terminal de embarque de soja em Morrinhos, na área pantaneira da hidrovia Paraguai-Paraná.

A implantação do terminal de Morrinhos - no trecho do rio Paraguai entre as cidades de Cáceres, no Mato Grosso, e Corumbá, no Mato Grosso do Sul - vem sofrendo forte oposição de ambientalistas, segundo o senador. Para ele, a solução está no "desenvolvimento de estudos, objetivos e serenos, que levem a um Rima base para decisões sensatas sobre a implantação do terminal".

Aqueles que querem o desenvolvimento econômico e social do Mato Grosso receiam, conforme o senador, que os estudos do Rima estejam sendo retardados para que não se chegue à decisão alguma sobre o terminal de Morrinhos.

- Bloquear os estudos é uma intolerável deslealdade para com o povo de Mato Grosso - argumenta Carlos Bezerra.

Ele dá razão, entretanto, aos ambientalistas que reivindicam condução às claras e consensuais do processo e se diz convencido do alcance simultâneo de progresso e respeito ao meio ambiente. Preservar o Pantanal interessa a Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, observa o senador, enfatizando do mesmo modo a importância da navegação e, portanto, do desenvolvimento da hidrovia Paraguai-Paraná para a atividade econômica da região.

O terminal de Morrinhos, explica o senador, evitaria o tráfego de comboios de balsas no trecho de mais difícil navegação e maior atrito com o meio ambiente - nas margens do rio ricas em fauna peculiar do Pantanal. Carlos Bezerra ressalta ainda a importância da navegação para escoamento da soja do Mato Grosso, cuja produção anual é de nove milhões de toneladas, e lembra ainda que a hidrovia reduz o tempo e custos de transporte até os portos.

Mas ele apóia a idéia de um tráfego de "comboios magros" no rio Paraguai, limitados a barcaças de mil toneladas e a velocidades de 10 quilômetros por hora, de modo a se adaptar às caraterísticas do rio e da região.

04/07/2001

Agência Senado


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