Ciro supera Lula no DF









Ciro supera Lula no DF
Pesquisa da Soma confirma arrancada do candidato do PPS. Petista tem maior índice de rejeição

O candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, confirmou a tendência de crescimento no eleitorado brasiliense. Pesquisa do Instituto Soma de Opinião & Mercado, divulgada ontem, mostra sua arrancada. Ciro subiu de 31% para 34%, ultrapassando o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que apresentou queda de 36% para 31% das intenções de voto na pesquisa estimulada.

O levantamento da Soma foi realizado entre os dias 12 e 15 últimos, com 1.966 eleitores de todo Distrito Federal. Na pesquisa anterior, divulgada dia 18, Ciro já registrava um crescimento surpreendente, de 12 pontos percentuais.

O levantamento indica que pode se repetir o ocorrido nas últimas eleições presidenciais, quando Ciro bateu Lula no Distrito Federal.

O candidato do PSDB, José Serra, permaneceu estabilizado em 13%, assim como Anthony Garotinho (PSB), com 9%. As intenções de votos brancos e nulos subiram de 11% para 12%.

Ciro Gomes apresenta, ainda, o menor índice de rejeição apresentado pelo eleitorado brasiliense (12%). Lula, apesar de o PT ter uma boa base política no DF, tem o maior índice de rejeição (37%), seguido de Serra (26%) e de Garotinho (21%).

Na intenção de voto espontânea há um empate técnico, já que as margens de erro são de 2,2 pontos percentuais com um intervalo de confiança de 95%. Ciro está com 25% e Lula com 26%. O candidato do PPS apresentou crescimento de três pontos percentuais, enquanto o petista caiu dois pontos. Serra cresceu de 7% para 9% e Garotinho de 5% para 6%. A intenção de votos brancos e nulos apresentou queda de 36% para 33%.

Lula, entretanto, tem o maior índice de fidelidade do eleitor (79%), seguido de Garotinho (72%) e Serra (66%). Ciro, por sua vez, tem o menor índice (65%).

Tendência é antecipada
Para Ricardo Penna, diretor de Pesquisa do Instituto Soma de Opinião & Mercado, o levantamento só confirma o movimento de crescimento que Ciro Gomes vem apresentando já há algum tempo. "Agora, Ciro registra uma diferença significativa sobre Lula", avalia.

De acordo com o diretor de Pesquisa do Soma, a arrancada de Ciro no Distrito Federal, verificada em levantamentos anteriores, antecipou uma tendência nacional confirmada nos últimos dias por pesquisas de outros institutos. "Brasília sempre teve esta característica de antecipar tendências nacionais", constata Penna. Segundo ele, se o que ocorre no DF continuar antecipando o eleitorado brasileiro, há grandes chances de Ciro ir para o segundo turno com vantagem sobre Lula. Tanto a pesquisa do Ibope quanto do Vox Populi apontam empate técnico entre Lula e Ciro no segundo turno.

A posição de José Serra, por sua vez, na avaliação de Penna, é muito frágil no Distrito Federal. "Mesmo com o apoio de Joaquim Roriz, sua candidatura não decola na capital", constata o diretor do Soma. Ele atribui o fraco desempenho à proximidade do eleitorado com o governo federal, onde o presidente Fernando Henrique Cardoso tem uma avaliação baixa.

A queda de Lula, por sua vez, é vista por Penna como uma volta do candidato ao seu espaço tradicional no DF, em torno de 30%.


PT crê em reversão do quadro
Wilmar Lacerda, presidente do PT no Distrito Federal, reconhece que Ciro sempre teve uma boa

representatividade em Brasília. Tanto que teve mais votos que Lula nas últimas eleições presidenciais. Ele, porém, destaca que o DF não reflete o quadro nacional, já que tem um colégio eleitoral pequeno em relação ao restante do País.

Mesmo assim, Lacerda afirma que o partido está empenhado em reverter o quadro no DF. Amanhã, Lula estará em Brasília para apresentar seu programa de governo. Será, às 15h, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.

