Casagrande defende aplicação na saúde de arrecadação extra do IOF



O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande, considerou, em entrevista à Agência Senado, equilibradas as medidas na área tributária anunciadas, na quarta-feira (2), pelo governo federal. Para compensar a perda de arrecadação de R$ 40 bilhões decorrente do fim da CPMF, o governo decidiu elevar a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em 0,38 ponto percentual e a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) do setor financeiro de 9% para 15%. Casagrande defendeu que, dos R$ 10 bilhões que devem ser arrecadados este ano com o reajuste das duas alíquotas, R$ 8 bilhões - oriundos do IOF - sejam aplicados na saúde.

Na sua avaliação, essa seria uma forma de o governo federal amenizar os prejuízos da população com o aumento do IOF, já que a medida vai elevar o custo das operações de crédito. O senador socialista também elogiou o corte nas despesas de custeio e investimento nos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) em R$ 20 bilhões.

- A readequação de despesas é importante e acredito que o governo ajustou o orçamento de forma responsável. Não considero o reajuste das alíquotas do IOF e da CSLL um problema. Acho que as medidas são corretas e equilibradas - comentou.

Enquanto o aumento do IOF será feito por decreto presidencial, a majoração da CSLL deverá ocorrer por medida provisória, a ser submetida à apreciação do Congresso Nacional. Em entrevista à Rádio Senado, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) disse que a oposição vai se empenhar para impedir a aprovação dessa medida provisória. Casagrande acolhe essa postura oposicionista como legítima, mas a vê como parte da estratégia de se criar dificuldades ao governo Luiz Inácio Lula da Silva de olho nas eleições presidenciais de 2010.



03/01/2008

Agência Senado


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