Ciro dispara e ameaça Lula









Ciro dispara e ameaça Lula
Ibope revela que candidato do PPS está em empate técnico com o petista para o segundo turno

O candidato do PPS, Ciro Gomes, assumiu de vez o segundo lugar na intenção de voto dos eleitores, de acordo com a pesquisa divulgada ontem pelo Ibope. Ciro subiu quatro pontos percentuais, desde o levantamento no início do mês, chegando a 22%, distanciando-se do candidato do PSDB, José Serra, que ficou em terceiro lugar, com 15%.

O Ibope apontou ainda um empate técnico no segundo turno entre o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e Ciro. De acordo com a pesquisa, Ciro teria 44% e Lula, 43%. A margem de erro da pesquisa, que ouviu dois mil eleitores, entre os dias 12 e 14 de julho, é de 2,2 pontos, para mais ou para menos. Na disputa com Anthony Garotinho, do PSB, Lula ficaria com 50% dos votos, contra 32% do adversário. Contra Serra, Lula obteria 48% dos votos, contra 37% do candidato tucano.
Na intenção de votos para o primeiro turno, apenas Ciro conseguiu aumentar o seu desempenho. Lula, que continua em primeiro lugar, caiu de 34%, no último levantamento, para 33%. Serra, que tinha 17%, ficou com 15% de preferência do eleitorado. Em quarto lugar ficou Garotinho, caiu de 12% para 10% na pesquisa divulgada ontem no Jornal Nacional, da Rede Globo.

Serra, antes mesmo da divulgação oficial dos números do Ibope, criticou ontem "a obsessão que existe no Brasil por pesquisas eleitorais". Durante gravação do programa Transnotícias, da Rádio Transamérica, ele disse que as pesquisas são uma fotografia do momento e, por isso, as oscilações são normais.

Ao citar como exemplo "o sobe e desce" de seus adversários Ciro Gomes e Anthony Garotinho, Serra disse: "Investe-se tempo demais discutindo pesquisas e pouco tempo discutindo propostas e idéias".

Também Lula minimizou o crescimento do candidato do PPS.

Lula disse que o crescimento de Ciro não foi repentino, avaliando que o candidato teve uma exposição razoável na televisão em junho, com bom aproveitamento da atriz Patrícia Pillar, mulher de Ciro, no papel de âncora.


Candidatos trocam baixaria na Internet
A campanha presidencial na Internet entrou numa fase agressiva. Em suas páginas e sites, os candidatos já se referem uns aos outros em termos como "nazista", "corno", "verme" e "fantasma de Collor", entre outros. Nos sites de Ciro Gomes e José Serra, para cada ataque vem um contra-ataque.

Ontem, por exemplo, uma espécie de editorial do site do tucano (http://www.joseserra.org.br) dizia que no último domingo todos os limites foram ultrapassados por Ciro e seu companheiro de chapa, o sindicalista Paulo Pereira da Silva, do PTB. "Adotando a mesma linha, antes já utilizada por Collor, o candidato a vice de Ciro Gomes chamou o senador José Serra de ‘corno’ político, numa absoluta perda de compostura, mas coerente com seu parceiro de chapa".

Lembrava ainda o texto que Ciro, no dia anterior, repetindo Collor, referia-se várias vezes ao presidente Fernando Henrique Cardoso como "verme", qualificando ainda o candidato José Serra de "mais velho", como se isso fosse uma ofensa.

Ciro, por sua vez, acusa Serra de "táticas nazistas", no site http://www.ciro23.com.br. "Da mesma forma como fez Goebbels, o propagandista de Hitler e do nazismo, os tucanos inventam mentiras contra Ciro, repetem as mesmas seguidamente, querendo que o povo acredite nelas. Fazem como o nazista Goebbels, que ensinava que uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade", diz o site de Ciro.

A página mais light é a de Luiz Inácio Lula da Silva. No site oficial do PT (http://www.pt.org.br) não saiu ontem nenhuma agressão de Lula aos adversários.

Em quarto lugar nas pesquisas, mas querendo alcançar os que estão na dianteira, o candidato do PSB, Anthony Garotinho, também agride. Escolheu Ciro para bater. No site oficial do PSB (http://www.psb.org.br), Garotinho faz o que Ciro mais detesta: compara-o ao ex-presidente Collor: "Collor veio de uma oligarquia política de um estado miserável, Ciro também, e os dois acham que o Brasil deveria ser governado pelas oligarquias. Pelo fato de serem jovens e impulsivos se acham os salvadores da Pátria".


Vale tudo para ganhar
O candidato do PPS a presidente, Ciro Gomes, disse ontem, no Rio, que precisa "superar constrangimentos para vencer as eleições", ao comentar a adesão do candidato a senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e as negociações entre o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, e o governador de Santa Catarina, Esperidião Amin (PPB), em torno de um possível apoio à candidatura no segundo turno.