O presidente do PT-DF aposta em uma mudança do quadro atual quando começar o horário eleitoral na televisão, em agosto.


Candidato nega ser o "plano B"
O candidato da Frente Trabalhista à Presidência, Ciro Gomes, rebateu, ontem, em Fortaleza, críticas de adversários que o apontam como o "plano B" do governo – seria a alternativa no caso de, confirmada a queda do candidato do PSDB, José Serra, para derrotar o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

Até amigos como o ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), já afirmaram que há 99% de semelhanças entre o projeto econômico de Ciro com o do tucano. Tasso, na sexta-feira, declarou, inclusive, acreditar no apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso à candidatura de Ciro, na hipótese dele ir para o segundo turno contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Sobre o apoio de FHC, Ciro preferiu se esquivar: "Estou com os pés no chão. Quero ver se consigo pelo menos ir para o segundo turno", comentou.
Ciro acusou Serra de não ter plano econômico, rejeitando a comparação.


Eleitor quer Patrícia Pillar
Ciro esteve ontem de manhã em Fortaleza, pedindo voto no 5º Encontro de Mulheres Clientes Pague Menos, promovido por uma rede de farmácias do Ceará, que colabora com a sua campanha à Presidência. Desta vez, não levou sua mulher, a atriz Patrícia Pillar. Aos populares que queriam saber onde ela estava, o candidato disse: "Patrícia está repousando".

Diante de uma platéia de cerca de cinco mil mulheres, Ciro fez campanha para a ex-esposa, Patrícia Gomes, além de citar o amigo e padrinho político, Tasso Jereissati, ex-governador do Ceará. "Graças a grande capacidade de trabalho e sensibilidade da Patrícia Gomes, candidata à senadora ao lado de Tasso Jereissati, nós conseguimos construir uma creche a cada dois dias", discursou.


PT acusa Garotinho de pôr celular em presídio
Candidato do PSB à Presidência da República vira centro de disputa para o governo do Estado do Rio

O candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, está no centro da disputa estadual do Rio e foi duramente atacado ontem em panfletos do PT distribuídos durante corpo a corpo realizado pela governadora Benedita da Silva (PT), que concorre à reeleição.

"Quem colocou celular na mão de bandido, dentro da cadeia, foi o Garotinho", diz o folheto, que acusa, ainda, o candidato socialista de ter mentido ao dizer que Benedita suspendeu programas sociais. Benedita assumiu no lugar de Garotinho em abril deste ano.

O texto do panfleto rebate acusações do candidato de que Benedita não tem autoridade e sob seu governo a violência aumentou no estado. O candidato do PSB afirmou na semana passada que permitia a entrada de telefones celulares nos presídios de segurança máxima do Rio, quando era governador, para que a polícia fizesse escuta das conversas dos criminosos presos.

"Garotinho e Rosinha mentem. Mas a verdade tarda e não falha", diz o panfleto, intitulado "Mentira tem perna curta", atacando também a mulher de Garotinho, candidata do PSB ao governo do Rio. Ainda no item segurança, o texto do PT diz que "Garotinho, durante seu governo, sonegava os índices da violência. Mas, apesar dessa manipulação, a violência aumentava mês a mês" e que "Benedita conseguiu inverter esse jogo."
Em campanha na favela do Jacarezinho, Benedita da Silva não citou o nome do ex-governador, mas disse que "recebeu o estado sem dinheiro. Eles gastaram mais do que tinham e se nós não estamos fazendo mais é porque não podemos", disse.

A governadora não quis comentar os ataques contidos em seu material de propaganda. Evangélica, Benedita preferiu citar a Bíblia: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".

Benedita pediu votos para o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva, na favela e, mais tarde, na Feira de São Cristóvão, que re úne 70 mil pessoas, a maior parte do Nordeste, a cada fim de semana.

