César Borges ataca Lula por promessas não cumpridas
O senador César Borges (PFL-BA) citou nesta quarta-feira (26) uma série de promessas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não cumpridas, como as metas do programa Primeiro Emprego (260 mil novas vagas todos os anos) e das Parcerias Público Privadas (PPPs). Para o parlamentar baiano, o governo está iludindo a população por meio de propaganda.
César Borges observou que, em três anos, o programa Primeiro Emprego criou apenas 3.936 vagas, razão pela qual está sendo desativado. No caso das PPPs, o senador disse que nenhuma foi criada, frustrando a expectativas do empresariado e da população.
- Por meio do ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), ficamos sabendo que o governo faria nem que fosse uma pinguela, para dar a impressão de que as PPPs haviam saído do papel, mas o que vemos é um fracasso desta e de outras promessas - disse o senador.
O parlamentar pefelista mencionou também como exemplo de fracassos o novo modelo do setor energético, os investimentos em saneamento, a nova Sudene, as melhorias no atendimento do INSS, o chamado "espetáculo do crescimento econômico"; a criação de dez milhões de empregos, a construção de dez presídios federais, a queda nas taxas de juros, e o aumento do salário mínimo em 100%.
Sobre o desempenho da economia, César Borges chamou atenção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 2,3% em 2005, um percentual maior apenas do que o do Haiti, no continente americano. Uma das razões para esse fraco dinamismo seria o elevado patamar dos juros, a despeito da ausência de crises externas e ataques especulativos.
Para o senador, "é um engodo" dizer-se que o governo está preocupado com educação, setor no qual o país está igualmente situado ao nível do Haiti. César Borges mostrou-se irritado porque o governo apropria-se de conquistas coletivas, como seria o caso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), de responsabilidade dos estados e municípios e com participação da União de apenas 10%.26/04/2006
Agência Senado
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