Ciro descarta manter na transição Fraga e Malan
Ciro descarta manter na transição Fraga e Malan
'Recomendo que peguem o boné e tomem a reta'
O candidato à Presidência pela Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT), Ciro Gomes, descartou ontem, em Porto Alegre, a manutenção de Armínio Fraga no Banco Central e Pedro Malan no Ministério da Fazenda durante período de transição. 'Eles deveriam desencarnar. Recomendo que peguem o boné e tomem a reta', afirmou. Ciro disse não ter concordado com o novo acordo do governo com o FMI e salientou que ainda está aguardando os documentos com os termos. 'O presidente me prometeu na reunião em que discutimos o assunto, mas não recebi nada', lembrou.
Sobre a possibilidade de mudança na coordenação da campanha, já que aliados estão reclamando do aspecto familiar de sua candidatura, Ciro ressaltou que debaterá as sugestões feitas em reunião com os partidos. Criticou ainda o Tribunal Superior Eleitoral por não lhe conceder direito de resposta pelos ataques do principal adversário na corrida presidencial, o tucano José Serra.
Tarso vê posição favorável do PT
Tarso Genro, candidato ao governo pelo PT, afirmou ontem que o partido nunca esteve em situação tão favorável em pesquisas de opinião como nas divulgadas nestas eleições. Ressaltou que em campanhas anteriores os números apontavam vitória dos adversários já no 1O turno, o que não se concretizou. Ele projetou que a sua candidatura será vitoriosa ainda no 1O turno porque considera excelente a receptividade dos eleitores nas ruas.
Raramente Tarso e o candidato a vice Miguel Rossetto estarão juntos nos roteiros pelo Estado. Tarso disse que adotaram estratégia em que visitarão municípios diferentes para obter grande mobilização da militância. No final de semana, Tarso percorreu Porto Alegre e a região Sul do Estado, onde visitou o assentamento rural em Remanso e realizou comícios em Canguçu, Cassino e Pelotas.
Candidato se compara a Jesus
Em visita à Expointer, ontem à tarde, o presidenciável Ciro Gomes se comparou a Jesus Cristo, ao afirmar que da forma como está sendo atacado pelos adversários todos seriam capazes de chamá-lo de destemperado. 'Vou mencionar aqui o santo nome de Jesus Cristo. Sei que não tenho direito nem de lamber o chão em que pisou, mas essa gente teria chamado Jesus de destemperado e de pavio curto quando ele expulsou os vendilhões do templo', disse. Sobre a situação econômica do país, Ciro salientou que está sendo 'empurrada com a barriga'. O candidato defendeu empenho na redução do déficit interno, a partir de administração austera que permita brutal queda da taxa de juros.
O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, que acompanhou Ciro na visita a Esteio, saiu em defesa do presidenciável dizendo que 'também erra e pisa em casca de banana'. Referiu-se às últimas declarações do candidato, entre elas a de chamar de 'burro' ouvinte de uma rádio na Bahia e dizer ainda que o papel principal na campanha da sua mulher, a atriz Patrícia Pillar, é o de dormir com ele. 'Assim como eu, quem nunca pisou em casca de banana? Ciro não é perfeito', afirmou Brizola. Sobre a queda nas pesquisas, Ciro preferiu comentar apenas que não acredita na maioria dos institutos brasileiros.
Agenda dos candidatos
HOJE
11 Celso Bernardi (PPB)
11h30min: Encontro na CNBB, em Porto Alegre. 15h: Apresentação do plano de governo aos técnicos do Tesouro do Estado no hotel Embaixador. 21h: Glorinha.
13 Tarso Genro (PT-PCB-PC do B-PMN)
10h30min: hotel Embaixador. 12h: hotel Sheraton. 14h30min: Encontro com pastores evangélicos no comitê de campanha. 15h30min: gravação de programas de rádio e TV. 19h30min: Ritter otel.
