César Borges critica modelo de Farmácia do Povo



A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Salvador (BA), na semana passada, para inauguração da primeira de uma série de farmácias populares, foi motivo de protesto do senador César Borges (PFL-BA). Ele criticou o que denominou de exploração política do evento pela equipe governamental e questionou a validade do programa para beneficiar a população carente.

O programa é vazio, um factóide feito para dar mídia e não representa nada diante das necessidades do povo do país e da Bahia. Os entendidos dizem que ele não vai atender às pessoas pobres, pois estas não têm recursos para comprar remédios - reclamou César Borges, acrescentando que, também segundo informações que recebeu, a pessoa que adquiriu o primeiro medicamento teria recebido o dinheiro para a compra do remédio da própria equipe organizadora da inauguração.

César Borges disse que a população baiana não aceita o fato de o governo federal, depois de 17 meses de atuação, não ter levado nenhuma obra de porte para o estado onde Lula recebeu a maior votação quando eleito. De acordo com ele, a Bahia precisa de recursos para continuação do metrô, para obras de infra-estrutura e para a construção de moradias populares.

A utilização de recursos das prefeituras ou das Santas Casas de Misericórdia para instalação das farmácias populares também foi contestada pelo senador. Para ele, essa é uma situação injusta, pois caso as Santas Casas não concordem com a implantação das farmácias ficam arriscadas de não receber os repasses do Ministério da Saúde e as prefeituras já estão endividadas, observou.

O parlamentar baiano criticou ainda a exploração eleitoral do evento, pois, conforme relatou, Lula estava acompanhado de vários ministros e de uma -claque- de partidários do PT destinada a vaiar o prefeito de Salvador Antonio Imbassay e o governador Paulo Souto. Imbassay, explicou César Borges, é candidato pelo PFL à reeleição e adversário do candidato petista Nelson Pellegrini. -O governo tenta levantar uma candidatura que está em franca queda-, detectou César Borges. O senador Romeu Tuma (PFL-SP), em aparte, apoiou as críticas do orador e disse que considera os medicamentos no país muito caros.



09/06/2004

Agência Senado


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