A governadora dedicou boa parte do dia de ontem para explicar à população que não suspendeu programas como a distribuição de leite e do cheque-cidadão, que dá R$ 100 a famílias pobres para compra de alimentos.
Na visita ao Jacarezinho, a governadora teve a proteção de policiais, mas não evitou hostilidades, e ouviu dos moradores reclamações sobre comportamento da polícia nas incursões à favela.

Candidato pede oração
O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, pediu aos evangélicos de todo o País que orem todos juntos por cinco minutos, no próximo domingo, pela sua candidatura. A iniciativa da oração, segundo Garotinho, que é evangélico, teria partido do Conselho Nacional dos Bispos e já contaria com o apoio de várias igrejas evangélicas.

Em encontro, sábado à noite, em Brasília, promovido pela Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Garotinho mais uma vez misturou política e religião. Discursou, orou ajoelhado no palco, cantou e aproveitou para pedir votos para a sua candidatura, prometendo "sarar as grandes feridas do Brasil".

Numa comparação a uma passagem da Bíblia, o candidato do PSB disse que no Brasil domina atualmente o "reino do espinheiro" da miséria, fome e de um sistema econômico que privilegia o "sistema financeiro em detrimento das pessoas".

"O espinheiro reina há muito tempo e domina o nosso povo", disse Garotinho, que evitou, no entanto, fazer uma comparação direta com o presidente Fernando Henrique Cardoso. "Nós não estamos personificando uma pessoa, mas falando de um sistema injusto", disse.

Garantiu mais uma vez que não vai renunciar a candidatura à Presidência "em hipótese nenhuma".


Vice-diretora do FMI chega hoje ao Brasil
A vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, chega hoje ao Brasil, cercada de expectativas quanto à possibilidade da renovação do acordo do País com o Fundo, que vence no final do ano. Na agenda da executiva está previsto para hoje à tarde um encontro com o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, na sede do BC no Rio. Amanhã, a número dois do FMI almoça com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e se encontra com o presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília.

O anúncio da visita de Anne Krueger repercutiu favoravelmente no mercado na quinta-feira, com o dólar apresentando queda de 1,59% e com a Bolsa de Valores de São Paulo fechando em alta de 0,54%, após uma série de indicadores negativos.

Oficialmente, o governo tem negado qualquer negociação com o FMI para estabelecer uma prorrogação ou um novo acordo, que funcionaria como suporte para a transição de governo. Na quarta-feira, Krueger participa, em São Paulo, do Encontro Latino-Americano da Sociedade Econométrica, na Fundação Getúlio Vargas.


Artigos

Pensar o trânsito
José Luiz de Oliveira

Poucos dias terão sido tão infernais para os moradores do Lago Sul quanto a sexta-feira. Quem saiu cedo de casa acabou preso num engarrafamento gigantesco por causa de um acidente, sem vítimas, na Estrada Parque Dom Bosco. Não se perdeu apenas a manhã. Perdeu-se o humor, o ânimo para enfrentar o trabalho à tarde; gastou-se mais combustível e respirou-se mais monóxido de carbono.

São cada vez mais freqüentes as demonstrações de que Brasília, a despeito de suas avenidas largas e bem conservadas, não está imune aos problemas de trânsito. Tinha-se a idéia de que o traçado urbano absorveria as pressões, mesmo com as estatísticas mostrando que a capital da República liderava o ranking nacional em número de automóveis por habitante. Estamos vendo, agora, que era uma impressão equivocada. Brasília entrou, definitivamente, no rol das cidades com ruas atulhadas de carros e falta de estacionamento.

A situação só não está pior porque o governo cuidou de alargar pistas e construir um complexo de 21 viadutos, dentro do chamado Programa Trânsito Inteligente. Isso permitiu melhor escoamento, aliviando tensões em pontos de estrangulamento como as pistas de acesso a Sobradinho, Guará, Taguatinga, Aeroporto e Saída Sul (que leva ao Gama, Santa Maria, Recanto das Emas, Valparaíso, Luziânia e Cidade Ocidental).
Há pistas sendo duplicadas no Lago Sul, necessidade surgida com o crescimento dos condomínios horizontais. Mas a obra que mais vai ajudar no escoamento do trânsito do Lago Sul e condomínios da região é a terceira ponte, batizada de Ponte JK, que deverá ficar pronta no início de outubro. Na sexta-feira, por exemplo, muitos motoristas, impedidos de chegar às duas pontes, deu a volta pelo Lago Norte. Mas enfrentaram problemas no viaduto próximo à Ponte do Bragueto. A pista de acesso à ponte estava com uma faixa interditada para reparos no guard-rail.