15 Germano Rigotto (PMDB-PSDB-PHS)
11h: Entrevista no comitê central. 14h: hotel Embaixador. 16h: Lançamento do programa de governo no hotel Everest. 19h30min: Palestra na Faculdade de Direito da PUC.
23 Antônio Britto (PPS-PFL-PT do B-PSL)
MANHÃ
gravação de programas. Tarde: caminhada em Viamão.
Governador do PT entra com recurso
O TSE recebeu ontem, dez horas após o fim do prazo estabelecido, o recurso impetrado pelo governador do Acre, Jorge Viana, do PT, contra a impugnação de sua candidatura à reeleição. O relator, corregedor-geral Sálvio de Figueiredo, enviou os autos do processo ao procurador-geral eleitoral, Geraldo Brindeiro, que tem dois dias para dar parecer. É possível que o TSE julgue a apelação quinta-feira. Segundo Viana, o recurso demorou a chegar porque a coligação que o apóia custeou a passagem e a hospedagem do encarregado de levar o material.
Serra promete verbas ao metrô
Buscará apoio de organismos internacionais para a ampliação do Trensurb
O presidenciável José Serra, do PSDB, prometeu agilizar os recursos para a construção da linha 2 do metrô de Porto Alegre caso seja eleito. Serra deixou o Estado sábado depois de caminhada por um dos trajetos incluídos no projeto de ampliação do Trensurb, na avenida Assis Brasil. O tucano lembrou que serão necessários 600 milhões de dólares para executar a obra com 19 estações na Capital. Para concretizar o projeto, o presidenciável indicou que buscará dinheiro de organismos internacionais. O tucano não teve muito tempo para descansar durante a sua campanha em solo gaúcho entre sexta-feira e sábado. Foram dois dias entre visita à Expointer, showmício em escola de samba e uma maratona de abraços, beijos e cumprimentos em sua caminhada pela zona Norte de Porto Alegre.
Na avenida Assis Brasil, Serra andou a passo rápido, mas não hesitou em parar para o tradicional cafezinho entre abraços e beijos a eleitores, acompanhado da sua candidata a vice, Rita Camata, do PMDB. Foram mais assediados em farmácias e bares. O garoto Murilo Rodrigues Sena, de 4 anos, identificou Serra como 'o homem que está na televisão'.
Numa banquinha de frutas, o tucano não acreditou quando se deparou com laranjas de umbigo, como são chamadas no Sul, ou laranjas Bahia, para o filho de feirante do bairro da Mooca em São Paulo. 'Havia muito tempo que eu não comia esta laranja. Vou levar um pacote com a fruta', decidiu o candidato, que pediu a um assessor para pagar R$ 1,00 pela aquisição. O dono da barraca, o aposentado Darci da Silva, apenas não teve tempo de reivindicar aumento no seu benefício de salário mínimo pago pela Previdência Social.
Rossetto prestará contas da gestão
Aponta que o segundo mandato do PT terá como prioridade a geração de trabalho, emprego e renda
O vice-governador Miguel Rossetto, que concorre à reeleição e se licenciou das suas atividades, visitou ontem municípios do Vale do Caí ontem e declarou que uma de suas principais tarefas na campanha eleitoral é prestar contas do trabalho realizado pelo governo do Estado. 'O programa em torno de Tarso Genro dará continuidade ao processo de inclusão social e de desenvolvimento econômico sustentável que já vem sendo concretizado', afirmou ele, apontando como um dos melhores resultados da administração de Olívio Dutra o fato de que o Rio Grande do Sul tem a menor taxa de desemprego do país. Segundo o IBGE, o índice de julho deste ano foi de 6,9% na região Metropolitana e a média nacional ficou em 8,2%. 'Campanha também é o momento de comemorar conquistas', salientou.
