César Borges: PAC prevê projetos que já poderiam estar em execução



O senador César Borges (PFL-BA) declarou em Plenário, nesta segunda-feira (5), que o governo federal se comprometeu, ao anunciar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a realizar projetos que já existiam "nas gavetas de diversos ministérios" e que já poderiam estar sendo executados. Segundo o parlamentar, tais propostas "foram solenemente ignoradas" durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

- Agora, o presidente da República se comprometeu publicamente e por escrito. Tenho de louvar essa atitude. Mas nós vamos cobrar a execução dos projetos - afirmou ele.

César Borges disse que acompanhará com atenção especial os investimentos em infra-estrutura previstos para o Nordeste e, particularmente, para o estado que representa, a Bahia. O senador afirmou que "o nível de investimento do governo Lula até hoje é pífio".

- Será diferente agora? - questionou ele, lembrando que Lula, durante o primeiro mandato, prometera um "espetáculo do crescimento" que não ocorreu.

Em aparte, o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), disse que parte dos investimentos públicos do PAC, para se tornarem realidade, pressupõem receitas decorrentes de um crescimento de 5% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB).

- Mas especialistas econômicos afirmam que, infelizmente, não cresceremos 5% em 2007. No máximo, cresceremos 3,5% - argumentou Agripino.

Também fizeram apartes ao discurso de César Borges os senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Mário Couto (PSDB-PA).

O PAC, anunciado pelo governo federal em 22 de janeiro, prevê investimentos totais de R$ 503,9 bilhões até 2010. Esses recursos teriam origem na União, em estatais e no setor privado.



05/02/2007

Agência Senado


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