Ciro Gomes diz que argumentos de críticos da transposição induzem ao erro
Em pronunciamento acalorado durante a audiência que debate a transposição do Rio São Francisco no Plenário do Senado, o deputado e ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE) condenou os argumentos dos críticos do projeto que, de acordo com ele, se baseiam na observação e induzem a "gravíssimos erros".
Um desses argumentos, de acordo com o deputado, sustenta que Fortaleza teria mais água que São Paulo, cidade abastecida, segundo lembrou, pelo projeto de transposição do Rio Piracicaba. Ciro, que foi governador do Ceará, disse que, durante sua administração, a capital do Ceará chegou a enfrentar três anos de estiagem.
- Eu governei o estado do Ceará, e, após três anos de seca, Fortaleza, a quarta cidade em população do Brasil, remanesceu nas minhas mãos sem água. A observação empírica ignora que São Paulo tem fonte perene de água. O Rio Piracicaba é um rio permanente. Isso é uma obviedade que pode ser manejada com a inteligência humana. É o que tenta o projeto São Francisco - disse.
Ciro Gomes frisou que é preciso deixar claro que, conforme os termos da outorga da Agência Nacional de Águas (ANA), "o projeto destina-se ao consumo humano e animal prioritariamente, mas não exclusivamente". No entanto, segundo afirmou, não é verdadeiro, segundo defendem os críticos, que o projeto anunciaria falsamente atender ao consumo humano e animal para atender prioritariamente ao grande negócio e às empreiteiras.
- Esse monopólio da boa-fé não pertence aos críticos do projeto - pontuou.
O deputado disse ainda que, "ao beneficiar 12 milhões de pessoas, o projeto não prejudica um único brasileiro, qualquer que seja o ângulo em que ele se ponha a observá-lo".
14/02/2008
Agência Senado
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