Rossetto fez ainda várias críticas ao governo anterior. 'Foi uma administração desastrosa para o Estado e trouxe crescimento brutal do desemprego', atacou. A prioridade de eventual segundo mandato do PT será, de acordo com Rossetto, a geração de trabalho, emprego e renda no campo e na cidade, com uma estratégia calcada no fortalecimento das pequenas e médias empresas e na agricultura familiar. Outros objetivos são o aumento dos investimentos no serviço público e a expan são das rede de proteção social por meio de projetos como o Família Cidadã e o Começar de Novo, que visa permitir que pessoas com mais de 40 anos voltem ao mercado de trabalho.
Rossetto se declarou otimista quanto à vitória do seu partido nas urnas, tanto para o Palácio Piratini quanto para o Senado e a Presidência da República. 'Se for eleito, Luiz Inácio Lula da Silva terá condições de liderar o crescimento solidário na América do Sul', afirmou ele, que também declarou acreditar que o PT fará grande número de deputados federais e estaduais.
Almeida: há dificuldades no PSB
José Antônio de Almeida e Silva, candidato à vice-presidência na chapa de Anthony Garotinho, do PSB, admitiu sábado, em Porto Alegre, que a falta de dinheiro está limitando a campanha. 'Se o evento é pequeno ou em local mais distante, eu sou escalado', explicou o vice. Ele comentou que muitos apoiadores retiraram as promessas de doações depois do recuo de Garotinho nas pesquisas de intenção de voto. Recentemente, o pagamento de 200 horas de jatinho por um empresário garantiu o deslocamento facilitado do presidenciável. Segundo Almeida, Garotinho está privilegiando o Rio, São Paulo e Minas Gerais. Virá ao Rio Grande do Sul na quarta-feira.
Almeida disse que não tem participado das gravações para o horário eleitoral porque o pequeno tempo que o PSB dispõe faz com que Garotinho apareça mais. Para o vice, o seu partido não adotará nenhuma estratégia contra os adversários José Serra, da aliança PSDB-PMDB, e Ciro Gomes, da Frente Trabalhista. Almeida acha que Garotinho está no páreo. 'Tem posição consolidada nas pesquisas. Precisa se mostrar um pouco mais para crescer', apostou.
Britto apresenta projetos para escola ser o centro
O candidato ao governo do Estado pela coligação Rio Grande em Primeiro Lugar, Antônio Britto, participou sábado da Plenária dos Educadores e Comunidade Escolar, que ocorreu no Colégio Nossa Senhora das Dores, em Porto Alegre. Britto expôs seu plano para educação a professores, alunos, funcionários de escolas e pais. Ele afirmou que fará um programa em que a escola será sede ou cenário de atividades comunitárias e sociais.
Corpo do presidente de honra do PPS sepultado
Foi sepultado ontem, no Cemitério Israelita de São Paulo, o corpo do presidente de honra do PPS, Salomão Malina. Morreu na madrugada de sábado, aos 80 anos, vítima de câncer. Último secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro, Malina deu o aval para que se transformasse no PPS na década de 90. Ele receberia hoje da Câmara Municipal a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo por serviços prestados ao país.
PSB não quer Lula no horário do Rio
O presidenciável do PSB, Anthony Garotinho, ingressou com liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para suspender a participação de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, na propaganda da governadora do Rio, Benedita da Silva, candidata à reeleição. Os advogados de Garotinho sustentam que Lula utilizou o horário para fazer divulgação de sua própria candidatura. O presidenciável do PSB também pediu ao TSE que seja descontado no programa nacional de Lula o tempo de 13 segundos correspondente ao uso indevido do programa estadual.
PMDB promete mecanizar campo
Germano Rigotto, candidato do PMDB ao governo, fez campanha ontem no Brique da Redenção ao lado do senador Pedro Simon. Conversou com visitantes da feira, aclamando que sua candidatura é a alternativa para acabar com a polarização destas eleições. Esteve também na Expointer, onde ressaltou que irá incentivar a mecanização das propriedades rurais para ampliar a produtividade. Lembrou que como deputado federal proporcionou alterações fiscais que reduziram a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados e do ICMS na produção de máquinas. Disse que isso ajudou o setor a vender neste ano R$ 100 milhões contra os R$ 30 milhões do ano passado.
