Casildo Maldaner: Problemas de logística e burocracia são entraves para a economia
Problemas de logística, burocracia e altos impostos emperram a expansão de vários setores da economia do país, afirmou nesta quarta-feira (9), em Plenário, o senador Casildo Maldaner (PSDB-SC). O chamado "custo Brasil", segundo ele, compromete a competitividade, o crescimento e a geração de empregos.
O parlamentar citou como exemplo as dificuldades para as grandes redes de lojas têxteis e para a agroindústria do oeste de Santa Catarina, onde estão sediadas, por exemplo, cooperativas agrícolas e criações de gado, suínos, aves e seus derivados.
- A carência de rodovias, ferrovias, aeroportos, ligações intermodais que façam conexão com nossos portos, encarece brutalmente os custos de produção - lamentou.
Casildo Maldaner mencionou também o transporte do milho da região Centro-Oeste por via rodoviária, que eleva os custos e, muitas vezes, impede a atividade de pequenos produtores, que não conseguem suportar as variações. Além dos obstáculos na destinação dos grãos até os portos, prejudicando a exportação e a competitividade internacional.
A burocracia, igualmente, foi apontada pelo senador como um entrave. Para ele, a questão, está intrinsecamente ligada à questão tributária. Estudo realizado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) relevou que a indústria de transformação gastou cerca de R$ 24 bilhões somente para pagar tributos no ano passado, valor que representa 10% da folha de pagamento do setor e o dobro do que investiram em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
- O fisco consome uma fatia superior a 40% do rendimento bruto para pagamento de tributos sobre os ganhos, consumo, patrimônio e outros. São cinco meses completos destinados unicamente ao pagamento de impostos - explicou.
Casildo Maldaner ressaltou que o problema da infraestrutura concerne quase que exclusivamente ao Poder Executivo, mas as soluções para combater a burocracia passam, essencialmente, pelo Legislativo. As mudanças, acrescentou, exigem planejamento e coordenação nas esferas federal, estadual e municipal, que devem ser igualmente harmonizadas com as necessidades da iniciativa privada.
- Ao superarmos essa improdutiva oposição entre setor público e privado e trabalharmos juntos, tenho certeza, avançaremos, em benefício de todo Brasil – afirmou.
09/10/2013
Agência Senado
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