Ciro assegura que não dará calote na dívida








- Ciro assegura que não dará calote na dívida

- Não esperem do candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, um ar de vitória diante da boa performance nas últimas pesquisas eleitorais. Ele está feliz, mas acha que tem um longo caminho pela frente. "Até há uma semana, estava gramando sozinho no deserto", disse.

No primeiro debate da Agenda Brasil um projeto que une "Jornal do Brasil", "O Dia", revista "Forbes" e Rede Bandeirantes, Ciro foi sabatinado sobre seu programa de governo. Assegurou não ter prometido cargos aos aliados e que não dará calote na dívida pública.

"Vamos pagar tudinho. Mas é preciso alongar o prazo de forma negociada", afirmou. O candidato do PPS não irá "vender a alma para ser presidente" e, se para chegar ao Planalto tiver que fazer muitas concessões, prefere ficar na oposição. (pág. 1 e A-12)

- Seja com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seja com Ciro Gomes (PPS), as centrais sindicais que apóiam os dois candidatos à Presidência da República devem manter suas diferenças intactas no próximo governo, indiferentes ao fato de estarem a um passo do poder no Brasil.

E o que não falta são farpas, lançadas de lado a lado para deixar bem delimitadas as áreas de conflito entre a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical.

As duas instituições, somadas, reúnem mais de 25 milhões de trabalhadores. (pág. 3)

- O senador Roberto Freire, presidente nacional do PPS, jura que não é profeta. Em maio, em entrevista concedida ao "Jornal do Brasil", o veterano comandante dos herdeiros do velho Partidão vaticinava que a candidatura do senador José Serra (PSDB) à Presidência da República corria razoável risco de morrer na praia.

Freire diagnosticava ali as dificuldades do tucano em agregar em torno de si as mesmas forças que ajudaram Fernando Henrique Cardoso a chegar ao Palácio do Planalto tem 1994. E a se manter nele até passar o cargo aos sucessores. (pág. 10)

- (Rio e Brasília) - A desaceleração da indústria automotiva no Brasil prova que não há espaço para as 11 montadoras atualmente instaladas no País. A avaliação é de especialistas do setor, que apontam caminhos para o futuro como fusão, abandono do País ou até mesmo fechamento de empresas.

"Não tem mercado para todo mundo. Uma ou outra montadora terá que sair do País", diz o gerente e especialista do setor automotivo da consultoria Booz Allen & Hamilton, David Wong. Segundo ele, o fenômeno não é exclusivo do Brasil.

Por isso, estima que só restarão oito montadoras no mundo, após um processo de fusões e aquisições que começa a ser identificado com a integração de linhas de produção da Fiat e da General Motors. O professor Mário Sérgio Salerno, da Escola Politécnica da USP, tem a mesma avaliação de Wong. (pág. 14)

- Trânsito caótico, crescimento acelerado das favelas e aumento da violência estão entre os desafios que o Rio terá pela frente. A convite do "Jornal do Brasil", especialistas de diversas áreas traçaram um panorama da cidade na próxima década, com base em informações do IBGE.

Em 2012, seremos 6,3 milhões de habitantes - contra os 5,8 milhões de hoje - e a concentração de automóveis será semelhante à de São Paulo hoje. Com uma agravante, a falta de vagas de garagem em favelas, o que desafiará os urbanos.

De acordo com a projeção de técnicos em saneamento, os investimentos recentes no setor serão anulados pela expansão das favelas - que hoje crescem seis vezes mais rápido que a cidade formal e já abrigam 20% da população do Rio. (...) (pág. 1, C-1 e C-2)

- O Exército do Chile já começou a estudar deslocamento de tropas para combater a guerrilha na Colômbia. Trinta coronéis e tenentes-coronéis da turma do terceiro ano da Academia de Guerra - a equivalente chilena da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército do Brasil - estudam, desde janeiro, a operação.

Seriam três batalhões de infantaria, cerca de 2.600 homens, em território colombiano, como parte de uma força multinacional chefiada pelos Estados Unidos, sob o comando da ONU.
Detalhes do planejamento foram descobertos em abril pela agência Red Táctica, escritório de consultoria de Washington, especializado em negociação de armamentos na América Latina. (pág. 1 e A-17)


Colunistas

AUGUSTO NUNES

A morte da esfinge (2)

Na maioria dos jornais brasileiros, a morte de Joaquín Balaguer foi confinada em obituários quase tão mirrados quanto o biotipo do personagem. Em poucas linhas, informou-se que morrera, aos 95 anos, um ex-presidente da República Dominicana. Alguns textos menos parcimoniosos acrescentaram que Balaguer ocupara o cargo em sete ocasiões.

Outros, mais clementes com os leitores, lembraram que chegara ao fim uma trajetória iniciada ainda na primeira metade do século passado. A imprensa anda descuidada com a memória histórica.

Balaguer é um morto e tanto, como reafirmam numerosos capítulos da "A Festa do Bode", livro de Mario Vargas Llosa inspirado na ditadura de Rafael Leônidas Trujillo. O homem enterrado em obituários claudicantes era o último remanescente desse período sofrido pela nação dominicana - palco, entre 1930 e 1961, de uma mesma tragédia encenada, em diferentes épocas e circunstâncias, em todos os países abaixo do Rio Grande. (...) (pág. 2)

(Boechat) - A Embraer recebeu um pedido, quinta-feira, para fazer uma inspeção extra nos seus modelos EMB 135 e 145.

A iniciativa partiu da Federal Aviation Administration, que zela pela aviação nos EUA.

O órgão teria sido informado pelo DAC de que jatos fabricados em São José dos Campos podem ter problemas nas peças do estabilizador, causando perda de energia e o controle da aeronave.
Se o problema existir, os reparos devem ser feitos em no máximo 30 dias. (pág. C-2)

(Informe JB - Gustavo Krieger) - Está longe de acabar a briga entre o clã Sarney e os procuradores da República que investigam fraudes na Sudam. Os investidores dizem que a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney e o marido dela, Jorge Murad, podem esperar más notícias. E as próximas virão em agosto, com o encerramento do inquérito que apura desvio de verbas no projeto da agropecuária Nova Holanda. (pág. 6)


Editorial

SINAL DOS TEMPOS

O almoço do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, com o deputado federal Aloizio Mercadante entra para a história dos costumes políticos do País. É prova de maturidade com toques de civilização.

Nunca antes se viu um titã da equipe econômica oficial receber com todas as pompas o articulador do programa econômico do principal partido de oposição, em pleno processo sucessório.
Não importa tanto se o almoço se desdobrará em compromissos futuros. Importa, sim, sua simbologia. (...) (pág. 20)


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07/21/2002


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