Gilvam Borges defende mobilização nacional contra a violência
O senador Gilvam Borges (PMDB-AP) defendeu nesta sexta-feira (16), em Plenário, uma mobilização nacional como forma de combater a violência. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria reunir as lideranças políticas, representantes da mídia e pesquisadores universitários para discutir a adoção efetiva de medidas que favoreçam o bem-estar da população e o crescimento econômico do país.
- Acredito em solução a médio e longo prazos, medidas emergenciais podem ser tomadas. Ora, temos grandes inteligências profissionais da mais alta competência e não custa realizar um seminário. Basta o presidente Lula convocar um colegiado para um fim de semana, discutir a unificação da legislação e ver o que precisa ser feito. Há projetos que estão no Congresso há mais de 15 anos. Está faltando simplesmente decisão política e objetividade para que possamos traçar uma estratégia e fazer a mobilização socioeconômica - sugeriu.
Na avaliação de Gilvam Borges, diversos setores da sociedade brasileira estariam capacitados a oferecer e a aprimorar as diretrizes de combate à violência que vêm sendo discutidas pela classe política.
- Temos força e potencial gigantesco que só precisa ser mobilizado com inteligência. O que custa o presidente Lula convocar todas as universidades na área de segurança, trazer as melhores cabeças, reunir cem pesquisadores? A universidade tem quadros especialíssimos para dizer qual o remédio. A violência está na cabeça das pessoas, na cultura que está se estabelecendo e está sendo reforçada pela mídia nacional. O que custa o pessoal se reunir em um final de semana? Em quinze dias, é possível fazer uma reunião estratégica para se ter o norte a seguir - argumentou.
De acordo com o senador pelo PMDB do Amapá, o Brasil vive um momento decisivo de liderança política na América Latina. Com isso, afirmou, a violência precisa ser combatida a médio e longo prazos.
- Se pudesse, diria a Lula: cancele as agendas social e administrativa, deixando-as para a parte da noite, e priorize a agenda estratégica. Diria ao presidente e articuladores políticos que convocassem vários segmentos em encontro emergencial. Ele receberia os líderes. Depois de três horas, sugeriria que convidasse todos os veículos de comunicação para traçar uma agenda positiva. Em vinte dias, o presidente estaria conversando com o país diretamente, objetivamente; um diálogo centrado, específico, de propostas produtivas, que poderia efetivamente fazer uma coisa revolucionária pelo país - avaliou.
Gilvam Borges também lembrou que a mobilização social contra a violência precisa ocorrer em oposição à organização das facções criminosas.
- Quem comanda o crime está lá, todo mundo sabe como funciona. Os grandes ataques, com distorções de guerrilha e seqüestro, são comandados de dentro da cadeia. Precisamos fazer um encontro para estabelecer uma política repressiva - defendeu.
Os senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Cristovam Buarque (PDT-DF) manifestaram apoio aos argumentos de Gilvam Borges.
- O governo precisa lançar um programa de aceleração do crescimento do Brasil inteiro. Pena que esteja fazendo isso sem visão global e total do projeto nacional. Nós, aqui, talvez possamos colaborar com o governo. E fazer um PAC, um programa de aceleração do Brasil - disse Cristovam, referindo-se ao Programa de Aceleração do Crescimento, lançado pelo presidente Lula no final do mês passado.16/02/2007
Agência Senado
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