Ciro deu a declaração à Rede Record de Televisão, ao sair de um encontro na casa do presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, ontem de manhã.

Mais tarde, na sede do PDT, ele amenizou o discurso: "O apoio do senador Antonio Carlos Magalhães me é muito honroso". Ciro justificou as alianças, dizendo que precisa obter o apoio de três quintos do Congresso para conseguir implementar o projeto de governo.


FGTS simplificado é só para quem assinou termo branco
Os trabalhadores que desistiram de brigar na Justiça pela correção do FGTS e assinaram o termo azul de adesão ao acordo de pagamento dos créditos complementares estão excluídos do pagamento simplificado.

Depois de muita confusão na hora de pagar a correção do FGTS, o governo decidiu facilitar o saque para os trabalhadores com direito a até R$ 100, referente às perdas provocadas pelos planos Verão e Collor 1. No entanto, quem aderiu ao acordo por meio do termo azul (pessoas que tinham ações na Justiça pedindo a correção e desistiram das mesmas) não poderão utilizar o sistema simplificado. O pagamento integral a partir do dia 10 e sem burocracia só vale para quem assinou o termo branco (não tinha ação judicial).

Até agora, 23 milhões de pessoas aderiram ao acordo sobre a correção do FGTS. No último levantamento feito pela Caixa, quando o número de adesões atingia 21,6 milhões de pessoas, 864 mil tinham sido feitas por meio do formulário azul. Estas terão de aguardar a decisão da Justiça ou comprovar que retiraram o FGTS à época dos planos econômicos.

Para quem tem ação na Justiça, mas não aderiu ao acordo, qualquer forma de pagamento está bloqueada, a não ser que a Justiça dê ganho de causa ao trabalhador e determine que a Caixa efetue o pagamento.


Ataque a ônibus mata 7 israelenses
Palestinos atiraram contra o veículo, no norte da Cisjordânia, ferindo outras 20 pessoas

Pelo menos sete pessoas morreram e 20 ficaram feridas quando um ônibus israelense que circulava perto de uma colônia no norte da Cisjordânia foi alvo de disparos palestinos, segundo a televisão pública israelense. Oito dos feridos se encontram em estado grave, de acordo com o Magen David Adom, o equivalente israelense à Cruz Vermelha.

O ataque aconteceu por volta das 15h (9h em Brasília) na entrada do assentamento judaico ultra-ortodoxo de Emanuel, a cerca de 12 quilômetros de Nablus. Em dezembro passado, ocorreu um ataque similar no local, deixando dez mortos.

No ataque de ontem, funcionários do resgate disseram que palestinos disfarçados de soldados israelenses colocaram uma bomba na estrada ao lado do ônibus de Tel-Aviv e então abriram fogo com armas automáticas contra os passageiros que tentavam fugir do veículo.

Segundo testemunhas, os atiradores estavam vestidos com uniformes do Exército de Israel e fugiram em direção a Nablus.

"Foi uma cena chocante. Mulheres e crianças pelo chão, sangrando e gritando por ajuda", afirmou Yitzhak Kaufman, um paramédico israelense. Um morador disse que, entre os mortos, estão três membros de uma mesma família – uma mulher, seu genro e um bebê.

Governo paraguaio diz ter controlado focos de protesto
A polícia paraguaia afirmou ontem que controlou os locais onde violentos protestos contra o presidente Luis González Macchi deixaram dois mortos, cerca de cem feridos e aproximadamente 250 detidos. O governo brasileiro cobrou explicações do general Lino Oviedo, suspeito de instigar as manifestações.

"Foram liberadas as estradas em todos os pontos de conflito, estamos dando segurança à cidadania, como deve ser", afirmou o comandante da polícia, Sixto Ramírez. Outro porta-voz disse que os policiais continuarão cumprindo o decreto que impôs estado de exceção no Paraguai, emitido na segunda-feira.

Ontem houve manifestações no Estado de Itapúa, no sul do Paraguai. A polícia jogou jatos de água e balas de borracha contra os manifestantes que bloqueavam a ponte que dá acesso à localidade argentina de Posadas.

Os manifestantes pedem a renúncia de González Macchi por causa da crise econômica e das denúncias de corrupção contra o governo. No estado de exceção, o Executivo tem o direito de prender pessoas sem ordem judicial, invadir casas e promover buscas.