Tribunal proíbe imagens com críticas a Rigotto
As imagens mostradas no programa da coligação Rio Grande em Primeiro Lugar de debate em que Tarso Genro critica Germano Rigotto estão proibidas de serem veiculadas. O desembargador Danúbio Edon Franco concedeu ontem a liminar à União pelo Rio Grande, de Rigotto. Dois pedidos de direito de resposta do Rio Grande em Primeiro Lugar contra a Frente Popular foram indeferidos pelo TRE, um relativo aos ataques feitos em programa de televisão e outro via rádio.
Vices querem ampliar o crédito
Os candidatos à vice-presidência José Alencar, da aliança PT-PL, e José Antônio de Almeida e Silva, do PSB, debateram sábado na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul. Durante duas horas e meia eles falaram sobre incentivo à produção, o que, segundo os dois, não vem sendo praticado pelo atual governo, que prioriza o setor financeiro. Almeida lembrou que, se Anthony Garotinho for eleito, o salário mínimo passará em 1O de maio de 2003 para R$ 280,00 e em 1O de maio de 2004 para R$ 400,00. Os dois vices destacaram a necessidade de aumentar a oferta de linhas de crédito para o setor produtivo, buscando dar maior poder de competição, além de baixar os juros praticados. Alencar, vice do petista Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que já no primeiro ano de governo enviarão ao Congresso projeto de reforma tributária que contemple todos os interesses. Sobre a aliança do PL com o PT, Alencar afirmou que 'Deus escreveu certo por linhas tortas', salientando que é muito melhor Lula vencer a eleição este ano do que em 1989 porque hoje tem mais experiência. Ressaltou que o PT não estava estruturado para chegar ao poder e atualmente a maturidade da classe empresarial a faz aceitar melhor a candidatura.
Rita: a campanha começa agora
A candidata à vice-presidência Rita Camata declarou ontem que a campanha de José Serra começa agora, quando a população se envolve com a disputa. 'Vamos cumprir agenda em todo o país, confiantes na chegada ao 2O turno', salientou. Ela participou do encontro da militância do PSDB em São Bernardo do Campo, ao lado do governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, e do presidente nacional do PMDB, Michel Temer. 'Sempre esperei pelo crescimento de Serra. Como falava o técnico Didi, treino é treino, jogo é jogo', disse Alckmin, referindo-se às pesquisas.
Artigos
Questão de soberania nacional
Luiz Marques
A luta pela liberdade de expressão está na origem da autonomia do fazer artístico em relação, seja à Igreja, seja ao Estado. Trata-se de uma conquista da humanidade alcançada no início da Idade Moderna. Até então, a arte era feita sob encomenda das autoridades eclesiásticas ou monárquicas. Seria um erro, no entanto, acreditar que somente os regimes ditatoriais são capazes de ameaçar a independência dos artistas na modernidade, como acontece atualmente com a ascensão do neofascismo em diversos países da Europa. A própria lógica da mercantilização, quando transportada para o campo da cultura, exerce sobre as atividades criativas uma censura. Pressionadas pelo imediatismo do lucro, as empresas em geral apóiam apenas os projetos com rápido retorno de imagem.
Os trabalhos de experimentação, que impulsionam a renovação dos valores estéticos estabelecidos em cada época, costumam ser preteridos. A tendência do mercado é sempre canonizar os padrões de criação que já penetraram o senso comum, fechando espaço para outras alternativas. Fato que tem conduzido à legitimação permanente dos paradigmas formais e políticos da globalização e, em conseqüência, ao fortalecimento do hegemonismo dos novos colonizadores do mundo. Trata-se de uma violência contra nossa diversidade étnico-cultural, submetida assim ao gosto do consumidor norte-americano.
