Edifício histórico no Rio de Janeiro (RJ) é tombado pelo Iphan



Em reunião nessa quarta-feira (3), conselheiros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) votaram para que o Edifício fosse reconhecido tanto no livro de tombo histórico como no livro de belas artes. A medida impede também que sejam realizadas modificações na estrutura física do edifício. A formalização do tombamento será feita nas próximas semanas.

O edifício foi inaugurado em 7 de setembro de 1929. Segundo o parecer do Iphan, o prédio é emblemático tanto pelo aspecto estrutural e arquitetônico, quanto por seu significado cultural. Além disso, é considerado um marco da modernidade do Rio de Janeiro, então capital brasileira.

Os 22 pavimentos do primeiro arranha-céu brasileiro reunia multinacionais, como a Pan Am e Philips, agências de notícias e os consulados dos Estados Unidos e Panamá. O edifício de concreto armado abrigava também os estúdios e o auditório da Rádio Nacional, que no início do século XX era o centro da vida cultural. Pelos corredores do Edifício A Noite circulavam artistas como Cauby Peixoto, Emilinha, Marlene, Dalva de Oliveira e Francisco Alves.

História

Dominando a Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro, o Edifício A Noite lembra os anos de glória da região, quando artistas, empresários e políticos eram atraídos pela vida em torno de multinacionais, agências de notícias, consulados e principalmente da Rádio Nacional. Em 1928, o antigo Liceu Literário Português deu espaço a um edifício com 22 pavimentos e estrutura em concreto armado, edificado para abrigar o Jornal A Noite, um projeto do francês Joseph Gire, autor do hotel Copacabana Palace e do Palácio Laranjeiras, e do arquiteto brasileiro Elisiário Bahiana, tendo Emilio Baumgart como calculista estrutural.