Artigos

Reinclusão forçada dos idosos
Lauro Aires

Os primeiros sinais dos principais candidatos à Presidência da República, salvo alguns desvios pela Internet, apontam para um debate limpo, com menos acusações pessoais e mais discussão de programas. Ótimo, os brasileiros ainda guardam as cicatrizes de discursos de honestidade e sabem que tal qualidade, quando muito decantada, acaba frustrando expectativas, além de não bastar para uma boa administração. Até o PT aprendeu isso. Não basta ser honesto, tem de saber administrar.

O problema é que mesmo incorporados dessa aura de bons gestores, nossos candidatos ainda não disseram o que fazer com o problema maior da economia brasileira: o déficit da Previdência Social. Se o próximo presidente não desarmar a bomba previdenciária, o País ficará ingovernável ou, na melhor das hipóteses, condenado ao marasmo de pouco crescimento, com muito endividamento, e uma inflação (mesmo pequena se comparada aos idos de 90 e poucos) a correr o bolso das pessoas.

A conta é simples: o Brasil melhorou socialmente. Não há mais nascimentos nem mortes em massa. Vive-se mais por aqui. Com isso, o percentual de gente com mais de 65 anos, considerados idosos, passou de 6,2% nos anos 50 para 19,6%. Já tivemos a média de quatro contribuintes para cada aposentado – hoje temos dois na ativa para um de pijamas.

E os candidatos saem com evasivas quando indagados sobre o assunto. Ficam na superfície para não se comprometer. Deviam abrir o jogo: os brasileiros terão de trabalhar até mais tarde. Parece que têm medo da repercussão da infeliz declaração de FHC, que escorregou e chamou uma parcela dos aposentados de vagabundos.

Não seria mais justo dizer que os tempos mudaram, que a qualidade de vida melhorou e hoje uma pessoa com 60 anos está no auge de sua produção intelectual? Em um momento de crise, quando o País precisa crescer, não se pode abrir mão da experiência dessas pessoas. Não há como bancar sua inatividade. Não dizem os candidatos, por exemplo, que dificilmente os aposentados escaparão da contribuição previdenciária. Isso mesmo. Aquela proposta arquivada ano passado vai voltar com toda força, a não ser que ocorra um milagre.
Há uma tendência nos países estabilizados de se diminuir a jornada de trabalho a alongar a vida útil das pessoas. Pode ser uma saída. Na Europa, trabalha-se cada vez menos horas semanais. A Alemanha chega a ter jornadas de 25 horas semanais. Na Holanda, 70% das mulheres trabalham meio período. É uma visão prática. Junto com a qualidade de vida, a eficiência aumentou, mas a população está cada vez mais velha. A idéia será trocar horas do dia por anos de trabalho.

Muitos podem não gostar, mas não parece haver outra saída. Preparemo-nos, teremos todos que ralar até mais tarde. Olhemos pelo lado bom: talvez esse labor forçado contribua para uma velhice ativa. Por linhas tortas, a economia pode estar ajudando a resolver um problema social: a reinclusão dos idosos.


Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Deputado custa R$ 45 mil/mês
Os deputados federais se queixam dos "baixos salários", referindo-se aos R$ 8.300 brutos, mas eles ganham muito mais. Recebem, por exemplo, R$ 3 mil de "auxílio-moradia", R$ 25 mil para contratar até 18 pessoas em cada gabinete, R$ 1,8 mil para telefones e correios, R$ 7 mil para "despesas na base eleitoral", e passagens aéreas que podem chegar a R$ 7 mil por mês. Até os deputados de Brasília têm direito a R$ 2,5 mil em passagens aéreas. No total, eles custam, por mês, mais de R$ 45 mil aos contribuintes.


Só faltava essa
Diante do declínio de José Serra, candidato oficial a presidente, já tem tucano ilustre tentando abrir as portas do PT para um eventual apoio de FhC ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno.

Trair e coçar...
A cúpula do PMDB já nem tenta conter a debandada da candidatura José Serra. Até os líderes do partido no Congresso já se perguntam se não seria o caso de embarcar, mesmo informalmente, na canoa de Ciro Gomes.

...é só começar
Em Goiás, pátria dos tucanos, o governador Marcone Perillo (PSDB) já aceitou a idéia de correligionários de lançar comitês extrapartidários, sob o lema "Para Cima, Goiás". "Ci" de Ciro e "ma" de Marcone, claro.

Pá de cal
Na Bovespa, ontem, a piada favorita dos operadores previa quando será a pá de cal na candidatura Serra: ele cair nas pesquisas e o dólar também.

Debate necessário
O deputado Fernando Gabeira (PT-RJ) está preocupado com a ausência da eleição parlamentar na mídia, que se ocupa apenas da disputa presidencial. Ele lembra que os eleitores precisam conhecer as propostas e a trajetória dos candidatos ao Congresso, que em 2003 tomará decisões fundamentais como o ingresso do Brasil na Alca, a Área de Livre Comércio das Américas.