O desafio p osto para as autoridades constitucionais do Brasil, no próximo governo, consiste em inaugurar um sistema de financiamento que garanta o desenvolvimento do imaginário da nação e a sua emancipação da gramática do 'globalitarismo', para evocar o neologismo do professor Milton Santos. A proposta de elevação do minguado orçamento do Ministério da Cultura, no caso, embora necessária, não passa de um paliativo. Há que se ir à raiz, ter uma posição de radicalidade diante do problema. A saber, taxar os filmes comerciais estrangeiros para formar um fundo de recursos, sob controle público, que atenda a todas as áreas da cultura sem se restringir à cadeia produtiva do audiovisual. A defesa da liberdade de expressão, hoje, para que não se converta em uma figura de retórica, exige compensações financeiras para os efeitos antiidentitários devastadores causados pela colonização das telas de televisão e cinema à civilização brasileira. A opção é entre a soberania do mercado e a soberania nacional.
Colunistas
PANORAMA POLÍTICO - A. Burd
SURGE O CANDIDATO DECISIVO
Pesquisa publicada na edição de hoje do Correio do Povo sobre a intenção de voto dos gaúchos para o governo apresenta novidade: o substancial crescimento de Germano Rigotto, da União pelo Rio Grande (PMDB-PSDB-PHS). Ele dobrou o índice desde o último levantamento, passando de 4,1% para 8,1%. Se não romper a polarização, encostando nos dois primeiros colocados e chegando ao 2O turno, se credenciará ao posto de mais cortejado dos postulantes ao Palácio Piratini, assumindo papel que foi do PDT há quatro anos, decidindo a eleição. Como pouco oscilaram os percentuais dos primeiros colocados, Rigotto pegou um filão importantíssimo: os indecisos. Programa de qualidade, sem ataques e a boa imagem colaboraram muito.
QUEDA LIVRE
Impressionante a reviravolta nos percentuais dos presidenciáveis. Ciro Gomes caiu 12,4%, em menos de um mês, perdendo a 1a colocação no Estado para Lula, que subiu 4% desde 12 de agosto.
A HORA DE SERRA
José Serra melhorou consideravelmente o desempenho, consolidando eleitores no Estado. Passou Ciro Gomes, crescendo 9,4%. Pavio curto de Ciro está rendendo muitos votos ao principal adversário.
CIRO E O ELEITOR 'BURRO'-
Gravação de Ciro Gomes chamando eleitor de burro e que foi exibida no programa de José Serra, além de mostrar destempero, rendeu mais problemas. O comerciante que lhe dirigiu a pergunta comentando que deveria concorrer à Presidência da Suíça descartou votar em Ciro. A resposta irônica, de que deveria encaminhar a questão ao primeiro-ministro da Suíça foi uma gafe, já que o país tem presidente.
SEM COMENTÁRIOS
Patrícia Pillar não quis polemizar sobre frase de Ciro Gomes, de que seu papel fundamental é dormir com ele. Disse apenas não se importar com as críticas, entre elas a de Marta Suplicy, que resumiu sua indignação em uma palavra: 'Credo!'
PREFERIDOS
Muitas crianças têm desprezado programas infantis de TV, mudando horário de sua preferência. Acompanham aparições de candidatos a deputado. Desafio, no dia seguinte, é imitá-los da melhor forma possível.
AUSENTES
Presidentes regional, Cezar Schirmer, e municipal do PMDB, Mendes Ribeiro Filho não foram 6a-feira ao Imperadores do Samba; sábado à caminhada na A. Brasil; e ontem ao Brique, eventos promovendo Germano Rigotto. Deram preferência às campanhas no Interior.
ESQUECERAM DE MIM
A candidata à vice-presidência Rita Camata por muito pouco não ficou em Porto Alegre, sábado, após caminhada na avenida Assis Brasil. Atenciosa, conversava com eleitores, sendo esquecida pelo motorista que conduzia o carro dela e do presidenciável José Serra. Teve que correr uns bons metros para alcançá-lo.