Os transtornos de sexta-feira mostraram a importância da terceira ponte – uma obra que nichos irracionais da política brasiliense teimam em combater.

É preciso lembrar, contudo, que esse conjunto de obras (pontes, viadutos e duplicação de pistas) não é uma solução perene. O número de carros continuará aumentando e vai demandar novas intervenções. O governo precisa, portanto, estar atento. Pensar seriamente, por exemplo, na expansão do metrô. Pensar e agir hoje para não ser surpreendido amanhã.


Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Lula conversa com militares
O candidato do PT a presidente vem mantendo encontros reservados com militares de altas patentes. Luiz Inácio Lula da Silva procura se certificar de que não haverá resistência à sua eventual eleição e tem enviado um recado aos quartéis: quer profissionalismo dos militares e promete recompor os salários e o orçamento, tungados no governo FhC. Um general e um almirante saíram bem impressionados da conversa que tiveram com Lula, isoladamente. "O sapo barbudo, afinal, não morde", brincou um deles.

Pensando bem...
...o Brasil não precisa ir ao Fundo. Já está lá.

Geléia geral
Diante das alianças esdrúxulas, estranhas, estapafúrdias ou chocantes que os candidatos fazem nos estados, cabe ao eleitor reinventar o provérbio: "Dize-me com quem andas que aí mesmo é que não saberei quem és".

Segundas
Começam hoje as reuniões semanais dos líderes dos partidos aliados de José Serra, sempre às segundas. São as chamadas "segundas intenções".

Campanha aberta
Circula no serpentário do Itamaraty que o embaixador José Maurício Bustani, expulso pelos Estados Unidos da Organização das Nações Unidas para a Proscrição das Armas Químicas, anda criticando o governo brasileiro porque deseja ser ministro das Relações Exteriores no eventual governo de Lula do PT. Ou embaixador do Brasil em algum país importante.

Mão na massa
A Itália teve a operação Mãos Limpas. No Brasil, temos a Mãos na Gaveta.

Com que roupa
Se o governador do DF Joaquim Roriz vai fazer cinco comícios num só dia, ele sai de casa com cinco camisas uma sacola. É que Roriz gosta de se misturar à multidão e suas camisas jamais escapam ilesas desse contato. A caminho do comício seguinte, ele troca a camisa rasgada por uma nova.

Causa perdida
O processo 21.199/01 mofa há um ano no juizado de pequenas causas de São Gonçalo (RJ). O conserto de um videocassete virou pesadelo: preposto, conhecido da escrivã, representou a dona da loja sem procuração. Doente, o leitor mandou a mulher com um atestado para a audiência final. Condenado, pagará as custas. E perdeu o vídeo.

Recomeço
O ex-ministro Rafael Greca queria o governo do Paraná, mas preferiu candidatar-se a deputado estadual. Sua mulher, Margarita Sansone, colunista social curitibana, tentará a Câmara dos Deputados.

Ponte das a mizades
Se o governo devolver o general Lino Oviedo e demais produtos paraguaios que estão no Brasil ilegalmente, nossos camelôs morrerão de fome.

Festa no Bixiga
O candidato do PMDB ao governo paulista, Fernando Morais, escolheu hoje, seu 56º aniversário, para inaugurar o comitê central da campanha. Fica no bairro do Bixiga, na capital, ao lado do Teatro Zácaro. Os amigos de Morais prometem festa com samba, salsa, forró, vinho e cerveja.

