Cecilia Hypolito defende mobilização contra a violência



“O assassinato do prefeito Celso Daniel é resultado da omissão dos governos que têm desmantelado as estruturais estatais, demitido pessoal e cortado investimentos em áreas essenciais como a segurança. Dessa maneira, o país caminha para uma situação de guerra civil não declarada e, por isso, é preciso reagir.” A afirmação é da deputada Cecilia Hypolito (PT), sobre a morte do prefeito de Santo André, ocorrido na última sexta-feira, em São Paulo.

Cecilia acredita que o crime contra o seu companheiro de partido teve motivações políticas e que deve ter o envolvimento do crime organizado, do narcotráfico ou até mesmo de uma extrema direita que ainda não mostrou sua cara. “Este é mais um crime que afronta não só os petistas, depois do assassinato do Toninho do PT (então prefeito de Campinas, morto em setembro último) como toda a sociedade”, afirma. Ela lembra que quase cinco meses depois do crime contra Toninho do PT, nenhuma resposta satisfatória foi dada pelas autoridades federais.

Conforme a deputada, os governos federal e estadual de São Paulo devem apurar o crime com profundidade e urgência. “Nós, petistas, e a sociedade em geral, não devemos assistir de braços cruzados ao avanço da violência. Iremos nos mobilizar contra ela”. Somente no último ano, 37 prefeitos e senadores petistas foram ameaçados de morte por cartas e emails por uma organização que se autodenomia Frente de Ação Revolucionária Brasileira (Farb).

A violência cresce no país sem que o governo federal nem a maioria dos governos estaduais busquem alternativas ao sistema atual de segurança pública, critica a parlamentar. “Temos uma polícia mal remunerada, desaparelhada, em parte contaminada pela corrupção e, portanto, quase impotente diante dos criminosos”, afirma Cecilia. Resultado disso é que, somente em São Paulo, entre 1998 e 2000, os índices de seqüestros aumentaram em 700%. Isso significa uma vítima a cada 30 horas.

Para alterar esse quadro, enfatiza a parlamentar, é preciso que os governos instituam um modelo novo de polícia, integrado, qualificado, capaz de agir com eficiência sempre que necessário sem, em nenhum momento, desrespeitar os princípios de direitos humanos.

01/22/2002


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