NOVA VAGA
Com aposentadoria do desembargador José Paganella Boschi, abre-se no Tribunal de Justiça vaga para ser preenchida por indicação da OAB. O edital para inscrição dos interessados será publicado logo que o governador Olívio Dutra nomeie um dos três listados, que estão sobre sua mesa, para outra vaga já existente, o que deve ocorrer hoje.
VOLTA EM BREVE
José Serra decidido a voltar ao Estado para comício em Pelotas.
APARTES
O candidato a vice de Lula, José Alencar, telefonou sábado para Pedro Simon, falando da importância de sua opinião nas eleições desse ano. Movimento ofensivo da aliança PT-PL visando o apoio do senador gaúcho.
Campanha de vacas magras está fazendo candidatos a deputado arregaçarem as mangas e pintarem eles próprios seus muros.
Posando de casal 20, Ciro Gomes e Patrícia Pillar combinaram modelito. Desfilaram de poncho na Expointer.
Porto Alegre amanheceu, ontem, com outdoors de Itamar Franco em apoio ao PT. O texto é curto, mas diz tudo: 'Prefiro Lula'.
Olho na lei: os candidatos ao governo estão usando espaço da chapa proporcional para responder críticas.
Definitivo: Prefeitura de Porto Alegre não enviará à Câmara Municipal projeto de revisão do IPTU.
Indispensável: Câmera 2, a partir das 22h30min de hoje, na TV Guaíba.
Editorial
UMA EXPOINTER VITORIOSA
A Expointer que ontem se encerrou constituiu-se em um evento coroado de êxito, mostrando a pujança do setor agropecuário do Estado. Os números são eloqüentes por si mesmos, mostrando que todos os recordes das edições anteriores foram quebrados. A histórica vocação do Rio Grande do Sul para celeiro do Brasil e também como provedor do mercado externo foi reafirmada em todos os seus aspectos.
O crescimento da exposição foi evidente em todas as áreas, incluindo-se o comércio de animais, de máquinas, a agricultura familiar, além da afluência de público. Temos com ela uma vitrine ímpar para espelhar e divulgar os produtos gaúchos, agregados a uma tecnologia de ponta, bem como uma rede qualificada de serviços para oferecer bens primários competitivos.
O que se observa é que a cada edição a Expointer vem superando em grandeza a anterior, o que igualmente ocorreu com a que se encerrou ontem. Diante disso, fica o desafio de continuar com o trabalho sério de modo a manter permanentemente essa ascensão, crescendo cada vez mais. Com a união de autoridades e produtores rurais, numa sintonia necessária, certamente esse incremento que tem ocorrido se manterá, para bem da nossa economia.
O Correio do Povo sente orgulho em se integrar a essa grande festa, que já faz parte do cotidiano e da tradição dos rio-grandenses, sendo que suas páginas sempre estiveram abertas para noticiá-la desde suas origens, acreditando no seu futuro. Tanto é assim que ontem foram entregues as premiações dos Destaques Unibanco-Correio do Povo da Expointer 2002, numa união do jornal com o Unibanco, uma instituição que tem uma larga folha de serviços prestados aos produtores rurais da nossa terra, visando reconhecer os vencedores das diversas categorias em disputa em Esteio.
A Expointer, com seu sucesso incontestável, vem demonstrar que o caminho para uma economia forte, que beneficie o país e seu povo, passa por investimentos na produção. Somente valorizando o homem do campo, com o apoio necessário, direcionando investimentos à geração efetiva de riquezas, e não para a especulação, teremos as respostas de que precisamos. No Brasil, com tanta capacidade de produção primária, exemplos como o da Expointer devem ser seguidos.
Topo da página
09/02/2002
Artigos Relacionados
Armínio Fraga descarta dolarização
Mercadante e Fraga abrem diálogo sobre transição
Malan e Fraga explicarão acordo com o FMI ao Senado
Malan e Fraga vêm à CAE explicar crise financeira
Oposições querem que Malan e Fraga expliquem acordo com o FMI
CAE ouve Fraga e Malan sobre fundos de investimentos