De volta à caverna
O analista de sistema Dan Robson, que levou um ano andando a pé do Oiapoque ao Chuí, fará seu BBB particular, a partir do dia 28. Ficará numa caverna, sozinho e no escuro, em companhia de morcegos e insetos, isolado do mundo exterior. O projeto está no site : http://www.dan.com.br

Pela hora da morte
O Grupo Otimismo, de apoio aos portadores de hepatite C, denunciou ao Ministério Público que a rede municipal, referência no atendimento emergencial no Rio, não comunica as suspeitas de morte cerebral ao Rio Transplantes. Três grandes hospitais não captaram qualquer órgão desde janeiro de 2000. Falta controle na Secretaria Municipal de Saúde.

Aliança para o sucesso
Os conchavos para conseguir votos para governador nos estados são tão indecentes que em vez das alianças verticalizadas a rapaziada já está partindo para a mais descambada bigamia horizontal.

Imagine se vencer
As viagens de José Serra aos estados são sempre tensas, segundo se queixou a FhC importante líder político. Um "serviço de cerimonial" chateia e até humilha os anfitriões, com exigências absurdas, e o candidato só chega atrasado. "Há aspones demais e políticos de menos na campanha", adverte a velha raposa, tentando explicar a queda de Serra nas pesquisas.

Cerimonial
E se Anthony Garotinho for eleito presidente? Como seria apresentado pelos diplomatas a outros chefes de Estado e de governo? A Bush, "Here, the little kid"; ao francês Chirac, "Ici, le petit enfant"; ao argentino Duhalde, "Aca, el pequeño"; ao italiano Berlusconi, "Questo qui, il picolo bambino".

Diz-me com quem andas
A revista capixaba Vida Brasil chamou de "acontecimento político do ano" o aniversário do presidente da Assembléia local, José Carlos Gratz. A matéria contabiliza 11 mil amigos na festa numa boate em Vitória, com bebida importada e a banda Dom Américo e seus comparsas (?). Tem fotos de Gratz com o governador José Ignácio e o ex-ministro Élcio Alvarez (Defesa).

Poder sem Pudor

Quem paga a conta
Com o regime militar já em declínio, Tancredo Neves viaja a Nova York para encontrar o ex-governador gaúcho Leonel Brizola, ainda proibido pela ditadura de retornar ao País. Tancredo marcou um almoço com Brizola e chegou ao restaurante acompanhado de outro gaúcho, Pedro Simon. Após retornar ao Brasil, o líder mineiro não resistiu ao gracejo:
- Parecia a revolução de 30: os gaúchos comeram e os mineiros pagaram a conta.


Editorial

PONTE: NECESSIDADE URGENTE

O engarrafamento da última sexta-feira pela manhã, provocado por um simples acidente de trânsito envolvendo três carros de passeio, mostra, de forma definitiva, a necessidade e o acerto na construção da Ponte JK, a terceira ponte. Motoristas passaram até duas horas e meia presos no congestionamento, que poderia ter sido evitado se houvesse uma ligação a mais entre o final do Lago Sul e o Plano Piloto.

A correta engenharia de tráfego numa grande cidade é mais que uma obrigação. É uma função do poder público. O Lago Sul cresceu na direção das suas últimas QIs e QLs, distanciando seus moradores do acesso ao Plano, local de trabalho e lazer.

A ponte se justifica por permitir que esse deslocamento não se torne um entediante exercício de paciência. É importante ainda por ser uma via a mais de escoamento. Mas, sobretudo, mostra-se indispensável também para reordenar e hierarquizar o fluxo de tráfego e para levar mais cidadania a comunidades que antes estavam distantes de um acesso de qualidade às regiões centrais de Brasília. Que o digam os moradores dos condomínios e de cidades como São Sebastião e Unaí.

Muito já se fez e há ainda muito o que fazer para uma boa distribuição do trânsito no Distrito Federal. Mas criar os caminhos que permitam uma alternativa viável e uma qualidade de vida melhor para os moradores do DF é digno de cumprimentos e agradecimentos por toda a sociedade.


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07/22/2002


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