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Em comunicado, o DEM argumenta que, "ao contrário do que proclama o parecer da Advocacia-Geral da União, o presidente da República não tem amplo poder discricionário para avaliar a presença de razões para supor o agravamento da situação do criminoso".

Segundo o presidente da legenda, Rodrigo Maia, o presidente da República "tem menos ainda [poder discricionário] no presente caso, uma vez que, no afã de tentar demonstrar uma eventual perseguição a Battisti, o parecer se baseou exclusivamente em matérias jornalísticas que, segundo o Supremo Tribunal Federal, não servem de prova robusta para absolutamente nada".

Para o DEM, apenas o Supremo tem competência para julgar extradição solicitada por Estado estrangeiro. Rodrigo Maia diz que "tanto isso é verdade que tal questão foi expressamente apreciada pelo Supremo Tribunal Federal no específico caso de Cesare Battisti".

Em novembro de 2009, o Supremo autorizou a extradição de Cesare Battisti após analisar solicitação do governo italiano, mas deixou a decisão final para a Presidência da República. Battisti foi condenado na Itália sob a acusação de quatro assassinatos, na época em que teria sido membro de um grupo de esquerda. Ele alega inocência. Atualmente, está preso em Brasília.

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