É fria
Num país tropical em que os atletas não têm estímulo nem patrocínio como precisam, o ministro Caio Luiz de Carvalho (Esporte e Turismo) destinou R$ 100 mil à Confederação Brasileira de Hóquei no Gelo.

Dama de preto
Ganhou o título de "Dama de Preto" a biografia não-autorizada de Elisinha, a ex-mulher do banqueiro Walther Moreira Salles que se matou. Várias editoras manifestaram interesse na obra do jornalista Márcio Gomes, apesar da pressão do poderoso Unibanco. O título é uma alusão à maneira como a ela se referia Ibrahim Sued, que não citava Elisinha em suas colunas.

TV Justiça
O Supremo Tribunal Federal continua investindo pesado na montagem de sua TV Justiça. Só no último mês, gastou R$ 273,6 mil na compra de mais equipamentos, segundo comprovantes do Siafi em poder da coluna.

Presidente on the rocks
George W. Bush diz que os EUA estão de ressaca. Palavra de especialista.

Calote da Aneel
A família de Myckon Macêdo, de Recife, apareceu na TV mostrando como racionar energia com o computador. Estrelaram de graça a campanha milionária do governo, produzida pela agência DM9DDB, e receberam só cumprimentos do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, José Maria Abdo. Na vida real, penam com um velho 486 e há cinco meses esperam o computador novo, prometido como "brinde" pela Aneel.

Pai patrão
Um leitor diz que o governo já arrumou ocupação para milhões de desempregados: fica nas filas da CEF, tentando sacar a correção do FGTS.

Prêmio para Julieta
A talentosa designer de jóias Julieta Pedrosa, de Brasília, receberá amanhã no Hotel Hilton, em São Paulo, o prêmio Top of Business, que reconhece a excelência profissional e aqueles que se conduzem forma digna e vitoriosa, mesmo na crise. Serão também homenageadas figuras como o governador Geraldo Alckmin, Zilda Arns e Ivo Pitanguy. A apresentadora da premiação, jornalista Glória Maria, estará usando um par de brincos criados por Julieta.

País dos CDs
O problema dos paraguaios é só ter presidente pirata.

A tarefa da força
A Polícia Rodoviária e a Polícia Fedral protestam hoje no Rio contra a "guarda fardada" que José Serra considera prioritária num futuro governo. Desconhecem a "mágica" de contratar seis mil PFs sem preencher as vagas dos dois últimos concursos por falta de verba. Os policiais são obrigados a usar colete à prova de balas. Com validade vencida.

Pensando bem...
...com a crise do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o Mercosumiu.

Terra de machos
Liminar garantiu a distribuição da newsletter do jornalista Diego Casagrande por meio da estatal gaúcha de processamento de dados. É mais um round pela liberdade vencido por Diego e seus 25 mil assinantes. Ele se queixa da perseguição do governo Olívio Dutra. E-mail (já rastreado) de um certo Lucas advertiu: "Cuides o que escreves ou acabará (sic) sofrendo muito".

Poder sem Pudor

Os radicais
A campanha do jornalista Carlos Lacerda, numa perigosa escalada, seguia pela Tribuna da Imprensa contra o presidente Getúlio Vargas, visando derrubá-lo. Certo dia, o então ministro da Justiça, Tancredo Neves, chamou a seu gabinete o jornalista Murilo Melo Filho, amigo dele e de Lacerda, e lhe sugeriu o seguinte: "Diga ao Carlos para segurar os seus radicais de lá que eu seguro os meus radicais de cá."
Que nenhum dos dois nada segurou, logo se viu.


Editorial

LIÇÃO DE CIDADANIA

Asociedade brasiliense dá mais uma lição de cidadania ao País, que pode ser verificada nos números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o perfil dos eleitores brasileiros. Enquanto no País o número de eleitores de 16 e 17 anos – que podem optar por votar ou não – caiu 34,8%, o Distrito Federal teve crescimento de 158% desse contingente.

Os jovens daqui parecem mais preocupados com seus destinos políticos. Felizmente, parecem saber diferenciar participação política com exercício de cidadania. Votar não é apenas cumprir uma obrigação. Quem vota participa da evolução da sociedade.

Muitas pessoas argumentam que político é tudo igual, que não se mete em política porque se trata de um mundo distante. Enganam-se. É um mundo muito mais próximo do que se pode imaginar.

Ao votar, o cidadão está escolhendo quem vai preparar as regras do dia-a-dia e quem administra o dinheiro público, que é de todos. Os jovens de Brasília mostram que estão atentos e dispostos a participar do futuro do País, fiscalizando e opinando, como a democracia exige.


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07/17/2002


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