Carlos Wilson diz que o Nordeste precisa de respeito, não de esmolas
Na opinião do senador, o que se pretende com essa idéia é criar um novo órgão que será alimentado não por recursos oriundos de incentivos fiscais, mas por recursos do Tesouro, estritamente orçamentários, "o que equivale a colocar os destinos do Nordeste na dependência exclusiva da combalida força orçamentária de um estado descapitalizado e em crônica crise fiscal".
Sustentando que esse novo órgão nada teria a ver com a idéia original de Juscelino Kubitschek e Celso Furtado, Carlos Wilson entende que esse será um sucessor ilegítimo da verdadeira Sudene, que dela não conservará o principal: "sua maioridade política e financeira, origem de seus inúmeros êxitos".
No entender de Carlos Wilson, se essa idéia for adiante, a nova Sudene ficará reduzida a mera instância administrativa, tutelada pela esfera federal e dependente de verbas exclusivamente do Tesouro e "da boa vontade do governante de plantão, dada a natureza apenas autorizativa do Orçamento da União".
O senador informou que os articuladores dessa idéia já querem aprovar na Câmara uma emenda obrigando o governo a liberar recursos do orçamento para essa nova Sudene. Carlos Wilson acrescentou que a maioria dos governadores nordestinos, que se omitiram no papel que deveriam representar no Conselho Deliberativo da Sudene, quando ela existia, e que calaram quando o governo decidiu extingui-la, agora reaparecem para desempenhar o papel de "mendicantes do Palácio do Planalto".
12/11/2001
Agência Senado
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